Quarta-feira marca um agravamento substancial das condições meteorológicas, que levam mesmo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar os distritos de Braga e Viana do Castelo sob aviso amarelo até ao fim da tarde, com agravamento a partir das 18h00, passando a aviso laranja.
IPMA e Proteção Civil já avisaram: os próximos dias serão de muita chuva. O outono chegou e, com ele, três fenómenos meteorológicos que, juntos, vão provocar muita precipitação, sobretudo no Norte e Centro do país.
Trata-se de um rio atmosférico, fenómeno meteorológico que se traduz – de uma forma mais simples – numa massa de ar com “elevado vapor de água”.
Este rio atmosférico, que vai atingir sobretudo o Norte e Centro do país até ao final de quinta-feira, será ainda afetado pelo anticiclone localizado a sul dos Açores e pela depressão Aitor.
Isto porque os ventos do anticiclone giram no sentido dos ponteiros do relógio e os da depressão Aitor em sentido contrário. O efeito? Esta massa de ar, cheia de vapor de água – o tal rio atmosférico – ganha velocidade e ainda mais humidade.
Será à chegada ao continente que este vapor se transformará em chuva, que vai ser “forte e persistente” e afetará prinicipalmente as regiões Norte e Centro do país – os distritos em maior risco serão Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro e Coimbra.
Segundo o IPMA, só a Sul a precipitação será menos intensa, sendo “pouco provável” no interior do Baixo Alentejo e sotavento algarvio.
Os valores acumulados de precipitação no total dos três dias poderão mesmo atingir entre 100 a 150 mm e o período de maior risco será entre a tarde do dia 25 e o final da manhã de dia 26, explica o IPMA.
RISCOS E PREVENÇÃO
Para além do risco de «inundações rápidas» em zonas urbanas e «deslizamentos de terras» nas regiões afetadas pelos incêndios, a Proteção Civil alerta ainda para a necessidade de ter atenção redobrada na estrada.
A população é, por isso, aconselhada a evitar zonas onde exista risco de queda de objetos ou árvores. As rajadas poderão mesmo chegar aos 90 km/h.
As recomendações da Proteção Civil
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.