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REGIÃO

REGIÃO -
Autarcas do Alto Minho e da Galiza pedem reabertura “imediata” de fronteiras

Os Presidentes de câmara portugueses e galegos de municípios banhados pelo rio Minho exigem a reabertura “imediata” de mais três pontos entre Portugal e Espanha de forma a corrigir o que dizem ser uma injustiça dos dois Estados.

Doze dos 14 autarcas portugueses e galegos com municípios localizados ao longo de 70 quilómetros do rio Minho realizaram esta quarta-feira uma acção de protesto conjunta no meio da ponte internacional da Amizade, que liga Vila Nova de Cerveira, a Tomiño, na Galiza, encerrada desde a reposição de fronteiras entre os dois países.

Na acção, promovida pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho, que contou com a presença de jornalistas portugueses e espanhóis, os autarcas exibiram a palavra ‘SOS’ em letras grandes.

O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23h00 do dia 16 de Março em nove pontos de passagem autorizada devido à pandemia de covid-19.

Actualmente, no distrito de Viana do Castelo, a ponte nova sobre o rio Minho, que liga as cidades de Valença e Tui, é o único ponto de passagem autorizado para trabalhadores transfronteiriços e transporte de mercadorias.

Na terça-feira, o ministro da Administração Interna admitiu manter encerradas as fronteiras terrestres e aérea com Espanha, enquanto existir uma quarentena interna no país vizinho.

Nas últimas semanas, os autarcas dos dois lados do rio Minho têm feito repetidos apelos à abertura de mais passagens entre as duas regiões transfronteiriças.

Na sexta-feira, os presidentes das câmaras de Valença e Tui lançaram “um pedido de socorro” aos governos de Portugal e de Espanha, exigindo a reabertura imediata da ponte centenária que liga a eurocidade, e de mais pontos de passagem no território face aos “prejuízos muito graves” que a actual situação está a causar à economia dos dois territórios e aos trabalhadores transfronteiriços.

Anteriormente também o director do AECT Rio Minho referiu que o território está “afogado” por uma única passagem na fronteira entre os dois países e a situação está a tornar-se “insustentável”.

Constituído em Fevereiro de 2018 e com sede em Valença, o AECT Rio Minho abrange um total de 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo que compõe a CIM do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra.

Também o Observatório Transfronteiriço Espanha-Portugal indica que, “dos 60 pontos existentes entre ambos os países, os de Valença-Tui, Cerveira-Tomiño e Monção-Salvaterra do Minho estão entre os seis com maior fluxo de tráfego transfronteiriço, somando, entre as três, mais do 50% do trânsito de veículos”.

 

Foto Rádio Alto Minho

Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=q18GpKn7P8g

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