A GNR vai realizar a operação “Comércio Seguro 2024”, entre 25 de novembro e 31 de dezembro, promovendo o reforço de patrulhamento nas zonas de comércio.
Durante a operação, os militares das Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) irão realizar ações de sensibilização junto de comerciantes e clientes, alertando-os sobre os procedimentos de segurança a adotar, com o intuito de evitar que sejam alvo de ilícitos criminais.
À semelhança de 2023, a GNR terá como parceira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), e será distribuído um desdobrável com alguns conselhos aos comerciantes e clientes.
“Deste modo, a partir da Black Friday e até ao final das festividades do Natal, a GNR reforça o contacto com os comerciantes e os clientes, através do patrulhamento apeado realizado nos espaços comerciais de modo a potenciar a segurança efetiva e fomentar a perceção do sentimento de segurança, considerando que nesta época existe um potencial aumento das transações monetárias”, refere a força de segurança em comunicado.
A Guarda alerta ainda para os riscos crescentes de burlas e fraudes associados à Black Friday. Durante este período, é comum que surjam tentativas de engano por parte de burlões, que se aproveitam da maior procura por ofertas e descontos para enganar os consumidores. Neste contexto, a GNR reforça a importância da prudência e da vigilância, alertando para as práticas fraudulentas mais comuns, como sites falsos, ofertas irresistíveis que carecem de verificação e o uso indevido de dados pessoais e bancários.
Na semana que englobou o dia da Black Friday no ano de 2023, nomeadamente entre os dias 20 e 26 de novembro de 2023, a Guarda registou 102 crimes de burlas através da internet.
No primeiro semestre de 2024, a GNR registou 2665 burlas através da utilização da internet, sendo que as mais registadas dizem respeito à aquisição ou aluguer de bens, ao uso de aplicação para transferência de dinheiro ou por obtenção ilegítima de dados do utilizador.
Por norma, o modus operandi mais utilizado pelos burlões é a utlização de plataformas de compra e vendas online, o acesso e uso indevido de dados pessoais, o acesso remoto indevido e a utilização de ações de Phishing para acesso a dispositivos, contas ou dados pessoais (através de e-mails fraudulentos) ou de Smishing ou Vishing.
Nas burlas através de plataformas de vendas online, o suspeito contacta a vítima, mostrando-se interessado em comprar determinado produto que está à venda online (ex: redes sociais ou plataformas de venda online) e refere que pretende efetuar o respetivo pagamento através da plataforma MB WAY, alegando ser uma forma mais fácil e eficaz.
Nos casos em que sejam realizadas compras ou vendas através da internet, a GNR deixa ainda alguns conselhos, como comprovar que a loja online é segura, assegurar que na página web aparece identificado o responsável da loja online ou a sede da empresa e a sua localização ou certificar que o site adota medidas de segurança para garantir a privacidade dos seus dados.
A Guarda relembra ainda que a denúncia deste e qualquer outro crime é extremamente importante, para auxiliar a monitorização do fenómeno criminal e conseguir identificar os seus autores.