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BRAGA –

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Braga. ‘Poesia ao Centro’ evoca Sebastião Alba

No ano em que Braga é Capital da Cultura do Eixo Atlântico, o evento ‘Poesia ao Centro’ evoca Sebastião Alba, poeta nascido em Braga a 11 de Março de 1940 e tido por muitos dos seus pares como um dos mais relevantes da poesia em língua portuguesa do século XX.

O evento, que decorre ao longo do mês de Março, inclui encontros poéticos, recitais, música, teatro, documentários, oficinas, tertúlias, apresentações de livros e exposições.

No Dia Mundial da Poesia, que se assinala a 21 de Março, o Auditório Sebastião Alba da Escola Secundária de Alberto Sampaio acolhe a estreia do documentário ‘Ninguém Como Nós Conhece O Sol – a vida e obra de Sebastião Alba’, de Inês Leitão, e o espectáculo evocativo ‘Querido Poeta’, escrito e produzido pelo PIF’H (Produções Ilimitadas Fora D’Horas), especialmente criado para integrar a programação deste evento literário.

A ‘Poesia ao Centro’ é um evento organizado pelo município de Braga em parceria com a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e Rede de Bibliotecas de Braga, contando com a colaboração de inúmeras entidades da cidade.

SEBASTIÃO ALBA

Sebastião Alba, pseudónimo de Dinis Albano Carneiro Gonçalves, nasceu na freguesia da Cividade, em Braga, 11 de Março de 1940 e faleceu com 60 anos, a 14 de Outubro de 2000.

Deixa um bilhete dirigido ao irmão: “se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá”.

Sebastião Alba, nacionalizado moçambicano, pertence à jovem vaga de autores moçambicanos que vingaram na literatura lusófona.

Radicou-se, juntamente com a família, em 1950, em terras moçambicanas e só voltou a Portugal em 1984. Foi em Moçambique que se formou em jornalismo, e leccionou em várias escolas, passando a conviver com um importante grupo de escritores e intelectuais.

Foi jornalista, ‘guerrilheiro político’, e teve uma vida bastante agitada e cheia de desilusões, com passagens por prisões e hospitais psiquiátricos. Alba passa com o tempo a viver como andarilho, acabando a morar na rua por opção própria. Morre atropelado na Rodovia, em Braga.

OBRA

Publicou, em 1965, Poesias, inspirado na sua própria biografia.

Poesias, Quelimane, Edição do Autor, 1965; O Ritmo do Presságio, Maputo, Livraria Académica, 1974; O Ritmo do Presságio, Lisboa, Edições 70, 1981; A Noite Dividida, Lisboa, Edições 70, 1982; A Noite Dividida,(O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano), Lisboa, Assírio e Alvim, 1996; Uma Pedra Ao Lado Da Evidência, (Antologia: O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano + inédito), Porto, Campo das Letras, 2000; Albas, Quasi Edições, 2003

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