OPINIÃO

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Um povo sem cultura não se levanta, se ajoelha!

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A cultura não serve apenas para entretimento, como alguns erradamente imaginam. Confirma-se que não vivemos sem cultura, é o coração do conhecimento, envolve a música, o cinema, o teatro, a dança, a literatura, a pintura, a gastronomia e outros saberes.

Viver sem ler é perigoso, pois nos obriga a acreditar no que nos dizem. Talvez por isso, os ditadores e certos regimes ao longo da História têm privilegiado a ignorância das populações para poderem perpetuar-se no poder e temem que a Cultura traga sabedoria ao povo. Um povo sábio é um povo que sabe caminhar para o futuro, sabe o que quer e para onde quer ir, evita desperdício e cria riqueza.

Necessitamos urgentemente de cultura, deve existir mais apoio e melhor gestão da agenda cultural por todo o país. Amares, na agenda cultural enriquecedora, pouco oferece aos seus munícipes. Não possui sala de cinema, sala de teatro ou auditório que possa albergar atividades culturais, como o teatro, o cinema, a dança ou até uma orquestra. Em 2012, foi inaugurada a Biblioteca Municipal de Amares, unificando as 8 bibliotecas escolares do concelho, no edifício do século XIX, onde anteriormente funcionaram os Paços do Concelho. Esta biblioteca foi apoiada pela Direção Geral do Livro e das Bibliotecas. Em homenagem ao poeta quinhentista falecido neste concelho, a biblioteca recebeu o nome de Francisco de Sá de Miranda. Devemos defender que a cultura retrata a característica e personalidade de um povo. 

É espantoso como um país da dimensão como Portugal tem grande variedade de manifestações culturais espalhados por todo o território, e que não seja prioridade estimular o interesse e a valorização da entidade nacional. Não teríamos uma identidade completa e todos os povos seriam iguais, visto que não haveria nada que pudesse os diferenciar entre si.

A falta de investimento leva a que muitas companhias de teatro terminem, porque esperar pelos financiamentos é penoso e podem não chegar. O espetáculo “Eu Variações”, que retrata no palco memorias de António Variações, artista ímpar da música portuguesa e de Amares, com um fantástico elenco constituído por Ricardo Mesquita de Oliveira, André Cortina, Carla Lourenço, Diogo Xavier, Rosa Vieira, Ruben Menino, Luís Mascarenhas com encenação e adaptação de Rafael Rodrigues Ribeiro, deveria ter maior apoio e visibilidade principalmente no concelho onde é natural António Variações.

Atualmente aposta-se no abandono das nossas raízes culturais, o teatro teve sempre um lugar de destaque na cultura, somos herdeiros das tragédias gregas. O teatro de “revista”, uma forma cómica e satírica, retomou o espírito humorístico e crítico com que Gil Vicente batizou a dramaturgia nacional, procura expressar opiniões pessoais sobre o estado social e os problemas políticos da nação. 

A Astronomia também faz parte das manifestações culturais. Estuda saberes sobre o céu aliada às manifestações socioculturais dos povos. O Monte de São Pedro dispõe de uma vista panorâmica sobre os vales dos rios Homem e Cavado e da Vila de Amares, no cimo do miradouro em dias abertos, vislumbra-se o mar. Fica a sugestão, para quem gostar de fotografar ou utilizar telescópios aproveitar a ocasião da Super Lua, dia 16 de outubro de 2020, durante a lua nova e a uma distância de aproximadamente 356,912 Km da Terra.

“O tempo e o espaço são modos pelos quais pensamos e não condições nas quais vivemos”.

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