O Tribunal de Braga adiou esta quarta-feira, para meados do mês, a leitura da “sentença” de um homem de Terras de Bouro que foi julgado por disparar contra um vizinho, com quem mantinha uma querela há vários anos.
Os juízes adiaram o acórdão devido ao facto de ser, ainda, necessário quantificar os danos que o arguido terá causado à viatura da vítima.
O colectivo decidiu igualmente alterar as medidas de coacção do arguido, que estava em prisão domiciliária com pulseira electrónica e ficou apenas com Termo de Identidade e Residência. O que deixa entender que os factos até agora provados não são de molde a justificar uma pena pesada para o arguido.
Conforme “O Amarense” noticiou, o homem está a ser julgado pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensa à integridade física, ameaça agravada, detenção de arma proibida e uso e porte de arma sob efeito do álcool ou de drogas depois de se ter pegado com um vizinho, no lugar de Cogide, na Ribeira.
A acusação diz que o arguido, de 33 anos, agrediu o outro, com quem mantinha uma querela há alguns anos, a soco e a pontapé, destruiu-lhe os vidros de uma carrinha Ford Transit e acabou por fazer vários disparos de pistola, alegadamente para o matar.
Em julgamento, o arguido como que contra-atacou, dizendo que, aquando da briga, o rival lhe deu com a lâmina da enxada na cabeça, abrindo-a com um golpe profundo, alegando por isso que o quis matar.
De resto, ao que “O Amarense” soube, apresentou já uma queixa-crime contra o vizinho por tentativa de homicídio, a qual está a ser investigada pelo Ministério Público. Daí que tenha dito ao colectivo de juízes que, após a “sacholada” na cabeça e a sangrar, se enervou e foi buscar a pistola para atirar sobre o outro, como que em “legítima defesa”.