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PCP e Bloco na rua para pressionar Governo a ceder aos professores

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A bloquista Catarina Martins e i comunista Paulo Raimundo marcharam ao lado dos professores, pedindo ao executivo socialista para “assumir a sua responsabilidade” e “não ficar indiferente” ao problema.

Os líderes do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista (PCP) fizeram questão de marcar presença na manifestação nacional de professores convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), pedindo ao Governo para “assumir a sua responsabilidade” e “não ficar indiferente” às reivindicações.

“O Governo partiu a corda e agora precisa de assumir a sua responsabilidade, e a responsabilidade é dar condições a quem deu tudo, a quem deu tudo pelo nosso país, pela nossa democracia, e faz a escola publica funcionar todos os dias”, afirmou a líder do BE.

Catarina Martins afirmou que os professores “estão em luta pela escola pública”, que foi “desprotegida e humilhada durante tanto tempo”, considerando que “esta revolta é uma revolta sincera”. “Os professores, literalmente, pagam para trabalhar, porque andam com a casa às costas e não têm sequer despesas de deslocação pagas”, criticou.

A coordenadora do BE considerou que esta é também a “revolta do país que vê que há milhões para tudo e para mais alguma coisa”, mas “onde faltam sempre os milhões é nos salários de quem trabalha”, e apontou que “há um problema no país com uma inflação que galopa e os salários não acompanham”.

“Muitas crianças não têm professor não é por causa da greve, é porque já não há professores no país porque as carreiras foram de tal forma desarticuladas e as condições da escola são tão difíceis que há muitos professores a reformar-se e os mais jovens não querem ser professores, e com razão”, acrescentou.

Catarina Martins afirmou que “o que falha em absoluto é o Governo”, sustentando que não se pode “fazer de conta que é o ministro da Educação a negociar quando o ministro das Finanças vai e diz não vai haver aumento de despesa estrutural”. “O que o ministro das Finanças está a dizer é que quer que os professores paguem eles a inflação e a escola pública”, criticou.

Questionada se deve ser o primeiro-ministro a liderar as negociações, a bloquista afirmou que é “muito estranho” que António Costa “ainda não tenha dito uma palavra sobre a escola e os professores”, um “serviço público fundamental da democracia que precisa de resposta”.

Sobre os protestos destes profissionais, que já contam greves e várias manifestações nas últimas semanas, Catarina Martins assinalou que “os professores esperaram e desesperaram” e se “ficarem quietos, não é nada resolvido”.

“Faremos o nosso trabalho de forma institucional, mas fazemos também o nosso trabalho quando solidariamente estamos na rua, porque quando há uma maioria absoluta que acha que pode tudo e não ouve os professores, é também a força da rua que obriga à justiça”, defendeu, considerando que “essa força na rua faz mover maiorias absolutas e vai obrigar o Governo a ceder”.

PCP: “GOVERNO NÃO PODE FICAR INDIFERENTE”

Também o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou este sábado à tarde que “é justa a luta dos professores, são justas as suas reivindicações, como se pode ver por esta magnífica mobilização que está em curso”. E defendeu que o “Governo não pode é ficar indiferente ao que se está a passar também hoje [sábado] aqui na Avenida da Liberdade”, em Lisboa.

Uma delegação do PCP, que incluiu também a líder parlamentar, Paula Santos, esteve presente na manifestação em “solidariedade com a justa luta dos professores” e com “o respeito que merecem, mas também uma solidariedade com a escola pública, que também é isso que está em causa”.

Paulo Raimundo assinalou que os professores “são muitos e estão muito determinados” e salientou que esta realidade “não pode passar ao lado” do Governo, “porque só a convicção, só a justeza destas reivindicações é que permitem que esta gente toda se concentre durante várias semanas consecutivas, da forma como têm feito”.

“Estão a lutar por eles, mas também estão a lutar pelo futuro do nosso país, que é a educação pública”, assinalou. Considerando que “o Governo não tem alternativa”, Raimundo defendeu que o Governo deve “encontrar caminhos” para atender às reivindicações dos professores, e “não partir de uma premissa que os problemas são o que são e não há nada a fazer”.

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