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SAÚDE

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Hospital de Braga alerta para os sintomas e a importância do rastreio

Estar atento aos sintomas e não descurar os rastreios: responsável por mais de 3.800 óbitos, o cancro colorretal pode ser detectado “num estágio muito inicial da doença”. O Hospital de Braga sensibiliza para o mês europeu da Luta contra o Cancro do Intestino.

Com mais de 3.800 mortes por ano, o cancro colorretal é um dos três cancros mais frequentes em Portugal. O director do serviço de cirurgia geral do Hospital de Braga, Joaquim Costa Pereira, diz que que “a detecção deste cancro pode ser realizada num estágio muito inicial da doença, podendo mesmo haver possibilidade de diagnosticar lesões tão iniciais que podem ser removidas antes de se desenvolver um cancro invasor”.

Com isso em mente, o Hospital de Braga sensibiliza para o mês europeu da Luta contra o Cancro do Intestino como forma de alerta para a importância da detecção precoce desta doença antes de haver sintomas.

Joaquim Costa Pereira realça, ainda, que “o cancro do cólon inicia-se por alterações no interior do intestino grosso — pólipos — que desde o seu início, e durante o período de sete anos, podem evoluir para cancro invasor. Excluindo os cancros hereditários, não é provável o aparecimento de pólipos malignos antes dos 45 anos, assim a realização de uma colonoscopia aos 45 anos, repetida a cada cinco a dez anos, pode identificar e permitir a remoção dos pólipos, evitando-se assim o desenvolvimento de um cancro do cólon”.

Acrescenta, também, “que a alteração do hábitos intestinais — prisão de ventre ou diarreia —, presença de sangue nas fezes e a dor abdominal são sinais que devem levar os doentes a procurarem ajuda especializada no sentido do diagnóstico ou exclusão de cancro do cólon”.

O risco desta doença diminui com comportamentos de vida mais saudáveis, nomeadamente dieta rica em fibras, consumo reduzido de carnes vermelhas e álcool, não alterando no entanto a necessidade de colonoscopia de rastreio, passo fundamental para o diagnóstico precoce e prevenção, explica ainda o hospital em comunicado.

No ano passado, só o Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga operou 166 doentes com cancro colorretal — 87% de cirurgia mini-invasiva e uma mediana de internamento de 4 dias. Em cirurgia urgente foram operados, nesse mesmo ano, 21 doentes, número que reforça a importância do rastreio do cancro colorretal.

Este serviço é reconhecido pelo ministério da Saúde como Centro de Referência na Área de Oncologia de Adultos para o Cancro do Reto, contando igualmente com uma Unidade de Cirurgia Colorretal que trata os cancros do cólon e recto. Nesta área, e na última avaliação do SINAS da Entidade Reguladora da Saúde, o Hospital de Braga obteve na área de Cirurgia Geral (Cirurgia do Cólon), o nível máximo da classificação.

Segundo um comunicado “a organização interna do Hospital de Braga e do Serviço de Cirurgia possibilita uma capacidade de resposta com garantia de primeira consulta num prazo inferior a uma semana; estudo e proposta de terapêutica num prazo de duas semanas, e inicio do tratamento após proposta num prazo máximo de três semanas, sendo que antes das duas semanas os doentes já iniciaram os tratamentos necessários (quimioterapia, radioterapia ou cirurgia)”.

Assim, “o Hospital de Braga é a única unidade hospitalar da região do Minho que reúne todas as especialidades necessárias ao tratamento e seguimento dos doentes com cancro colorretal, assegurando aos doentes uma resposta com máxima celeridade, sem listas de espera”.

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