OPINIÃO

OPINIÃO -
Estórias que se contam e vale a pena transmitir

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Artigo de Marco Alves

 

Partindo do pressuposto de que o ano termina à meia-noite do dia 31 de dezembro e começa no dia 1 de janeiro foi uma construção social, uma definição elaborada por algum momento da história. Janeiro, homenagem a Jano, Deus de duas faces, uma voltada para a frente e outra para trás. Protetor das entradas e saídas, também era considerado Deus dos princípios e começos. Sendo assim a estória, permitam-me desejar a todos os leitores e amarenses, um ano de 2022 repleto de boas energias.

Replico no meu artigo de opinião histórias que embelezam a diversidade cultural, social e económica do nosso concelho:

O terreno onde assenta a freguesia de Goães é bastante acidentado, correm por ela três ribeiros importantes que a tornam extraordinariamente fértil. 

O Salgueiral desce dos montes de Seramil e Vilela por várias ramificações, rega e mói, tem ou teve engenhos de serrar e lagares de azeite, desagua no rio Cávado com alguns quilómetros de curso. 

O Portuzelo, com mais de 1 quilómetro de curso, nasce e morre nos limites da freguesia de Goães, também rega e mói desaguando no Cávado.

O Ramourel, com mais de 3 quilómetros de curso, inicia o seu trabalho de regar e moer em Paredes Secas passando por Vilela, tem engenhos de serrar e lagar de azeite que ainda hoje funcionam, desagua também no rio Cávado.

Gozam de justa fama as “apreciadíssimas” laranjas do Salgueiral que, pelo menos no Porto, foram conhecidas por este nome e constituíram, sem dúvida, um dos mais ricos produtos da região. O rigor dos Invernos e das geadas antepassadas provocaram graves danos na economia local.

O Cruzeiro do Couto, que ao tratar-se de Dornelas, conta-se ter sido transferido pelos habitantes de Goães corridos a fogo num carro de bois e levantado diante da igreja. Contam os residentes de Dornelas, segundo história que tem sido transmitida ao longo das gerações, que o cruzeiro se encontrava instalado junto ao marco divisório das freguesias de Goães e Dornelas. Dizem também que o milho que floresce no terreno tem uma cor dourada. 

Atualmente os rios ainda correm naturalmente, o couto está em Goães, o marco continua a dividir as duas freguesias. E as laranjas?

“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”

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