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REGIÃO -
Cientista de Famalicão recebe bolsa de dois milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação

A investigadora do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho), Ana João Rodrigues, recebeu uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC) que garante dois milhões de euros para desenvolver o seu projecto de investigação em neurociências.

A proposta da equipa liderada pela neurocientista procura perceber de que forma o cérebro percepciona e codifica o prazer e a aversão.

A investigadora, natural de Famalicão, explica que tentam “perceber como é que os neurónios no nosso cérebro conseguem perceber se o estímulo é positivo ou é negativo”.

De acordo com Ana João Rodrigues, a bolsa é o “culminar de muitos anos de esforço e do papel da equipa e da instituição neste caminho.

“Só conseguimos chegar aqui porque tivemos a sorte de estar numa instituição que acredita no nosso trabalho e que nos dá liberdade para desenvolver projectos ambiciosos e um pouco ‘fora da caixa’”, observa a neurocientista, para quem a bolsa do Conselho Europeu de Investigação é o “reconhecimento por pares, a nível internacional, da excelência de investigação de uma equipa”.

O reconhecimento deixa Ana João Rodrigues “extremamente orgulhosa”, acrescentando que esta “é uma marca de qualidade da investigação científica que qualquer cientista quer alcançar”.

As bolsas científicas ERC são as mais prestigiadas e competitivas da Europa. Premeiam projectos individuais cuja selecção é fundamentada no currículo do investigador e na excelência do projecto a executar. 

As bolsas de consolidação de carreira, como é o caso, são atribuídas a investigadores que tenham entre sete a doze anos de experiência, após completarem o doutoramento.

Ana João Rodrigues tem 39 anos e é natural de Vila Nova de Famalicão. É licenciada em Biologia Aplicada em 2003, na Universidade do Minho, tendo-se doutorado em Ciências da Saúde, em 2008, na Escola de Medicina da UMinho.

Actualmente lidera uma equipa de investigação no ICVS, após larga experiência em laboratórios internacionais de referência nos EUA, Holanda, Itália, Finlândia e Portugal. O seu trabalho de investigação centra-se na forma como o cérebro codifica eventos de prazer e aversão, conducentes a comportamentos.

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