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OPINIÃO - -
O dedo na ferida. E não é saudosismo

Tenho ouvido, nos últimos tempos, muitas pessoas a compararem o ensino “do seu tempo” com a escola actual. Curiosamente, as comparações são feitas por pais mais preocupados com a vida escolar dos seus filhos do que os seus pais tiveram no “tempo deles”.

O que escrevo a seguir não é a apologia do saudosismo, apenas factual.

A verdade é que quem viveu com a realidade da educação portuguesa até meados dos anos 80 e acompanha a escola de hoje, nota uma mudança radical e, em alguns casos, catastrófica, sobretudo, no comportamento dentro das salas de aulas.

Até aos 80’s, atrevo-me a dizer que a escola formava e incutia valores criando verdadeiros profissionais fosse qual fosse a profissão escolhida. O respeito para com os próprios colegas e principalmente com os professores eram procedimentos considerados essenciais dentro da escola pública.

O poder de concentração e principalmente a importância que se dava aos conteúdos expostos pelos professores, era algo tido como necessário para o seu futuro enquanto ‘animal social’.

Os pais, mesmo com pouca formação ou com um nível cultural mais baixo, incentivavam os seus filhos para que aproveitassem essa oportunidade acumulando conhecimentos e aproveitando as oportunidades profissionais que melhor remuneravam naquela altura.

Ora o trabalho dos docentes ficava mais facilitado e principalmente mais produtivo.

Hoje, o paradigma é totalmente inverso a começar pelos valores. A falta de interesse dos alunos pelos conteúdos na escola pública é cada vez mais crescente. Alunos desrespeitam professores, praticam constantemente bullying contra seus colegas, utilizam de forma desrespeitosa os telemóveis, fazem a apologia e utilizam drogas dentro da escola.

O maior desafio passa, na minha opinião, por ensinar algo àqueles que não dão a menor importância aos conteúdos trabalhados ou expostos pelo professor. E já não falo de um sistema de ensino que aprova, de forma arbitrária, alunos irresponsáveis, impreparados e desinteressados.

Fora do recinto escolar, o maior desafio está na casa de cada um, nas famílias, portanto. O incentivo constante para a importância da escola, a mudança dos hábitos que prejudicam a concentração e o interesse dos filhos são premissas base que as famílias, independentemente do seu estrato social, condição social e estado civil, deveriam incutir a partir de casa.

A mudança de comportamentos sociais não se faz só na e com a escola. Faz-se com as famílias, cada um ocupando o seu lugar e o seu espaço. Sem interferências e em absoluta cooperação. Uns e outros podem aprender e ensinar. Haja vontade, humildade e bom senso para perceber o papel de cada um.

Uma palavra final para os sucessos recentes do Agrupamento de Escolas de Amares, nomeadamente, com a feira do livro e o primeiro lugar num concurso sobre poupança.

AMARES - -
José Gonçalves mantém-se na liderança da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amares

José Gonçalves mantém-se como Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amares para o triénio 2019/2022. O acto eleitoral decorreu esta tarde, no quartel, com um caderno eleitoral de 3803 sócios. José Gonçalves foi reeleito com 148 votos a favor, não havendo registo de votos contra, abstenções ou nulos.

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VILA DO GERÊS: -
Feira Semanal muda-se para a Avenida Principal

A tradicional feira semanal da Vila do Gerês transferiu-se, esta sexta-feira, para o centro da vila, passando a ocupar o troço principal da vila termal. «Com esta nova localização, o Município de Terras de Bouro pretende reajustar este mercado ambulante centralizando o mesmo para uma zona de maior afluência e facilitar, assim, o acesso aos moradores e visitantes da vila», justifica a Câmara de Terras de Bouro, numa iniciativa  articulada com a junta local.

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BRAGA - -
Braga recebe ‘Fórum Braga de Inovação Social – Novas Tendências e Desafios’

A Câmara de Braga promove, no próximo dia 12, o ‘Fórum Braga de Inovação Social – Novas Tendências e Desafios’. O evento, que se realiza no Altice Forum Braga, tem como objectivos promover a inovação social e posicionar o “município como uma plataforma para o desenvolvimento de negócios sociais e iniciativas de empreendedorismo social”.

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OPINIÃO - -
Incoerência: Ainda a recolha do lixo!

Recentemente foi proposto pelo Presidente da Câmara que fosse aprovada a criação de uma empresa intermunicipal com o objetivo exclusivo de proceder à triagem, recolha seletiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos (lixo), nos municípios de Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Amares, Vila Verde e Terras de Bouro. Nesta empresa, que virá substituir nesta função a BRAVAL, o Município de Amares assumirá também uma participação de 3,70% do capital.

É importante referir que o contrato com a BRAVAL foi assinado em 1986 e, sendo válido por 25 anos termina em 2020. Por recomendação e porque os Municípios assim o entenderam, foi deliberado que a gestão desta estrutura intermunicipal fosse de gestão exclusiva dos Municípios, sem intervenção de privados, como acontece atualmente da BRAVAL que tem 49% de capital privado.

Compreendo e aplaudo esta decisão, pois por princípio entendo que a intervenção de privados – que visam legitimamente o lucro – nos serviços públicos só se justifica quando as parcerias são claramente benéficas para esse mesmo serviço às populações. Quando os privados com o seu know how trazem mais valia ou investimento que o sector público por natureza não permite.  Não é este o caso!

Contudo este decisão unânime dos municípios, com a envolvência do Município de Amares em particular, torna definitivamente incoerente e incompreensível a decisão recente de atribuir a recolha de lixo no concelho de Amares a um privado.

É sabido que o Município de Amares prepara-se para abrir um concurso para a aquisição de serviços privados para a recolha do lixo em Amares, um serviço que desde sempre o Município desempenhou, mas que só se degradou na qualidade do serviço prestado porque o Município deixou de investir nele.

É uma decisão contranatura que, digam o que disserem, vai custar mais dinheiro aos cofres públicos. Isto se até lá não decidirem aumentar de novo as taxas aos contribuintes munícipes.

Se entendo e aprovo a primeira decisão, da segunda continuo muito desconfiado.

Mas o tempo vai acabar por mostrar-me seguramente a que se deve esta incoerência e que eventuais motivos inconfessáveis nos trouxeram até aqui.

NACIONAL - -
Virou rotina. Preço dos combustíveis volta a subir esta segunda-feira

Pela nona semana consecutiva que o preço da gasolina vai subir. Quanto ao Gasóleo, a subida não tem sido consecutiva, mas também não abranda. A partir da próxima segunda-feira, o preço dos combustíveis vai voltar a ficar mais caro, no entanto, a evolução dos custos depende de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra. As previsões apontam para um aumento entre meio a um cêntimo, no caso do gasóleo, e de um cêntimo e meio na gasolina.

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