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PAN “muito preocupado” questiona Ministério do Ambiente sobre ETAR de Areias de Vilar em Barcelos

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O PAN- Pessoas Animais Natureza vê com “muita preocupação” a incapacidade da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Areias de Vilar, em Barcelos, em tratar todos os efluentes domésticos, o que obriga a descargas no rio Cávado, enquanto aguarda a entrada em funcionamento de uma substituta, de maior dimensão e definitiva.

A “urgência” da situação levou o grupo parlamentar do PAN a questionar o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, através do Parlamento, sobre a “falta de investimento” que “compromete arranque da [nova] infra-estrutura com prejuízos para o ambiente e para a saúde pública”.

“Vemos com muita preocupação esta situação, dado que, em face da resposta da Águas de Barcelos, não só se confirma que a ETAR actual não tem capacidade para tratar todos os efluentes, como não vislumbra nem adianta qualquer prazo ou solução para o problema”, declarou a deputada à Assembleia da República Bebiana Cunha no decorrer na visita que efectuou ao equipamento, cujo estado de conservação da ETAR e as descargas no Cávado foram já várias vezes denunciadas pelo PressMinho.

O PAN recorda que a construção da nova ETAR ficou a cargo da Águas de Barcelos (AdB), empresa responsável pelo tratamento das águas residuais desde 2005, que terminou a sua construção em 2009, com um custo de 1,8 milhões de euros e que até ainda não entrou em funcionamento.

Questionada pelo partido sobre o assunto, a Câmara Municipal de Barcelos remeteu qualquer esclarecimento para a empresa Águas de Barcelos.

Em resposta –conta o PAN -, “a Águas de Barcelos faz depender o funcionamento da ETAR “da construção de uma estação elevatória de grande dimensão, a respectiva conduta elevatória e alguns pequenos troços de rede gravítica””,  que acrescenta que “esta tipologia de ETAR compacta/provisória tem uma capacidade e flexibilidade de tratamento limitada no que toca à recepção de descargas pontuais com cargas elevadas, não possibilitando que a AdB controle, ou impeça, as descargas de efluentes de operadores que prestam o serviço de esvaziamento/limpeza de fossas sépticas, efluentes de indústrias e oficinas, bem como alguns aumentos bruscos de caudal provenientes de precipitação (caudais de infiltração), o que compromete directamente os rendimentos da instalação””.

A Águas de Barcelos admite ainda, afirma o partido, ““não ter capacidade financeira para realizar as obras necessárias para a entrada em funcionamento da nova ETAR””.

O PAN pretende igualmente saber se João Pedro Matos Fernandes tem conhecimento da situação, se está a decorrer algum processo de fiscalização sobre o funcionamento da ETAR, se a empresa Águas de Barcelos incorre num incumprimento do contrato de concessão e sobre as medidas que pretende adoptar para “garantir que o tratamento das águas residuais cumpre todos os parâmetros legais”.

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