O Bloco de Esquerda de Braga manifestou a sua oposição a nova PPP – Parceria Público Privada no Hospital de Braga, considerando que representa mais um passo para a fragmentação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sua entrega a “negócios” privados.
Lamentado a decisão de Luís Montenegro de lançar o processo de atribuição de cinco PPP em hospitais, entre os quais o de Braga, a Comissão Coordenadora Distrital (CCD) de Braga do Bloco considera “inaceitável” que a prioridade do Governo, liderado por um primeiro-ministro que “não tem a confiança dos portugueses nem do Parlamento”, seja “a de avançar com negócios que resultarão em sérios prejuízos para os utentes”.
Em comunicado, assinado por Ricardo Cerqueira, o novo coordenador distrital, o Bloco refere que a decisão acontece quando é conhecida “a impossibilidade” do SNS de “atrair e manter profissionais de saúde em carreiras que não são devidamente valorizadas” e num contexto em que “é habitual termos serviços imprescindíveis assegurados por um abusivo uso de horas extraordinárias, e que fecham quando todos os limites do possível são ultrapassados”.
Ricardo Cerqueira lembra que o Ministério da Saúde continua a ser liderado por Ana Paula Martins, “responsável, com a sua incúria, pelo trágico caos durante a greve dos profissionais do INEM”.
A Coordenadora distrital bracarense frisa que “pugnará por um serviço que não se vergue à maior ou menor lucratividade dos pacientes ou serviços e lutará para que não se concretize mais este passo de desmantelamento e entrega a interesses privados do Serviço Nacional de Saúde”.
“A CCD de Braga do BE confia nos profissionais que asseguram o acesso à saúde – tal como os utentes do Hospital de Braga, que têm atribuído a classificação de Muito Bom à generalidade dos serviços prestados, apesar das dificuldades diagnosticadas”, conclui o comunicado.
