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Semana Santa de Braga dependente da evolução do Covid-19. D. Jorge Ortiga quer evitar “histeria colectiva”

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A arquidiocese de Braga ainda não tomou qualquer decisão sobre restrições à realização habitual das Solenidades da Semana Santa, aguardando o evoluir da epidemia, cujos números de infectados aumenta diariamente sobretudo no Norte do país.

Em declaração ao PressMinho/O Amarense, D. Jorge Ortiga afirmou que uma decisão “será tomada a tempo próprio” e em “conformidade com as recomendações da DGS [Direcção Geral da Saúde]”.

“Ainda temos tempos para decidir”, diz, lembrando que ainda falta mais de um mês para as solenidades pascais.

Não negando que a evolução do novo coronavírus é motivo de preocupação, Jorge Ortiga não quer, contudo, que a Igreja promova um “cenário de histeria colectiva na sociedade”.

“Temos de evitar contribuir para uma situação de histeria colectiva. A resolução será ponderada, tomada a seu tempo e de acordo com a DGS”, vinca, explicando que caberá a cada diocese decidir.

O arcebispo primaz apela, assim, à “serenidade” e ao incremento da prevenção nos cuidados de higiene, reforçando assim o apelo da última semana do Conselho Episcopal, que recomenda ainda a comunhão na mão, a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias de água benta.

Recorde-se que a Câmara de Braga afirmou não estarem previstas restrições à Semana Santa por não existirem orientações das autoridades de saúde nesse sentido.

Arquidiocese confina-se ao distrito de Braga e às trinta paróquias do Porto, situadas a norte do rio Ave (concelhos de Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Santo Tirso) uma área com cerca de 1 milhão de habitantes.

EVITAR BEIJAR A CRUZ

Já esta segunda-feira, em comunicado, o bispo do Porto, Manuel Linda, determina que, “se as circunstâncias não se alterarem em relação ao novo coronavírus, na adoração da cruz, na Sexta-Feira Santa, e no tradicional ‘Compasso’ ou ‘Visita Pascal’, evitar-se-ão os beijos e far-se-á reverência à cruz com uma profunda inclinação ou mesmo com a genuflexão”.

O bispo do Porto diz, também, que “as costumadas confissões quaresmais podem passar para o tempo pascal ou para qualquer outra altura do ano”, excluindo a possibilidade de recorrer a “absolvições colectivas”, por entender que “as pessoas cumprirão oportunamente o mandamento da Igreja de confessar-se ao menos uma vez cada ano”.

Manuel Linda escreve ainda que que as celebrações litúrgicas, mormente a Missa, sacramentos e funerais, “para já”, decorrerão na “forma habitual”.

O prelado aconselha os fiéis de Lousada e Felgueiras a assistir à missa dominical pela televisão enquanto se mantiver este perigo da saúde pública.

Até ao final da manhã desta segunda-feira, contabilizavam-se 31 casos confirmados de contaminação por Covid-19, dos quais 22 no Norte.

A epidemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, foi detectada em Dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.

Cerca de 110 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países. Mais de 62 mil recuperaram.

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