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Confessa homicídio de antigo amigo, mas diz que não premeditou nem foi por vingança

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Luís Miguel Teixeira, conhecido como Max, de 24 anos, o autor dos disparos que, em 2021, atingiram mortalmente o antigo amigo Carlos Galiano, de 25, confessou o crime no Tribunal de Braga, mas garantiu que “não o premeditou nem agiu por vingança”.

“Queremos provar que o homicídio não nem pensado ou estudado, ou seja, não foi qualificado”, adiantou ao jornal “O Amarense” a sua advogada, Joana Oliveira Silva, do escritório de Ricardo Pinto, em Matosinhos.

Já o segundo arguido Diogo Azevedo, de 24 anos, de Braga, que a acusação considera como o alegado cúmplice, não prestou declarações. Na contestação à acusação negou ter incitado Max a matar.

Na segunda sessão, realizada esta quinta-feira, foram ouvidas várias testemunhas, algumas que presenciaram o crime e outras que assistiram Galiano até que a ambulância chegasse.

O coletivo ouviu, também, alguns familiares da vítima, neste caso para se aferir quais os danos morais e materiais que a morte, naquelas circunstâncias, lhes causou.

A sessão ficou marcada, ainda, por dois episódios emotivos: a mãe da vítima, depois testemunhar sobre os efeitos nefastos que sofreu pela morte do filho, desatou aos gritos, chamando “assassino” a Max. Foi retirada pelos militares da GNR encarregados da segurança da sala, mas continuou a invectivar o arguido, em voz alta.

A seguir, a namorada do alegado criminoso, na qualidade de testemunha, contou que estava com Max em casa da mãe dele e que este saiu após ter recebido um telefonema. Disse que desconhecia que ele acabaria por matar Galiano e que nem sabia que ele tinha uma pistola, logo não se apercebeu de nada.

Acrescentou que, na altura da triste ocorrência, planeavam ir viver juntos, quando ela acabasse o mestrado, e garantiu que o plano se mantém, ou seja, continuará à espera dele, mesmo que venha a ser preso.

Na sessão, foram ainda lidas as declarações prestadas aquando do inquérito-crime por um jovem que presenciou os disparos, que o Tribunal não o conseguiu notificar, visto que vive em França.

A defesa, através do advogado Ricardo Pinto, pediu aos juízes que fossem repetidas as tentativas de o encontrar, tendo a juiz-presidente decidido que se contactaria a Embaixada da França em Portugal e o Consulado Português em Paris, na mira de descobrir o seu paradeiro.

O jurista entende que as declarações da testemunha têm de ser contraditas para terem valor jurídico.

ACUSAÇÃO

A acusação do Ministério Público (MP) refere que os dois arguidos, ambos nascidos em 1998, agiram em «comunhão de esforços» e dirigiram-se, no dia 05 de Outubro de 2021, pelas 02h00, a um estabelecimento de snack-bar na Rua Monsenhor Airosa, em Braga, onde sabiam que podiam encontrar Carlos Galiano.

A vítima era «um outro homem com quem estavam ambos inimizados por considerarem que as declarações que prestara tinham sido decisivas para a condenação de um deles em processo criminal anterior, dele pretendendo, por tal motivo, tirar desforço».

«Tendo encontrado a vítima nesse local, dirigiram-se ambos à mesma e o arguido que fora condenado, com uma arma de fogo de calibre 6.35 de que se munira, atingiu-a com dois disparos no abdómen, os quais lhe provocaram ferimentos que, apesar do pronto socorro hospitalar prestado, vieram a provocar-lhe a morte», explica.

No dia seguinte ao crime, “Max” entregou-se na PSP de Braga.

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