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Setembro é já amanhã

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Setembro é já amanhã! E sinto uma preocupação bastante grande sobre que educação teremos nessa altura. O Ministro da Educação tem vindo a público, em várias entrevistas e intervenções, com algumas ideias, sobre os caminhos que podem ser seguidos. E confesso que ainda não percebi bem qual o fio condutor, qual a linha de estratégia, que plano para o ensino. 

Umas vezes somos confrontados com “a possibilidade bastante forte dos alunos virem a ter aulas presenciais, mas também ensino à distância”, isto é, “uma conjugação entre ensino à distância e ensino presencial”, aquilo a que eles chamam de “b-learning”. 

Ouvem-se umas críticas e passado algum tempo já ouvimos que será “privilegiado o ensino presencial”. Setembro é já amanhã e a navegação tem que ser forte, sem tibiezas, enfrentando ventos e marés se estamos convencidos que esse é o caminho.

Como vão fazer as escolas?

O tempo urge, é necessário tomar várias decisões, para que todos os agentes educativos saibam como se orientar e como preparar o futuro. As escolas precisam de saber que modelo se pretende adotar. As escolas precisam estar prontas para dar respostas ao desenvolvimento de um ensino de qualidade.

Todos estamos cientes que a pandemia trouxe novos desafios até então não preconizados e deverão ser mantidos no futuro. No entanto, impõe-se uma reflexão: de que vale ter um Fiat 600 com um potente motor Mercedes, movido a gasolina? Vão ser os professores a decidir que tipo de ensino querem ou só presencial ou uma mistura com o ensino à distância? Como é que isto se vai fazer se já caiu por terra a ideia de um computador para cada aluno?

O Presidente do Conselho das Escolas (CE), José Eduardo Lemos, demonstrou a sua preocupação sobre “quando começa o próximo ano letivo, qual a dimensão das turmas ou se os bares e refeitórios estarão abertos”, estes e outros assuntos continuam sem resposta. 

E sim o tempo urge, é muito importante agir e não deixar o tempo passar, caso contrário corremos o risco de encontrar alguns obstáculos que ainda se encontram bem visíveis nos dias de hoje, famílias e respetivos educandos sem computadores e outros sem internet. 

É necessário recuperar as disparidades visíveis, vários alunos não tiveram oportunidade de apreender ou consolidar os conteúdos dados da mesma forma que os outros. Como se vai fazer para que estas desigualdades não tragam ainda mais insucesso escolar ou problemas futuros?

Observar as falhas, corrigir as mesmas, fazer um levantamento eficaz junto dos parceiros educativos é uma tarefa importantíssima, é hoje e agora que devemos avaliar tudo o que foi menos bem conseguindo, para desta forma fazer melhor. Preparar Setembro, cuidando de todos os envolvidos, alunos, professores, funcionários e famílias, é fundamental para preparar o próximo ano letivo, porque o mesmo está aí a chegar.

Setembro é já amanhã!

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