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ALERTA -
PJ usada em campanha de burla massiva com recurso a inteligência artificial

A Polícia Judiciária (PJ) alertou esta terça-feira para a existência de uma campanha “intensa e massiva” de burla em que a própria PJ é usada em chamadas fraudulentas para enganar os cidadãos e levá-los a transferir dinheiro para contas bancárias.

Em conferência de imprensa realizada na sede da PJ, em Lisboa, o coordenador de investigação criminal José Ribeiro, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), destacou o recurso de redes criminosas estrangeiras a técnicas de inteligência artificial para a difusão desta campanha, que já resultou “num número incomum de queixas” junto da instituição.

A Polícia Judiciária (PJ) alertou esta terça-feira para a existência de uma campanha “intensa e massiva” de burla em que a própria PJ é usada em chamadas fraudulentas para enganar os cidadãos e levá-los a transferir dinheiro para contas bancárias.

Em conferência de imprensa realizada na sede da PJ, em Lisboa, o coordenador de investigação criminal José Ribeiro, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), destacou o recurso de redes criminosas estrangeiras a técnicas de inteligência artificial para a difusão desta campanha, que já resultou “num número incomum de queixas” junto da instituição.

“Neste momento, a nossa preocupação reside numa campanha atual em que foram difundidas de forma massiva milhares de chamadas telefónicas e que tem resultado num número incomum de queixas. Só no ultimo fim de semana recebemos mais de uma centena”, afirmou o responsável, assegurando que a PJ está a “trabalhar em conjunto com as operadoras” para identificar estas técnicas de ‘spoofing’ (falsificação de identidade para obter dados).

De acordo com José Ribeiro, a PJ já abriu aproximadamente 2.000 inquéritos desde o início do ano relacionados com diversos tipos de burlas informáticas, como as campanhas ‘olá pai, olá mãe’, mas sublinhou a evolução nestes esquemas criminosos e garantiu que a PJ já desenvolveu “algumas técnicas de como identificar ameaças”, mas assumiu que “é complicado antecipar comportamentos” nesta matéria.

“A preocupação com estas técnicas é a forma massiva como as campanhas são difundidas e conseguem ter contacto direto com as vítimas, numa abordagem quase individualizada. Estão a desenvolver padrões individualizados de ataque e de burla, fazem análise de perfil e com recurso a inteligência artificial. Neste momento, desenvolvem técnicas direcionadas e este caso é assustador, porque vai trazer-nos dificuldades acrescidas”, frisou.

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