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Hoje não fumo!

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Opinião de Catarina Dias

 

Faz hoje quatro semanas que fumei o meu último cigarro. Um mês sem fumar!  Há já algum tempo que tinha vontade de deixar de fumar. Aliás, já tinha tentado, mas sem sucesso. E ainda bem que o fiz. Foi através destas tentativas que percebi os erros que cometi e entendi o que me fez voltar a fumar.

Não vou dizer que é fácil, mas é menos difícil do que alguma vez imaginei. Há dias em que a única coisa que me apetece fazer é fumar um cigarro. Mas esses dias são cada vez menos e a vontade cada vez menor. No entanto, ressalvo que neste processo não encaixa a máxima de que amanhã será melhor que hoje. Posso dizer-vos que a primeira semana foi mais fácil do que a segunda, por exemplo. Quando a minha mente estava constantemente a dizer-me: “Vá lá! Fuma um cigarrinho. É só um. Não tem mal nenhum.” Mas tem.  Se fumar um cigarro que seja, sei que vou fumar um maço inteiro. Esta foi a grande lição que retirei das tentativas falhadas: não posso cair na tentação de fumar um único cigarro. Agarro-me à ideia de que esse cigarro me iria saber pessimamente mal. Nos próximos anos serei uma ex-fumadora e não uma não-fumadora. Tenho de manter esta consciência de que o meu cérebro acha que fumar é bom, e por isso, se fumar um cigarro muito provavelmente volto a ser fumadora. 

Não posso deixar de abordar a questão da irritabilidade e do mau feitio que é muito difícil de controlar. Agradeço a quem levou com ele e teve paciência para me aturar neste último mês. 

Há também a questão do aumento de peso. Um mês sem fumar e tenho certamente uns quilos a mais. Não sei quantos. Optei por não me pesar. Não fosse isto e estaria ainda mais feliz com a minha vitória.

Não são precisos bons motivos para deixar de fumar, é preciso querer. A nossa mente é especialista em arranjar motivos para não o fazer: para a semana tenho uma festa, na seguinte vou estar de férias, depois vou regressar ao trabalho, etc. Tudo serve de desculpa para adiar o dia em que pomos em prática uma das melhores decisões que podemos tomar. Admito que adorava fumar, mas adoro muito mais não cheirar a tabaco, não ter tosse, ter a voz límpida, acordar mais leve, ter a pele, o cabelo e os dentes mais bonitos e saudáveis e ainda ter dinheiro a sobrar para fazer outra coisa que me dê tanto ou mais prazer do que fumar.

É fácil comprar tabaco e acender um cigarro, mas hoje decido que vou fazer o que é certo (para mim) em detrimento do que é fácil. É uma decisão diária que quero tomar todos os dias. Escrever sobre isto é para mim uma espécie de tratado. Daqui a onze meses espero poder escrever que não fumo há um ano!

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