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AEMinho critica António Costa: “classe política abandonou a defesa da iniciativa privada”

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A AEMinho- Associação Empresarial do Minho criticou esta terça-feira o Governo, dizendo que “a classe política em geral abandonou a defesa da iniciativa privada por mero oportunismo e populismo, ao invés de defenderem e preservarem aquele que é o maior motor de criação de riqueza, valor acrescentado e projecção de Portugal no mundo, a saber, as empresas portuguesas”.

Em comunicado, o presidente do organismo, Ricardo Costa, diz que “foi com alguma surpresa que a AEMinho viu as declarações proferidas pelo primeiro-ministro, à margem do congresso da Tendência Sindical Socialista”. António Costa pediu, na ocasião que o sector privado aumente os salários.

E rebate-as: “as empresas estão na primeira linha do combate à precariedade e à pobreza. Começa a ser fustigante estarmos constantemente a assistir a esta permanente falta de consideração e noção da classe política em relação à nossa actividade, relevância e papel determinante na construção de um país mais dinâmico, justo e próspero”.

O organismo associativo, com sede em Braga, diz, ainda, que “quando falamos de empresas, falamos de um ecossistema que integra empresários e trabalhadores, num mesmo espectro e não divididos como se duas partes distintas se tratassem, apesar de percebermos a conveniência política e eleitoralista que, por vezes, representa o estímulo desta divisão. As empresas são um todo e os trabalhadores são o centro desse todo.”

E acentua as críticas: “Não é sério pedir aumentos de salários às empresas neste contexto de absoluta asfixia fiscal a que estamos votados. Não é sério porque não é viável. Apenas serve para fazer um número populista e irresponsável perante uma plateia vocacionada para ouvir este tipo de declarações irreflectidas”.

REDUZAM TRIBUTAÇÃO SOBRE O TRABALHO

E a AEMinho propõe: “aumentem a tributação dos lucros, mas reduzam a tributação sobre o trabalho. Ouvir o responsável pela maior carga fiscal de sempre, que em simultâneo é o responsável por péssimas decisões de gestão, como os avanços e recuos na privatização da TAP e os seus gigantes custos, e num país onde os trabalhadores portugueses passam cinco a seis meses do ano a trabalhar para pagar contribuições altíssimas e terem como retorno um país em falência social, seria cómico se não fosse dramático”.

E a concluir: “o primeiro-ministro que é o ‘CEO’ do maior empregador do país, cuja receita não carece de qualquer produtividade, apenas de decisão administrativa de aumentos de impostos, deu aos ‘seus’ funcionários um aumento médio de 3,9%; por sua vez, as empresas deram aumentos médios de 8%, sendo que as do Minho deram em média 9,75%. Não me parece que tenhamos lições ou recomendações a receber do Dr. António Costa nesta matéria”.

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