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«Sr. Doutor acha que devo fazer a 3ª dose da vacina do COVID?»

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Opinião de Patrícia Antunes

 

Desde o final do século XVIII a vacinação constitui um pilar da saúde pública, sendo que no seu conjunto as vacinas previnem anualmente a morte de mais de 2.5 milhões de pessoas em todo o mundo.

 

À medida que a as doenças infeciosas graves vão sendo cada vez menos frequentes, devido à vacinação, é natural que o ser humano as esqueça e desvalorize a importância da sua prevenção. A par disto, a presença de movimentos negacionistas e a multiplicação desmedida de notícias falaciosas, são responsáveis por um clima de incerteza e receios na população contribuindo para o ceticismo no que concerne à vacinação.

Em Portugal, a excelente organização do ato vacinal pela Task-force, o desenvolvimento de campanhas de educação para a saúde e o facto de o país ter adquirido ao longo de décadas uma cultura de vacinação, permitiram que nos tornássemos número 1 a nível mundial no que concerne à percentagem de população totalmente vacinada (86,82% -segundo dados do «Our World in Data»).

Dose de reforço contra a COVID19

Vários países já autorizaram a administração da dose de reforço contra a COVID19.A maioria, para já, optou pela administração em determinadas populações de risco como os maiores de 65 anos. Alguns, no entanto, estão a ir mais longe, disponibilizando desde já a terceira dose a partir dos 12 anos de idade.

Administração simultânea da Vacina contra a Gripe e Vacina contra a COVID19 em Portugal

Arrancou no passado dia 18 de outubro a vacinação simultânea contra a gripe e a COVID19. Esta possibilidade de coadministração das vacinas passou a estar contemplada nas respetivas normas de vacinação atualizadas em 15/10/21 pela DGS.

O utente poderá também optar por uma administração em dias diferentes, respeitando nesse caso o intervalo mínimo de 14 dias entre administrações.

Nesta fase estão a ser priorizados idosos com 80 ou mais anos, utentes de lares e cuidados continuados e ainda as pessoas com 65 ou mais anos. A dose de reforço deverá ser realizada com uma vacina de mRNA (Comirnaty- Pfizer/BioNTech) com um intervalo mínimo de 6 meses após a conclusão do esquema vacinal primário independentemente da vacina utilizada nesse esquema.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, a administração simultânea destas vacinas não se associa a efeitos adversos importantes nem altera a resposta imunológica individual das mesmas. Os principais efeitos relatados são dor no local da injeção e fadiga sendo que houve um ligeiro aumento no número de pessoas que reportam efeitos adversos (ligeiros /moderados), quando as duas vacinas são administradas concomitantemente.

A coadministração de outras vacinas é uma prática habitual em Portugal e no mundo, no âmbito dos Programas Nacionais de Vacinação, que visa otimizar os esquemas vacinais recomendados e facilitar a organização dos cuidados.

Relembro que a vacinação é mais do que um ato de proteção pessoal, sendo sobretudo uma obrigação coletiva e um dever cívico. As evidências a favor da mesma são de tamanha robustez que dificilmente alguém devidamente esclarecido poderá recusar o seu benefício. Assim sendo, quando for chamado, não tenha dúvidas! Vacine-se!

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