Os custos da construção de habitação nova aumentaram 3,7% em Junho, uma subida justificada essencialmente pelos maiores custos de mão-de-obra, que subiram mais de 8% pelo terceiro mês. A manter-se a tendência de agravamento dos custos de construção, é expectável que estes aumentos continuem a reflectir-se nos preços da habitação.
Os custos de construção de habitação nova, expresso pelo Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) aceleraram a tendência de subida em Junho.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice registou um aumento homólogo de 3,7% em Junho, acima da subida de 3,3% registada nos dois meses anteriores.
Trata-se da maior subida homóloga desde Março de 2023. Este aumento é justificado pela subida dos custos de mão-de-obra, que aumentaram 8,4% em Junho, mais 0,2 pontos percentuais que no mês de Maio e o terceiro mês consecutivo com aumentos homólogos acima de 8%. Já os materiais, que vinham a descer, inverteram a tendência e subiram 0,1% face a Maio, revela esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o INE, o custo da mão-de-obra contribuiu com 3,6 pontos percentuais (3,5 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e os materiais com 0,1 p.p.
“Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com uma descida de cerca de 15%, bem como a chapa de aço macio e galvanizada e os vidros e espelhos com reduções de cerca de 10%”, refere o INE.
Já em sentido oposto, diz o instituto, destacaram-se os Consumos de Produtos Energéticos, o Fio de Cobre nu e revestido e os Betumes e com crescimentos homólogos de cerca de 10%.
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