PAÍS

PAÍS -
Costa aponta ‘erro grave’ de Pedro Nuno Santos mas perdoa ministro

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

“Houve um erro grave. Está corrigido, agora é seguir em frente”, afirmou esta quinta-feira aos jornalistas que o chefe do Governo, numa declaração feita em Lisboa depois de Pedro Nuno Santos ter assumido toda a responsabilidade pela “falha grave” de comunicação que existiu.

António Costa disse que o despacho assinado na quarta-feira pelo Ministério das Infra-estruturas sobre a localização do novo aeroporto já foi revogado, salientando que “houve um erro grave” que já “foi corrigido”.

Sublinhando que “até os políticos cometem erros”, o primeiro-ministro defendeu que o “mais importante” é ter consciência e reconhecer quando isso acontece, tal como fez Pedro Nuno Santos, a quem Costa elogiou a “humildade” de admitir publicamente a falha que cometeu.

“Felizmente, o erro foi corrigido com rapidez”, enfatizou.

Aos jornalistas, o chefe do Executivo confirmou que não sabia da existência do despacho do Ministério das Infra-estruturas sobre a localização do novo aeroporto: “Claro que não sabia”, respondeu, garantindo que a confiança com o ministro, que não agiu de “má-fé”, está “totalmente restabelecida”.

António Costa reafirmou a necessidade de trabalhar para chegar a um “amplo consenso nacional” sobre o novo aeroporto por se tratar de um assunto de “interesse nacional”.

“Esta é uma decisão que já se arrasta há muitas décadas e que exige um grande consenso nacional, pelo menos com o principal partido da oposição, o PSD. Havendo o Congresso do PSD esta semana, devemos aguardar. Este processo deve ser sempre seguido, com toda a informação, por parte do Presidente da República”, explicou.

A polémica em torno do ministro Pedro Nuno Santos começou quando, esta quarta-feira, o Governo decidiu avançar com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com o Montijo para estar em actividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este estivesse operacional, fechar o aeroporto Humberto Delgado.

Segundo o despacho, assinado pelo secretário de Estado das Infra-estruturas, Hugo Santos Mendes, o plano passava por acelerar a construção do aeroporto do Montijo, uma solução provisória para responder ao aumento da procura em Lisboa, complementar ao aeroporto Humberto Delgado, até à concretização do aeroporto em Alcochete, apontada para 2035.

No entanto, menos de 24 horas depois do anúncio, o primeiro-ministro determinou a revogação do despacho sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e reafirmou querer uma negociação e consenso com a oposição sobre esta matéria.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS