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Assembleia Municipal desagradada com o funcionamento do Centro de Saúde de Amares

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O contexto actual, marcado pelo alastrar da pandemia de Covid-19 por todo o território, tem evidenciado as muitas fragilidades dos mais variados meios, organizações e instituições quanto à sua adaptação a esta nova realidade. No Concelho de Amares, a par de muitos outros, houve também visíveis consequências, vindo ao de cima algumas fragilidades que, fruto deste novo cenário, se têm mostrado difíceis de enfrentar. Em Assembleia Municipal decorrida esta sexta-feira, o Presidente de Junta da União de Freguesias de Caldelas, Paranhos e Sequeiros, José Almeida, focou uma delas, mostrando a sua preocupação em relação ao funcionamento do Centro de Saúde de Amares. «Não há saúde primária no Concelho», acrescentando «as mortes causadas por coisas que não sejam o Covid-19 também vão ser muitas», atirou em tom de desabafo. Da sua intervenção, resultou a criação de um outro ponto da ordem de trabalhos, aprovado depois por unanimidade, em forma de “moção de desagrado” pelo funcionamento da unidade de saúde.

No período de antes da ordem do dia, José Almeida usou da palavra para demostrar o seu desagrado face ao funcionamento do Centro de Saúde de Amares, sugerindo, assim, a apresentação de um voto de protesto. Ouvidas as suas palavras e após reflexão por parte dos integrantes do órgão, seria então redigida uma “moção de desagrado”.

«Venho aqui falar de um assunto comum a todos os amarenses. O Covid-19 tem sido justificativo de tudo. Aqui, o assunto é serio. Venho falar do centro de saúde de Amares. Não há saúde primária no Concelho de Amares. É algo fundamental e não existe. Não há consultas, não há acompanhamento de doentes, não há análise de exames. Não sei mesmo que o centro de saúde ainda funciona. No limite, um doente tem de enviar um e-mail a um médico, isto é o que se passa aqui todos os dias. As mortes causadas por coisas que não sejam o Covid -19 também vão ser muitas», declarou José Almeida.

«Pedia ao sr. presidente de câmara que pressionasse para saber se há alguma solução. Há pessoas abandonadas no Concelho de Amares. Não há saúde primária em Amares, é esta a realidade», acrescentou.

REUNIÃO MARCADA COM O DIRECTOR DO ACES

O Presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira, partilhando do desagrado, revelou que existe já uma «reunião agendada com o director do ACeS».

«Eu próprio lhe expliquei que era uma vergonha o facto de alguém ligar para lá e ninguém atender. Os cuidados têm de ser prestados. Está marcada uma reunião com o director do ACeS para a semana a fim de resolver a situação».

ELABORADO NOVO PONTO NA ORDEM DE TRABALHOS

As declarações de José Almeida colocaram o auditório em reflexão, levando mesmo à criação de um novo ponto na ordem de trabalhos, o qual foi, posteriormente, aprovado por unanimidade, tomando a forma de moção de desagrado.

Foi então redigido, em consonância com o auditório, um texto expositivo da situação, posteriormente lido a todos os presentes.

Da “moção de desagrado” foi então perceptível o seguinte: «a Assembleia Municipal de Amares, na sua reunião ordinária de 25/09/2020, decidiu manifestar o seu desagrado pelo modo de funcionamento do Centro de Saúde de Amares, que considera, no mínimo, ineficiente, carecendo a população neste momento de cuidados de saúde primários.

Por isso, fazem chegar às entidades responsáveis o seu apelo pela retoma das actividades desse centro de saúde, garantindo à população de Amares os cuidados de saúde primários que necessitam e anseiam.

Considera esta Assembleia que as populações idosas e residentes nos meios rurais de Amares, necessitam de procedimentos mais ágeis e eficazes, e que face às medidas actuais emanadas pelo governo justifica-se que os cuidados de Saúde primários tenham  mais recursos ao serviço dos cidadãos».

Mais desenvolvimentos na edição impressa de Outubro de 2020

Notícia actualizada às 13h26

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