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Organizações exigem medidas para controlar espécies invasoras no Parque Nacional

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Mais de 30 organizações e 50 personalidades reclamam, numa carta aberta, o urgente cumprimento da legislação e acções concretas no terreno para controlar e erradicar as espécies invasoras no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

Na carta, a que a Lusa teve acesso, dezenas de organizações, de vários sectores, e personalidades, locais e nacionais das áreas académica, científica, técnica, económica, hoteleira e política de todos os quadrantes, alertam para a «grave situação» de descontrolo das espécies invasoras no único parque nacional.

No documento dirigido ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e à Comissão de Cogestão do PNPG, chamam a atenção das entidades com competências atribuídas para a necessidade de «um planeamento ajustado e reajustável, com intervenção de campo na prevenção e gestão da propagação de espécies invasoras lenhosas».

Além de exigirem a aplicação das normas comunitárias e respectiva legislação nacional no que diz respeito a acções concretas e planeadas de monitorização, prevenção e combate de espécies exóticas e invasoras lenhosas no PNPG, pedem a definição de um programa operacional de gestão para a área de intervenção específica de Manchas de Espécies Invasoras Lenhosas e um plano de gestão florestal para a Mata Nacional do Gerês.

Defendem igualmente a revisão do Plano de Ordenamento do PNPG, com validade estipulada de 10 anos, «a reconduzir em [forma de] Programa Especial de Ordenamento do Território, com respectivos planos de gestão de Zona Especial de Conservação e de controlo de propagação de espécies exóticas».

Na carta aberta, lembram que o PNPG «é um ex-libris do património natural em Portugal e modelo de equilíbrio da atividade e presença humanas» e sublinham que hoje, «mais do que nunca, em tempos de alterações climáticas», é «uma relíquia de biodiversidade que urge valorizar através da preservação e recuperação de habitats únicos».

Entre os inúmeros problemas e riscos actuais, como os incêndios rurais e a pressão causada pela massificação turística, destacam, «pela contínua expansão», o «avanço inexorável das espécies exóticas e invasoras lenhosas» sublinhando que se desconhece a sua área de ocupação «por falta de atualização de estimativa oficial».

«Estas espécies constituem actualmente uma grave ameaça à biodiversidade, plantas e animais autóctones, serviços dos ecossistemas, saúde humana e danos muito expressivos à economia», insistem.

O Grupo de Estudos e Ordenamento do Território e Ambiente (Geota), a FAPAS – Associação Portuguesa de Conservação e Biodiversidade, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), a Quercus, a Sociedade Portuguesa de Ecologia e a Zero são algumas das organizações que assinam a missiva.

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