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Loja de Turismo na Abadia para arrancar até ao Verão

O Santuário da Nossa Senhora da Abadia vai ter uma Loja de Turismo. O processo começou a ganhar forma depois da assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Amares e a Confraria de Nossa Senhora da Abadia, em Outubro de 2018,  com o intuito de estabelecer uma parceria para submissão de quatro tipos diferentes de candidaturas, agora aprovadas. A criação de uma Loja de Turismo e a requalificação do Largo frontal ao Santuário, obrigarão à concretização de duas obras e a juntar-lhes, estão também a criação de uma agenda cultural para três anos e a classificação da peregrinação enquanto evento religioso de maior projecção.

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Dieta restritiva ou Reeducação alimentar?

Diariamente deparamo-nos com vários tipos de dietas que prometem resultados milagrosos.

As dietas muito restritivas consistem em reduzir em demasia ou até mesmo em eliminar determinados grupos alimentares, ou então ingerir muito menos energia do que aquela que gastamos. As restrições alimentares criam desequilíbrios nutricionais, levam a estados de frustração e tristeza, aumentam o desejo de comer doces, causando compulsão alimentar e levando muitas vezes ao ganho de peso. Basicamente, fazem com que entre num ciclo vicioso. Estes tipos de dietas criam uma resistência metabólica à perda de peso, predispondo para o seu aumento, com tendência para a obesidade. Quando somos expostos a situações de ansiedade, stress e ritmos de vida agitados, a tendência para a compulsão alimentar e a vontade de comer doces aumenta. A maior parte das vezes, o peso perdido através destas dietas é reflexo da perda de massa muscular e de água corporal. Deste modo, o processo de emagrecimento fica limitado, uma vez que a perda de massa faz com que o metabolismo diminua.

A melhor forma de perder ou manter o peso desejado é através da reeducação alimentar. Uma alimentação variada, equilibrada e completa é a chave para o sucesso. Deverá incluir, no seu dia alimentar, alimentos de todos os grupos alimentares (proteínas, hidratos de carbono, lípidos) de acordo com as suas necessidades energéticas. Desta forma, é mais fácil evitar momentos de compulsão alimentar e estabelecer uma relação saudável com a alimentação. A chave do sucesso é saber controlar as quantidades e esquecer o pensamento: “perdido por 100, perdido por 1000”. Em alguns momentos é importante permitir-nos ingerir alimentos menos saudáveis que nos dão prazer, de forma a não provocar momentos de ansiedade. Todos os alimentos podem fazer parte da nossa alimentação, desde que consumidos com moderação.

Tudo isto apenas é possível se for capaz de mudar a sua atitude perante a alimentação. Não necessita de fazer esta caminhada de mudança sozinha/o, procure um nutricionista para estar ao seu lado ao longo de todo o processo.

E lembre-se, uma dieta adequada é aquela que conseguimos manter a longo prazo! Alimentação saudável não é dieta, é estilo de vida!

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Terras de Bouro promove cabrito biológico da Serra do Gerês ao longo do fim-de-semana

Terras de Bouro volta recebe, ao longo do fim-de-semana, o evento “Fim-de-semana Gastronómico do Cabrito Biológico da Serra do Gerês”. Nove restaurantes do Concelho vão dar a conhecer todo o potencial desta iguaria, numa iniciativa que visa promover e divulgar a gastronomia terrabourense, além de convidar a uma jornada de turismo de natureza pelo território.

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Tenho o colesterol elevado, e agora?

As doenças cardiovasculares, particularmente a doença coronária e o acidente vascular cerebral, são as principais causas de morbilidade e mortalidade a nível mundial. A incidência destas doenças tem vindo a aumentar, como resultado da modificação dos estilos de vida e do aumento da prevalência de fatores de risco cardiovascular.

A dislipidemia, vulgarmente conhecida por “gordura no sangue” ou “colesterol alto”, é um importante fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, por se encontrar diretamente implicada na acumulação anormal, progressiva e excessiva de gordura nas paredes das artérias dando lugar à formação de placas compostas por gordura e tecido fibroso. A formação progressiva destas placas pode obstruir o fluxo sanguíneo, originando um evento cardiovascular agudo (p.ex. acidente vascular cerebral ou enfarte agudo do miocárdio).

A dislipidemia abrange um conjunto de anomalias quantitativas e/ou qualitativas dos lípidos (gorduras) no sangue, podendo ser discriminados vários tipos:

– Hipercolesterolemia: Aumento do colesterol total (CT) (CT >190 mg/dL) e/ou do colesterol LDL (c-LDL) (c-LDL ≥ 115 mg/dL);

– Hipertrigliceridemia: Aumento dos triglicerídeos (TG) (TG ≥ 150 mg/dL);

– Dislipidemia mista: Combinação de dois fatores (CT elevado e/ou c-LDL e TG elevados);

– Hipolipidemia: Diminuição do colesterol HDL (c-HDL) ou “bom colesterol” (homens < 40 mg/dL e mulheres < 45 mg/dL).

Como posso controlar os níveis de colesterol?

Os níveis de colesterol podem subir gradualmente com a idade, dependendo de muitos fatores, uns genéticos (por exemplo hipercolesterolemia familiar), alguns síndromes metabólicos, outros derivados do nosso estilo de vida: erros alimentares e falta de atividade física. É sobre estes últimos que podemos atuar, para que o colesterol suba menos – procurando corrigir a alimentação, o sedentarismo e o excesso de peso.

Do ponto de vista alimentar, deverão ser adotados os princípios da dieta mediterrânica:

– Privilegiar o consumo de fruta e hortícolas frescos;

– Consumir frequentemente cereais integrais e frutos oleaginosos;

– Preferir o azeite para temperar e/ou cozinhar;

– Consumir pescado (peixes gordos como a sardinha e a cavala) no mínimo 2 vezes/semana;

– Consumir lacticínios com baixo teor em gordura;

– Limitar o consumo de produtos de salsicharia, charcutaria e vísceras;

– Preferir o consumo de carnes mais magras (aves e coelho);

– Reduzir a adição de sal para <5g/dia (preferir especiarias e ervas aromáticas);

– Limitar o consumo de açúcares simples e alimentos processados;

– Restringir o consumo de bebidas alcoólicas, preferindo o vinho tinto (1 copo de apróx. 150 mL por dia para as mulheres e dois copos de apróx. 150 mL por dia para os homens).

No caso particular do aumento dos triglicerídeos, para além do descrito, também se aconselha:

– Consumo de fruta moderado;

– Restrição de açúcares simples e alimentos processados com alta densidade energética;

– Excluir bebidas açucaradas como sumos e refrigerantes e ainda as bebidas alcoólicas.

Embora a prática de exercício físico seja uma recomendação transversal aos vários tipos de dislipidemia, esta assume especial relevância nos doentes com valores reduzidos de c-HDL. Recomenda-se a realização de cerca de 30 minutos de exercício físico aeróbio diário (p.ex. natação, caminhada, corrida leve, ciclismo).

Quem consultar?

O seu médico de família é o profissional de saúde mais indicado para lhe detetar um excesso de colesterol, preconizar as medidas dietéticas adequadas e, se necessário, prescrever um ou mesmo mais do que um medicamento.

A relevância da economia circular

A economia circular consiste na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais, objetos, equipamentos e energia. Trata-se de uma forma simplificada, prolongar, renovar e “dar vida” a produtos e coisas em fim de vida.

Segundo WEF (2014, p.10), Towards the Circular Economy: Accelerating the scale-up across global supply chains “O conceito circular promove riqueza e geração de emprego no contexto de restrições de recursos”. Já para a Comissão Europeia COM (2015, p. 2)

“A economia circular impulsionará a competitividade da UE ao proteger as empresas contra a escassez dos recursos e a volatilidade dos preços, ajudando a criar novas oportunidades empresariais e formas inovadoras e mais eficientes de produzir e consumir.”

Tem como propósito fundamental, o desenvolvimento de novos produtos e serviços eficientes e capazes de minimizarem o impacto da extração de recursos, aumentando o tempo de vida útil dos produtos sustentando modelos de negócios economicamente viáveis e ecologicamente relevantes.

A economia circular promove um processo dinâmico que exige compatibilidade técnica e económica (atividades e capacidades produtivas) enquadradas de forma institucional e socialmente através de (valores e incentivos) inspirando todos os cidadãos num processo contínuo de reabsorção e reciclagem.

Os principais benefícios e impactos positivos da economia circular passam por: construir novas relações com os consumidores, através de programas de retoma e de recuperação de recursos materiais contribuindo dessa forma para a criação de novos modelos de negócio; melhorar a competitividade das empresas; conservação dos recursos naturais, reduzindo a emissão de resíduos tóxicos para a atmosfera, bem como, contribuir para uma maior equidade no preço das matérias primas e limitando os riscos de fornecimento contínuo para produzir novos produtos.

Tendo em consideração o constante crescimento da procura de produtos novos, inovadores e capazes de satisfazerem as necessidades e exigências cada vez maiores dos consumidores e face à limitação e escassez de recursos naturais à escala global nunca como na atualidade se tornou relevante, urgente e fundamental assegurar um desenvolvimento sustentável, responsável e equilibrado procurando uma economia “verde” circular e capaz de revitalizar, prolongar e dar uma nova vida aos recursos naturais, materiais existentes.

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Entrevista a Isabel Estrada Carvalhais, representante de Braga na lista do PS às Europeias

Professora da Universidade do Minho, Isabel Estrada Carvalhais aceitou o convite para ser a representante do distrito de Braga na lista do PS às Eleições Europeias de 26 de Maio. Assegura que o contexto actual aumenta a importância deste acto eleitoral, sublinhando ser necessário manter o projecto europeu, num tempo em que se assiste a «uma degradação muito acentuada do pilar fundador da Europa, a solidariedade».

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E se a comida for para o lixo, vão-se indignar?

Uma reportagem recente publicada no Jornal I avaliava a medida governamental que exige a retirada, das máquinas de vending existentes em espaços hospitalares, de comida não saudável.

A reportagem dava conta do sucesso da medida junto de doentes, profissionais de saúde e familiares. A responsável pela Ordem dos Nutricionistas ouvida neste âmbito saudou a medida e deixou para reflexão um dado: estender o seu alcance às escolas, universidades e outras entidades ligadas à saúde e educação.

No Agrupamento de Escolas de Amares esta prática já é uma realidade. As chamadas máquinas de venda de ‘comida rápida’ têm ao dispor dos alunos um conjunto de ofertas saudáveis que podem ser óptimos complementos alimentares nos intervalos escolares.

No entanto, nem tudo são rosas nesta matéria e ainda há um longo caminho a percorrer.

Tenho almoçado com regularidades nas cantinas escolares do Agrupamento. Os esforços de melhoria que vêm sendo feitos são evidentes e posso garantir a qualidade da comida que é fornecida aos alunos.

O problema está nos apelos constantes, muitos deles à distância de um clique, para a ingestão de comida dita não saudável. Um apelo que depois se alastra a muitas casas, por falta de tempo, disponibilidade ou vontade de quem cozinha.

Daqui resulta uma esquizofrenia que os alunos combatem da maneira mais fácil: entre a comida saudável promovida na escola e o apelo ao sabor, cheiro e visual da ‘fast food’ , a decisão é fácil de perceber qual é.

É verdade que a quantidade de comida servida nas cantinas escolares pode não estar ajustada à idade ou não corresponder às necessidades nutricionais de crianças e jovens como aponta um estudo publicado pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Mas este é um problema menor perante o desafio que está pela frente. A redução de sal é uma realidade, a melhoria dos teores energéticos e de hidratos de carbono tem vindo a crescer. Porém, e pelos vistos, é preciso fazer mais ou melhor.

Esta conversa toda vem a propósito de uma realidade que tem vindo a ser constante nas últimas semanas nas cantinas de amares e que muito me tem incomodado.

Há alunos que compram senhas e depois, simplesmente, não almoçam e não estou a falar de problemas de última hora ou doença. Estou a falar de alunos que vão comer a outros locais, nada contra, mas que adquiriram uma senha para almoçar. E houve um dia, por exemplo, que foram mais de 20 a não aparecerem.

Ora como as refeições escolares são confeccionadas em função das senhas vendidas, o que se faz à comida que sobra? É que andamos todos preocupados com a falta de alimentos em vários países e depois pactuamos com práticas lamentáveis e condenáveis de alunos que simplesmente não vão comer à cantina, tendo senha, porque não querem.

Julgo ser urgente e necessário que a comunidade educativa se junte e reflicta no caminho que se pode seguir. Não basta participar em campanhas de recolha de alimentos, pensar nos meninos e meninas de outros países que não têm nada para comer e depois achar bem não comparecer na cantina com uma senha comprada. Claro que já estou a ver a indignação destes mesmos com o destino que é dado à comida que sobra.

Hipócritas!