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OPINIÃO -

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Abrandar! Abrandar, sempre! (II)

Na edição do jornal “Público”, de 29 de Outubro de 2018, o jornalista Abel Coentrão redigiu um artigo sobre as «novas políticas de planeamento urbano e de mobilidade». Estas novas práticas alocam a si uma importante «redução da velocidade de circulação» de veículos, pelo que, de acordo com experiências bem-sucedidas, impedem – e, não estou equivocado – um maior «gasto de tempo». O mais relevante, no entanto, é revelar que estas mesmas experiências concluíram que existe, pelo contrário, uma redução, por completo – a um total de o% –, o número de casualidades originadas em atropelamentos.

Confesso que desconheço o número de atropelamentos ocorridos em Amares. Suponho que serão poucos. Talvez nenhum em 2018. Talvez nenhum neste decorrente 2019. Quanto ao número de casualidades, não as irei referir, porquanto não possuo qualquer quantificação, ainda que deva acreditar que, provavelmente, sejam residuais. Porém, a nossa vizinha cidade de Braga é uma autêntica caixa repleta de acontecimentos, e, infelizmente, subsequentes mortes.

Ora, o supramencionado artigo demonstra-nos como a cidade do Porto «conseguiu um ano sem mortes por atropelamentos», apontando o respectivo Executivo, aliado às restantes forças de segurança, a medidas que circunscrevem a liberdade de acção dos automobilistas. Muito mais impressivo é o exemplo da cidade galega de Pontevedra, designada como «exemplo europeu, por ter retirado todos os carros do casco antigo e limitado a trinta quilómetros, por hora, a velocidade no interior de toda a cidade em volta de uma generosa área pedonal». E, no que concerne a este último caso, devo acrescentar que o que a notícia relata é totalmente verdade, uma vez que por lá passei, no passado mês de Setembro, havendo testemunhado pessoalmente todo aquele envolvimento. Considero que, quer a cidade do Porto, quer a cidade de Pontevedra alcançaram resultados mais do que impressionantes; maravilhosos, mesmo!

Posto isto, devo dizer que a nossa vila de Amares necessita, ainda, de percorrer um longo caminho, no que diz respeito as estas políticas de planeamento e de mobilidade. Convém acrescentar que o trabalho não é árduo – deve ser encarado como insinuante –, conquanto se deva prever que o emprego mental seja extenso.

Assim, através de uma avaliação superficial, pode concluir-se que as estradas do nosso concelho são perigosas. Para além de o actual Executivo ter ordenado a remoção da maioria das lombas da Rua 25 de Abril – ideia tão peregrina quanto insensata –, havendo oferecido, de bandeja, uma pista desportiva, gratuita, para o deleite dos primatas do volante, ainda não foram pensadas soluções para o, cada vez maior, número de peões que circulam por sobre as guias das faixas de rodagem. A insegurança aumenta quando as empresas de construção não são obrigadas a repor o estado inicial do pavimento, após determinadas obras – colocação e reposição de saneamento ou outros –, e, sobretudo, quando as mesmas estradas não se encontram convenientemente – ou, de forma alguma – pintadas.

Finalmente, os semáforos. Que vergonha! Pergunto-me, a cada dia que passa, como é possível que a situação degradante dos semáforos, junto do Centro Escolar de Ferreiros, às portas dos Bombeiros Voluntários, se mantenha inalterada há longos anos. Completamente decapitados. Sinalização tão importante, conquanto, ao mesmo tempo, completamente inútil.

Uma vergonha! Mas, há mais…

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