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Freguesias, autarcas e as lições do COVID!

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Sou daqueles que pensam que, com mais ou menos dificuldade, lá para o final de 2021 o mundo vai olhar para este COVID-19 como um pesadelo que vencemos com galhardia. Fica claro que estamos longe de ter o problema resolvido, mas é verdade que o país e os governantes têm sabido levar esta crise com perseverança, lucidez, pragmatismo e um humanismo que se assinala, numa sociedade que tende a ter os desempenhos económicos sempre no horizonte. 

Contudo, em plena crise, há cinco lições que já podemos retirar desta tempestade.

Primeira lição: Os Presidentes de Junta e os autarcas locais têm sido dos mais importantes aliados para uma atuação eficaz no terreno, pois são eles que garantem que ninguém fica para trás, nesta avalanche de trabalho que caiu nas mãos das autoridades públicas. São o cimento de toda a estratégia desencadeada no terreno. Também por isso, venha de lá rapidamente a reversão da agregação de freguesias fabricada pelo Ministro Relvas, porque essa só prejudicou o povo. 

Segunda lição: Em Portugal e em Amares, os autarcas têm que priorizar definitivamente as políticas públicas, orientadas para o bem estar social, para a proteção dos desfavorecidos, para o apetrechamento de respostas públicas. Fica demonstrado que Câmaras que só lançam eventos e festas não beneficiam o planeamento dos territórios e isso fragiliza, principalmente cidadãos desprotegidos, cada vez mais à mercê destas crises- surpresa. 

Terceira lição: No advento da globalização, para Amares, para o país, para a Europa, para o mundo ocidental tal como o conhecemos, fica claro que já não é só o turista que chega cá. A Ásia é já ali ao lado. A fome lancinante que se vive na África, é já aqui abaixo. Os fenómenos de insegurança social mais vividos nas “América’s”, são ali do outro lado. Ou seja, é tudo aqui perto. Não é de ninguém. É de todos! 

Quarta lição: Percebemos da pior forma que Bolsonaro’s e Trump’s – e também Ventura’s – não servem para governar. Estes populistas não passam de espertalhões que exploram o descontentamento social, em contextos favoráveis, mas quando a “terra treme” não passam de imbecis que se acobardam para não caírem da cadeira.

Quinta lição: Hoje, o mundo está muito mais consciente que as ameaças são invisíveis a olho nu. Já não são só os drones milionários, ou a energia nuclear, que tanto nos atormentam. Não é o domínio pela força do dinheiro, os lobby’s de instituições mais ou menos secretas, que mais ordenam no destino dos mundos. Hoje, num tempo em que os direitos humanos e as democracias são ameaçadas, basta um “bicho”, um ser biológico ínfimo, que não escolhe status, raça ou cor, para destruir qualquer estratégia e qualquer organização do mundo. 

E o futuro?
No advento da atual globalização, uma civilização inteira fica à mercê de um qualquer coronavírus, ainda mais letal, mais contagiante, mais avassalador que possa surgir nas próximas décadas.
O mundo tem que refletir. Temos que preparar-nos para uma nova forma de viver.
Os autarcas eleitos (onde me incluo), na pequena escala da nossa terra, têm responsabilidades acrescidas.
Depois da tempestade, vamos avaliar danos. Os eleitos pelo povo, nomeadamente nos Municípios, estão obrigados a olhar mais para o seu povo em vez de fazer de conta. À falta de festivais, ocupe-se o tempo a planear uma terra de gente que vai sobreviver, mas que precisa de autarcas que sejam capazes de reinventar a sua forma de atuação. A bem de todos.

Menos comunicação e mais ação!
Desejo a todos saúde.
Não se intimide perante o que lhe surgir no futuro.
Proteja-se, exija e atue! 

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