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TERRAS DE BOURO

TERRAS DE BOURO -
Assembleia Municipal aprova contas com oito abstenções

A Assembleia Municipal de Terras de Bouro aprovou esta quarta-feira, com oito abstenções, os documentos relativos às contas da autarquia no ano de 2020.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis da bancada do PSD, do deputado municipal da CDU e dos presidentes de Junta, com oito abstenções, cinco do Terras de Bouro – O Nosso Partido (TBNP) e três do PS.

Em 2020, o resultado líquido apurado foi negativo, de 1,1 milhão de euros, o que o presidente da Câmara, Manuel Tibo, desvalorizou, considerando que as autarquias «não servem para dar lucro», mas sim para «investir para resolver os problemas existentes».

O autarca destacou a redução da dívida, que é agora de 2,8 milhões de euros, assim como a «concretização de várias obras» apesar de um contexto «muito difícil» criado pela pandemia.

«Em 2014, a dívida total era de 4,6 milhões de euros e em 2017 era de 3,4. Agora está em 2,8 milhões, já com a utilização de 689 mil euros do empréstimo feito à linha BEI», referiu.

Tibo adiantou que, por força dos investimentos programados, no próximo ano a dívida será mais elevada, mas ainda assim «perfeitamente controlada».

«Os profetas da desgraça, que dizem que a Câmara pode ir à falência, podem estar descansados, porque isso não vai acontecer. Há neste momento uma capacidade de endividamento de 12 milhões de euros», frisou.

Os resultados foram saudados pela bancada do PSD, que pela voz de Isménia Loureiro disse tratar-se de um exercício com «contas certas» e que o executivo «cumpriu em toda a linha» aquilo a que se comprometera.

«O que os arautos da desgraça previram ruiu: as contas estão certas, o endividamento controlado e as obras no terreno. Terras de Bouro saiu a ganhar», apontou.

Do lado do PS, Filipe Mota Pires mostrou-se preocupado com a perda de população no concelho, o que disse «obrigar a reflectir» para que seja possível contrair o «Inverno demográfico que põe em causa o concelho».

Sobre as contas, disse que a redução da dívida já começara nos mandatos do PS e apontou aquilo que considera ser «a falta de apoio ao associativismo» por parte deste executivo.

«Bem sei que a pandemia obrigou a interromper várias actividades, mas este é um assunto que tem de ser encarado, porque temos as associações a definhar e cada vez menos associativismo», lamentou.

A deputada do TBPN Eduarda Pereira admitiu que a dívida actual «está em bons níveis», mas deixou um alerta para o futuro: «Não há profetas da desgraça, mas se houver investimento, a dívida poderá facilmente ficar acima dos valores de 2014».

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