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EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO -
Falta de professores em debate na UMinho

O Instituto de Educação da Universidade do Minho (IE), em Braga, recebe entre esta quinta-feira e sábado cerca de 150 peritos de todo o mundo para debater a falta de professores e a qualidade da formação docente a nível global. Trata-se da 65ª Assembleia Mundial do Conselho Internacional de Educação para o Ensino (ICET), sediado nos EUA.

Há uma priorização dos governos na educação e na formação de professores em particular? O que diz a investigação sobre reconhecimento, recrutamento, capacitação e retenção de docentes? Que fatores explicam a crise vocacional no ensino e que consequências isso traz à sociedade? Estas são algumas das perguntas em análise. Entre os palestrantes há nomes como António Nóvoa, Lin Goodwin e Kari Smith.

Em Portugal, o Conselho Nacional de Educação referiu em 2019 que 57% dos professores deveriam aposentar-se até 2030, mas os inscritos em formação de professores desceram 50% nessa década, quando se precisa de 3.450 novos docentes por ano, em média. O problema repete-se em países como Alemanha, Suécia, França ou EUA.

A UNESCO alertou para esta “crise global” em 2022, reclamando 69 milhões de professores para se atingir a educação básica universal até 2030, em especial em zonas remotas e desfavorecidas. Na UE, a falta de docentes afeta sobretudo as áreas de ciências, tecnologia, matemática e línguas. Nos EUA, leva escolas a reduzir a oferta formativa, ter turmas maiores e contratar professores não qualificados.

Com base em estudos e em sistemas nacionais bem-sucedidos como Canadá, Finlândia e Singapura, os peritos defendem um maior investimento em políticas no setor, como a formação continuada e sistémica dos professores, a valorização das condições laborais e do estatuto socioeconómico do professor, a articulação teoria-prática ou escola-universidade na formação e sistemas de apoio aos novos docentes, entre outros aspetos.

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