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Patriarca de Lisboa despede-se dos fiéis com “pedido de perdão”

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O Patriarca de Lisboa deixou uma mensagem em jeito de despedida, esta quinta-feira, durante a sua intervenção na Missa Crismal, na Sé de Lisboa.

 “Uma última coisa vos quero dizer, porque também última será certamente a Missa Crismal em que vos falo na presente condição”, disse, dirigindo-se aos padres, e citado por uma nota publicada no site do Patriarcado de Lisboa.

De acordo com as regras do Direito Canónico, os bispos devem apresentar o seu pedido de renúncia quando tiverem 75 anos, idade que D. Manuel Clemente deverá celebrar a 16 de Julho deste ano – pedido este que fica a cargo do Papa aceitar.

Dirigindo-se aos padres presentes na celebração, D. Manuel Clemente deixou uma palavra de agradecimento. “A palavra que vos deixo é de gratidão a vós e de acção de graças a Deus, pelo presbitério que integrei como padre, bispo auxiliar e desde 2013 como patriarca. Gratidão preenchida por tantos nomes bem concretos de sacerdotes do clero secular e regular que aqui serviram ou servem o Povo de Deus – lembrando especialmente os que neste ano celebram vinte e cinco, cinquenta ou sessenta anos de ordenação e sem esquecer todos os outros, vivos na terra ou já no Céu”, lê-se na nota deixada no site.

O responsável reconheceu ainda durante esta mensagem que deixou que existe a obrigação de fazer “mais e melhor”, mas sublinhou também os benefícios que a Igreja traz. “Que a tristeza não encubra o bem que fazeis e a realidade que tão positivamente sois, confirmada por tantos que beneficiam da vossa acção”, rematou.

ABUSOS E JORNADAS DA JUVENTUDE

Durante a Missa Patriarcal D. Manuel Clemente falou ainda sobre o tema dos abusos sexuais no âmbito da Igreja Católica, tema que tem abalado a instituição. Referindo-se ao assunto como uma das “referências maiores” se tornam marcantes actualmente, o Patriarca pediu novamente desculpa.

“Às vítimas, dirijo de novo o pedido de perdão institucional e convicto, bem como a disposição de apoiar quem necessite – no ‘site do Patriarcado’ está o endereço da nossa Comissão Diocesana de Protecção de Menores, sempre disponível e activo”, lembrou, notando que era preciso apoiar as vítimas.  “Todos estamos comprometidos nisto e certamente não falharemos”, garantiu.

O responsável abordou ainda uma segunda “referência”, falando das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que se realizam em Agostos. “Como tenho dito em várias ocasiões, não podemos desaproveitar esta oportunidade para o rejuvenescimento da Igreja em Portugal, contando agora e depois com tantos milhares de jovens e com a experiência criativa e responsabilizada que assim ganharam. Neste sentido, o maior impacto da Jornada, além dos dias em que decorre, será o seu depois”, concluiu.

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