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A pior parte do fim é o recomeço

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Opinião de Marco Alves

 

Aliei-me ainda antes da sua fundação na Aliança, projeto político partidário desenhado por Santana Lopes, homem singular, de verdadeiro sentido ético, de valores humanos, destemido e sempre preparado para abraçar a democracia. Permaneci durante 3 anos, assumindo a responsabilidade de coordenador concelhio. Nos primeiros meses assisti a uma ascensão meteórica de simpatizantes e militantes, alguns sem receio, outros mais reservados. Entretanto, foi sol de pouca dura. Nas primeiras eleições em que participámos, Europeias 2019, estivemos perto de eleger o primeiro eurodeputado, para muitos o melhor de todos os candidatos existentes. 

Em espécie de revanche, pela derrota sofrida na primeira eleição onde participamos, e ainda com poucos meses pela frente, vamos para as Legislativas de 2019 na esperança de eleger PSL por Lisboa. Acabámos por sofrer nova derrota que abalou toda a estrutura partidária. Em Setembro de 2020, realiza-se o II congresso nacional, com o partido bastante fragilizado, debilitado e a pandemia a decorrer, onde é eleito novo presidente, Paulo Bento, que assume a difícil responsabilidade de fazer renascer o partido. Consegue de certa forma trazer alguma estabilidade aos militantes que acreditam ser possível concorrer às eleições autárquicas realizadas no passado dia 26 setembro, onde obteve resultados adequados à sua dimensão. 

Termina assim, após profunda reflexão, o meu ciclo neste projeto. A abstenção e a fraca participação da sociedade nas questões de cidadania foram alguns dos fatores que contribuíram para a minha decisão.

Poderia ter sido melhor? Talvez. Poderia ter sido diferente? Talvez. Poderia ter outra dimensão? Talvez. Uma certeza: não foi desperdício nenhum para mim esta passagem, aliás, foi um valioso e enriquecedor ciclo. Ficam presentes as amizades e as boas memórias. 

Não deixarei de usufruir da minha liberdade e participação cívica. Porém, nos próximos tempos pertencer a alguma força partidária está fora de questão. Poderá ser uma possibilidade mais tarde, só o tempo dirá.

Agora sobre os resultados no concelho de Amares, para os mais distraídos.

A vitoria do atual edil Manuel Moreira há muito estava desenhada e a grande dúvida recaía sobre a continuidade da maioria gerida pela coligação PSD/CDS. A aparente e aparatosa chuva de críticas pela qual o executivo foi bombardeado nos últimos meses somente resultou na mudança de 1 vereador para o PS e a entrada de 2 novos deputados do Chega para a Assembleia Municipal. O PCP esteve próximo (faltaram 59 votos) de recuperar o deputado perdido em 2017 e o Chega não atingiu o feito de Vila Verde para se estrear na Câmara por curtos e consideráveis 299 votos. 

É bom salientar ainda o aumento de mulheres autarcas no concelho, embora ainda sejam muito poucas: a entrada de Valéria Silva para a vereação, Lurdes Arantes para a freguesia de Lago, Ana Soares, Alexandra Teixeira e Carla Fernandes para a Assembleia Municipal. 

Aos reeleitos e novos autarcas, desejo sucesso no trabalho que vão desempenhar, de preferência com mais foco no concelho, mais preocupação pela dignidade das pessoas, construção de pontes para incentivo a novos investidores e empresários para se fixarem no nosso concelho. Para muitos, este será o último dos mandatos permitidos por lei. No entanto, é bom evidenciar que a democracia é fundamental, este é o momento certo para colocar o concelho no patamar mais acima. “O futuro é incerto e o fim está sempre perto!”

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