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ECONOMIA

ECONOMIA -
Associação da Hotelaria de Portugal. Sector «vive crise sem precedentes» e precisa de apoios

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) considera que o sector vive actualmente uma «crise sem precedentes» e refere que os dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre os resultados de 2020 da actividade turística «confirmam as piores projecções».

Em comunicado, a associação afirma que os resultados que o INE divulgou mostram que, em 2020, entre as várias formas de alojamento, «a Hotelaria e os Hostels se destacaram dos demais pelas ainda mais brutais quebras, com reduções de 64,5%, e 66,4%, respectivamente, muito superiores às registadas pelo alojamento local e pelo turismo no espaço rural e de habitação».

«Igualmente grave é o impacto que ocorre nos diversos destinos. Como a AHP também já tinha previsto, as maiores quebras são e serão nos destinos urbanos e o especial impacto no principal destino religioso», que é Fátima.

Suportando-se nos números do INE, a associação sublinha que Lisboa teve uma quebra de 76%, o Porto de 72% e Fátima «ainda sofreu uma maior hecatombe, com uma redução de 78% nas dormidas, que se deveu principalmente ao colapso das dormidas de não residentes: menos 88%».

MAIS APOIOS

Citado no comunicado, o presidente da Associação de Hotelaria de Portugal, Raul Martins, classifica 2020 como «um péssimo ano», que obriga a recuar a valores de dormidas de não residentes de 1984.

«Mas 2021 não será melhor. A situação da hotelaria é muito grave e os apoios insuficientes, é importante que se perceba isso. As empresas hoteleiras estão há um ano com quebras enormes, e neste momento não conseguem honrar os seus compromissos com os ordenados, os fornecedores e os impostos», assegura.

Na perspectiva de Raul Martins, «se não existirem apoios urgentes, não será “apenas” o sector hoteleiro, empresas, trabalhadores e famílias que sofrerão, mas toda a economia».

«Sem as empresas hoteleiras não haverá retoma do Turismo, e o Turismo pode voltar a ser o motor da retoma da economia», frisa.

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