O ditado popular diz que “prevenir é melhor que remediar”, e numa conjuntura atual de escassez de recursos humanos nas forças de segurança e consequentemente uma transformação de paradigma no que diz respeito ao policiamento de proximidade e de prevenção, o melhor mesmo é cada um de nós atuar proactivamente na salvaguarda dos nossos bens patrimoniais.
Nem sempre, ou diria mesmo, muitas poucas vezes as nossas polícias conseguem estar no local do crime, no momento em que ele acontece, ou porque como referi, devido à escassez de recursos premente, ou porque por outro lado porque os “amigos do alheio” também apresentam comportamentos mais perspicazes.
Com efeito, urge que cada um de nós seja um verdadeiro Polícia na proteção do que é seu. Nesta “cena”, está qualquer cidadão, com principal destaque na população idosa que mais desprotegida em razão da idade, aparece como o “alvo” mais fácil e apetecível.
São inúmeras as medidas de autoproteção a recomendar no cenário da presença em casa. As palavras de ordem são Desconfiar, Não permitir, Não permitir, Não abrir a porta, Anotar e Denunciar. É evidente que a população mais idosa, pertence a uma geração onde imperava a ditado “palavra dada, palavra empenhada”, e portanto a confiança nas pessoas era quase absoluta. Surgem então aqui os burlões, que aproveitando-se desses princípios e outras debilidades, conseguem facilmente ludibriar esta população quase “indefesa”.
Deixo assim, algumas recomendações comportamentais para esta população:
Desconfie de pessoas desconhecidas que toquem à campainha do seu domicílio mencionado que conhecem pessoas em comum ou que se trata de familiares afastados;
Desconfie de pessoas desconhecidas que toquem à campainha da sua residência, solicitando um copo de água ou um balde com água, alegando má disposição; desconfie de pessoas desconhecidas que toquem à campainha da sua residência, solicitando acesso ao interior de domicílio alegando pretenderem alugar um imóvel; desconfie de pessoas desconhecidas acompanhadas por crianças que toquem à campainha da sua residência, solicitando comida ou um copo de água para o menor. Não permitir a entrada de estranhos em casa, mesmo que se identifiquem como vendedores, funcionários de empresas de eletricidade ou de operadoras telefónicas e/ou de televisão; Não comentar com ninguém relativamente a bens valiosos existentes em casa e não comentar hábitos ou rotinas da família com outras pessoas; Ter o número de telefone do Posto GNR ou Esquadra PSP em local sempre acessível; Não abrir a porta imediatamente quando a campainha toca, perguntando antes e verificando quem é; Não ter em casa grandes quantias de dinheiro e manter joias guardadas em cofres; Dividir e guardar o dinheiro existente em casa em locais diferentes; Sempre que tiver qualquer suspeita ou pressentimento que alguém poderá a forçar a entrada no seu domicílio, ligar imediatamente 112; Anote dados sobre pessoas ou veículos suspeitos que detete na sua rua e transmita essas informações às autoridades policiais.
A prevenção é a melhor proteção e portanto, cada cidadão agindo proativamente, aumenta as suas hipóteses de segurança e pode revelar-se efetivamente o melhor Polícia na proteção dos seus bens patrimoniais e integridade!