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Fake News

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Opinião de João Araújo

 

As “Fake News” têm estado em voga, especialmente desde o referendo para o Brexit e das últimas eleições norte-americanas e brasileiras. Todos lemos ou ouvimos falar de notícias fabricadas para influênciar os eleitores, mas será que percebemos a verdadeira gravidade destas notícias criadas em prejuízo ou benefício de alguém!

Sempre tive uma tendência natural para conhecer mais do que um lado da história, pois quantos de nós não foram já prejudicados pela forma como fomos retratados. Não tem de ser uma mentira, basta a forma de transmitir a mensagem ser errada para a nossa imagem ser prejudicada. Isto é o equivalente a uma “Fake News”.

A utilização das redes sociais espalhou esta praga em proporções difíceis de quantificar. Somos bombardeados com notícias falsas e títulos enganadores e não me parece que ficaremos por aqui. Será que as “Fake News” se ficam pelas redes sociais e não passam para outros meios de comunicação? Infelizmente passam. Existem diversos maus exemplos desta migração e gostaria de recorrer a um dos mais recentes – Os incêndios da floresta amazónica brasileira. Será que a Amazónia está mesmo a arder em proporções bíblicas como anunciado? Será isso um efeito colateral das políticas tomadas pelo governo brasileiro? Os dados da NASA indicam o contrário. 2019 tem sido um ano médio a nível de área ardida e desflorestada, e que grande parte dos incêndios têm ocorrido em áreas que tinham já sido desflorestadas e cultivadas. Na América do Sul sempre usaram a técnica de incendiar para fertilizar o solo com as cinzas, pois os solos das florestas tropicas, ao contrário do que se poderia pensar, são muito pobres a nível de nutrientes. A flora sobrevive da camada superior criada pela queda de folhas e árvores, o que a torna autossuficiente, e esses solos para cultura só são produtivos por 1 ou 2 anos.

Li um artigo de investigação recentemente publicado no “The New York Times” que me deixou muito agradado, pois usa imagens satélite da NASA para apoiar o que afirma, assim como gráficos com comparativos dos últimos anos. Convido todos os leitores a por em prática as melhores armas contra as “Fake News” – a pesquisa, curiosidade e pensamento crítico. Encontrem o artigo, leiam e tentem tirar conclusões só depois de ler mais do que um “lado da história”.

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