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OPINIÃO -

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Dores de costas: como prevenir?

Autor: Raquel Cerqueira Gomes

As raquialgias ou vulgarmente conhecida como “dores nas costas” são das queixas dolorosas mais frequentes do ser humano. As dores nas costas resultam frequentemente de dores na coluna vertebral e podem ter várias origens, sendo a causa degenerativa (envelhecimento) a mais comum.

A cervicalgia (dores na zona do pescoço) e as lombalgias (dores no fundo das costas) são as zonas da coluna mais comum de causar dor na população ativa. Cerca de 72,4% dos portugueses sofrem ou já sofreram de dores de costas. Por ano, cerca de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por causa das lombalgias, que são responsáveis por 50% dos casos de incapacidade física na população adulta. A cervicalgia e a lombalgia devem-se, na maioria dos casos, à deterioração degenerativa ou à alteração funcional das estruturas musculoligamentares.

As más posturas no trabalho, nas atividades domésticas ou em momentos de lazer são causa frequente de dores na coluna. Para além das más posturas, fatores de risco como: sedentarismo, obesidade, tabaco, stress e as profissões que exigem esforços importantes ou posturas prolongadas com a coluna em inclinação para frente ou para trás ou em rotação contribuem para as raquialgias.

Como se pode afinal prevenir as raquialgias? Devemos evitar carregar pesos de forma desequilibrada no nosso corpo, como por exemplo malas pesadas num dos ombros; devemos sentarmos de forma a que a nossa coluna fique reta; fazer exercício regularmente; não fumar; controlar o peso do seu corpo; levantar os pesos do chão com as pernas em posição de agachamento e não com as costas inclinadas para a frente; ter atenção ao colchão que tem em casa para dormir.

Se sofre de dores nas costas deve ser observado pelo seu Médico de Família de forma a identificar corretamente a origem dessa dor, especialmente se para além da dor tem menos de 20 anos ou mais de 65 anos, apresenta dor no peito, se a dor o acorda de noite, se tem perda de peso recente, se tem febre e arrepios e se já teve ou tem um cancro. O seu Médico de Família propõe o tratamento orientado para origem da dor e ajuda-o a identificar os fatores que propiciam essa dor.

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