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PCP teme que Governo ceda a “pressões” para privatizar caminhos-de-ferro

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O PCP considera que o concurso lançado pelo Governo para a aquisição de 22 comboios regionais para o serviço regional da CP – Comboios de Portugal é importante, mas “insuficiente” para as necessidades do país, considerando que a omissão em relação a investimentos nas linhas urbanas e de longo curso deixa em aberto a possibilidade de futuras privatizações.

O primeiro-ministro, António Costa presidiu, esta segunda-feira, ao lançamento do concurso para a aquisição dos comboios num investimento que será de cerca de 168 milhões de euros. Numa reacção ao anúncio, Vasco Cardoso, membro da comissão política e do Comité Central do PCP, disse esperar que o reforço anunciado da CP não se fique por aqui e que os portugueses não estejam perante um anúncio eleitoralista.

“Esta decisão é positiva e querermos que se confirme, ou seja, que a decisão feita em 2019 não seja ignorada depois das eleições de Outubro. Mas, é uma decisão limitada porque deixa de fora o longo curso e o serviço urbano”, disse, acrescentando que, sobre estes dois últimos “não se trata de um esquecimento ou uma decorrência de limitações orçamentais”, mas de pressões da União Europeia e grupos económicos”, tendo em vista futuras privatizações.

Os comunistas criticam ainda o facto de o Governo do PS ter “ignorado” uma resolução apresentada pelo PCP – e aprovada pelos deputados no parlamento – sobre as necessidades de um Plano Nacional para o Material Circulante dos caminhos-de-ferro portugueses. O PCP promete, por isso, voltar à carga, até ao Verão, com novas iniciativas parlamentares, nesta e noutras matérias.

“Teremos naturalmente iniciativas, temos acompanhado as áreas da mobilidade e transportes em todo o país”, garantiu Vasco Cardoso, que pouco antes, na sede do PCP, em Lisboa, já tinha afirmado que o PCP considera essencial que os concursos lançados pudessem dar uma resposta “de médio e longo prazo”, permitindo a aquisição de séries longas com a consequente redução de custos de manutenção e aquisição.

Considerando que o lançamento do concurso pode significar um “contributo à melhoria da oferta e da fiabilidade do serviço da CP”, o dirigente comunista deixou ainda reparos ao anúncio feito pelo Governo socialista, lembrando que “não é a primeira vez que se assiste a anúncios por parte de governos do PS, do PSD e do CDS” que, após as eleições, são cancelados”.

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