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REGIÃO -
Famalicão com orçamento de 219 milhões de euros em 2025

A Câmara de Vila Nova de Famalicão aprovou esta segunda-feira, com os votos contra do Partido Socialista, o orçamento para 2025, no valor de 219 milhões de euros, o maior de sempre da história das contas municipais.

A maioria PSD/CDS-PP enfatiza a previsão de um investimento recorde, de mais de 77 milhões de euros, um aumento de 98% face a 2024, “para avançar e dar continuidade a uma série de obras fundamentais para o futuro de Famalicão”.

O presidente da Câmara, Mário Passos, fala em projetos “com impacto no dia a dia dos famalicenses” em áreas como ambiente, habitação, educação, saúde, desporto, vias e acessibilidades.

Elenca, concretamente, a construção do centro de atletismo, das novas piscinas municipais de Famalicão e de um conjunto de intervenções no parque escolar concelhio, com destaque para a intervenção na Secundária Padre Benjamim Salgado, em Joane.

Ao nível da saúde, aponta para “intervenções estruturais” em São Miguel-o-Anjo (Joane) nas Unidades de Saúde Familiar (USF) Urbana e do Vale do Este e na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruivães e Landim.

Acrescenta ainda a concretização do Parque de Sinçães Norte, o arranque da construção do Parque dos Queimados e um conjunto de obras de beneficiação da rede viária, com intervenções nas estradas municipais 572, 562, 571 e 571-1 e na Avenida Marechal Humberto Delgado e com a construção de uma nova rotunda na via intermunicipal de ligação a Mogege.

O arranque da empreitada que vai permitir a conclusão da rede de abastecimento de água, o alargamento da rede de saneamento e a construção do novo parque de estacionamento junto à USF Urbana são outras intervenções previstas.

Para Mário Passos, este são projetos “sustentados em contas municipais sólidas, responsáveis e equilibradas, mas ao mesmo tempo na grande capacidade que a autarquia tem demonstrado de captação e execução de fundos comunitários”.

A oposição socialista votou contra, considerando, desde logo, que se trata de um orçamento “típico de ano de eleições”, que cresce 30% em relação ao deste ano, mas cuja execução “suscita sérias dúvidas”.

“Além disso, não traz qualquer ideia nova para o futuro, baseia-se apenas no que vem de trás”, disse o vereador socialista Paulo Folhadela.

Segundo este vereador, obras como as piscinas municipais ou o novo estádio municipal “não vão ter qualquer avanço palpável em 2025”.

“Fala-se com pompa do maior orçamento de sempre, o que é verdade, mas omite-se que isso resulta de um verdadeiro alinhamento dos astros”, referiu Paulo Folhadela, aludindo, sobretudo, ao “significativo” aumento de receitas resultante do Plano de Recuperação e Resiliência.

O orçamento para 2025 aponta para um saldo corrente de mais de 2,8 milhões de euros, o que, segundo a maioria, confirma o equilíbrio orçamental do município.

Prevê ainda um reforço dos apoios diretos concedidos às freguesias, que vão atingir os 8,4 milhões de euros, face aos 6,7 milhões de 2024.

A maioria realça ainda a diminuição do peso das despesas correntes no orçamento global da autarquia.

Em 2024, aquelas despesas representavam 69% do orçamento, valor que em 2025 desce para os 58%.

O executivo de Vila Nova de Famalicão é composto por sete eleitos do PSD/CDS-PP e quatro do PS.

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