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Sabia que no namoro também há Violência?

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Com o ano escolar em andamento, muitos dos nossos jovens retomaram as suas redes de camaradagem, amizades e também de namoros. Uns talvez retomaram as suas relações passadas e outros, conheceram novos pares. O meio estudantil é um excelente veiculo de fomento de novas relações. Achei então oportuno, trazer até ao leitor do Amarense dados que são sempre importantes para criar sensibilidades e muitas vezes capacidade para intervenção.

A violência no namoro é um problema sério, quer entre os mais novos quer na idade adulta, e o Observatório da Violência no Namoro, já recebeu 128 denúncias em menos de um ano.

Mais de metade dos jovens com um relacionamento amoroso (passado ou atual) já foram alvo de pelo menos um ato de violência no namoro, de acordo com estudos realizados. Esses mesmos estudos referem que num universo de 3163 jovens (com a média de idades de 15 anos), 1773 (56%) foram vítimas de violência, sendo que 18% foram casos de violência psicológica, 16% de perseguições, 12% de violência através das redes sociais, 11% de situações de controlo, 7% de violência sexual e 6% de agressão física por parte de um(a) companheiro(a).

Desde 2013 que o Código Penal, no artigo 152.º – relativo ao crime de violência doméstica – tem uma alínea respeitante às relações de namoro. Facto que torna mais fácil a sua penalização, uma vez que a violência doméstica é um crime público e, por isso, não precisa de ser denunciado pela vítima.

Na violência psicológica, os insultos foram os atos mais relatados pelos inquiridos, seguindo-se o ato de humilhar as vítimas (15%) e as ameaças (11%). Os dados reforçam a necessidade e urgência de uma intervenção com os/as jovens, o mais precoce e continuadamente possível, no sentido de prevenir a violência sob todas as formas.

Numa faixa etária superior (a média é 24 anos), o Observatório da Violência no Namoro recebeu, desde abril de 2017 (quando foi criado) até este mês, 128 denúncias de atos violentos (34 já em 2018), sendo a violência psicológica a mais predominante (116 relatos, o que corresponde a 90,6% do total).

Segundo esses estudos o dado mais preocupante é o número muito reduzido destas vítimas que apresentaram queixa às autoridades. Foram apenas 15 (11,7%). O motivo, prende-se com as ameaças de represálias feitas pelos agressores, quer contra as vítimas quer contra as pessoas que lhes são próximas.

Os dados dos estudos deixam claro que os jovens acham normal perseguir, proibir e abusar, pelo que se torna urgente uma intervenção com os mesmos, o mais precoce e continuadamente possível, para prevenir a violência sob todas as formas. A violência não é amor…Amar é Respeitar!

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