Esposende assinalou esta quinta-feira, os 449 anos de Município e os 28 anos da elevação a cidade, uma oportunidade para o da Câmara Municipal lembrar as alterações radicais que o quotidiano sofreu com a pandemia da covid-19.
“Quando avançamos para este mandato estávamos longe de imaginar um cenário tão limitativo como aquele que nos surgiu em Março de 2020 e que se vem prolongando até hoje”, afirmou o autarca, referindo que esse cenário se traduziu em dificuldades que abrangeram “a gestão de recursos humanos e eliminação total do investimento em eventos, canalizando as verbas para ajudar nas inúmeras despesas que ultrapassam o milhão e meio de euros investidos”.
“Este é um bom exemplo de que, na política, mais do que promessas e compromissos, também é importante a capacidade e a coragem de tomar decisões que defendam os interesses das populações, mesmo que as mesmas surjam de forma inesperada e não encontrem acolhimento nos respectivos manifestos eleitorais”, vincou Benjamim Pereira.
Mas estes tempos difíceis não foram impeditivos do desenvolvimento do concelho, acrescentou, enumerando o aumento de 2,6% da população, mas que se repercutem, ainda, no aumento de processos na Divisão de Gestão Urbanística, com um aumento de 170% de Pedidos de Informação Prévia, um aumento de 280% nos loteamentos e de 50% nas edificações.
“Em suma, uma dinâmica muito acentuada que marca um momento de grande fulgor no investimento no sector imobiliário do nosso concelho”, referiu o autarca, baseando-se em “dados concretos” como as mais de 500 novas empresas que nasceram em Esposende, o volume de negócios das empresas que cresceu a uma taxa média anual superior a 15%, ou as exportações que aumentaram 25%, comparativamente a 2016.
Considerou ainda “assinalável” a taxa de desemprego, inferior a 5%, com apenas 698 desempregados, “das mais baixas do país, registando ainda o terceiro melhor índice nacional de desemprego de longa duração, com 1,3%”.
A OBRA
Prosseguindo o balanço, Benjamim Pereira lembrou que o orçamento anual de 2014 era de cerca de 18 milhões de euros e hoje ronda os 38 milhões de euros e, em termos de número de procedimentos para obras municipais, lançados no mandato ainda em curso, “dá-se a coincidência de termos o mesmo número do mandato anterior, 153, mas com a importante particularidade de termos 29 milhões de investimento neste mandato, face a menos de 9 milhões entre 2013/2017”.
Das principais iniciativas do Município no terreno, Benjamim Pereira destacou a instalação do IPCA, o polo da Universidade do Minho na antiga Estação Radionaval de Apúlia, o Parque da Cidade, já aprovado por todas as entidades e que se encontra agora em fase de avaliação dos terrenos com vista à sua aquisição, o projecto da ponte pedonal e ciclável sobre o Cávado, a conclusão da requalificação da Escola Secundária Henrique Medina, do Canal Interceptor, da Biblioteca Municipal, do Arquivo Municipal, da Zona Central de Marinhas e da Alameda do Bom Jesus em Fão.
A concluir, Benjamim Pereira apelou para que a campanha eleitoral que se aproxima “decorra de forma elevada e respeitadora, focando as acções e intervenções na mensagem política e no esclarecimento dos eleitores e não no ataque pessoal, na insinuação e na difamação”.
No discurso que marcou “o final de um ciclo politico”, o presidente da Assembleia Municipal, Agostinho Silva lembrou que “tão importante como entrar na política é saber quando sair”.
Salientando o “excelente trabalho” daquele órgão autárquico, Agostinho Silva destacou que a sua acção “teve sempre como principal objectivo contribuir para que fossem criadas as melhores condições de vida da população”, recordando que a pandemia obrigou a uma reorganização das autarquias e das suas prioridades.
“É justo que seja reconhecido o trabalho realizado pelo presidente Benjamim Pereira em defesa da população e que permite ao concelho manter índices de crescimento económico invejáveis, o que permite lançar planos audaciosos para o futuro, de aposta no Ensino e na valorização formativa da nossa população”, concluiu Agostinho Silva.