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GERÊS (Terras de Bouro): -
Nova ETAR de Terras de Bouro «vai levar pouco tempo a decidir», garante o Ministro do Ambiente

A localização da nova ETAR de Terras de Bouro «vai levar pouco tempo a decidir» e os trabalhos de construção devem começar «logo após». A garantia foi dada pelo Ministro do Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, esta tarde, de visita ao concelho, onde presidiu à apresentação do balanço do  Plano-Piloto do Parque Nacional da Peneda-Gerês. O desafio foi lançado pelo edil local, Manuel Tibo, que relembrou a «o problema gravíssimo». Chamou ainda a «atenção» para a falta de «força na rede» para abastecimento de água às populações, a «falta de segurança» nos miradouros e cascatas e a «urgência» na revisão do Plano de Ordenamento da Albufeira da Caniçada.

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OPINIÃO - -
Um pai não manda um familiar resolver o problema com o seu filho

A abertura da escola à família e à comunidade é há muito tempo considerada fundamental pelos bons educadores e confirmada por recentes estudos sobre índices de qualidade da educação mas pressupõe convivência, reconhecimento mútuo, diálogo.

Apesar de inúmeros esforços e conquistas que vêm sendo feitas, a realidade é que estamos, ainda, longe do desejado, ficando, muitas vezes, apenas nos discursos e nas intenções, como visão romântica do assunto, trazendo quase sempre, experiências pontuais e descontínuas.

Imaginemos que um pai tem um problema com o seu filho. Não seria de todo compreensível que pusesse nas mãos de um amigo, de um tio ou de um irmão a resolução desse mesmo problema. Existir intervenção externa para orientar, aconselhar pode fazer sentido mas a decisão do caminho a seguir tem que ser sempre do pai.

Com a escola, o processo tem que ser igual. A estrutura escolar não pode resolver problemas delegando em entidades externas ou simplesmente riscar, adiar ou tentar passar pelos pingos da chuva na esperança que tudo se resolve. Não é por varrer o pó para debaixo do tapete que ele deixa de existir.

Mais grave seria, se a escola criasse um ‘muro’ à volta dela, impedindo que a comunidade e as instâncias públicas e políticas ‘entrassem’ no seu recinto. A história demonstra que o quero, posso e mando acaba por não dar bom resultado.

A escola é um espaço concreto da expressão do público porque atende a diferentes segmentos sociais. Para ela, dirigem-se todos os dias milhares e milhares de crianças, adolescentes e jovens, durante anos seguidos das suas vidas.

Ao defender a abertura da escola para a família e a comunidade, não se pretende sobrecarregá-la com mais uma responsabilidade social mas sim convocar utilizadores e instituições públicas, do território onde está inserida, a partilharem o seu projeto, na sua elaboração, no seu acompanhamento e na sua avaliação do processo pedagógico.

A aproximação da família e da comunidade com a escola, incluindo as instituições do poder público local e as entidades não-governamentais, é primordial para que a rede de proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente seja salvaguardada, de maneira a incluir todos, não permitindo nenhum tipo de exclusão.

Quando a escola dialoga com outros espaços de educação, procurando parcerias que têm os mesmos propósitos educacionais, sem intenção de substituir o poder público, começa a voar e a encontrar o seu caminho diferenciador, autêntico logo reconhecido.

Fortalecer a integração da escola com o território no qual está inserida, visando uma maior participação das famílias e dos representantes da comunidade local na construção e execução do seu Projeto Pedagógico. Este deve ser o objetivo das estratégias de articulação das escolas com os famílias dos estudantes e parceiros da comunidade.

OPINIÃO - -
Férias, crianças e decisões convenientes…

Chega o verão, as “férias grandes” e vêm de novo à baila as questões que se relacionam com a ocupação útil e segura das crianças, enquanto os pais estão no trabalho.

Recentemente na Assembleia Municipal um pertinente e construtivo debate levantado em torno desta temática colocou a descoberto o quão perigoso pode ser emparceirar sem critério. Na verdade, a esfera pública – autarquias incluídas – tem tudo a ganhar com as parcerias estratégicas com privados – nomeadamente com as associações sem fins lucrativos como parceiros fundamentais – pois estas garantem respostas às necessidades das populações, que o serviço público por si só não cobre por falta de recursos.

É assim que hoje se sustentam grandes serviços públicos, com execução privada, de que são exemplo mais visível os que derivam da economia social, onde as IPSS prestam relevantes serviços nomeadamente na primeira infância (creches), na terceira idade (lares e centros de dia), entre outras populações desprotegidas.

Defendo que a intervenção do privado, eventualmente apoiada por dinheiros públicos, se justifica cada vez mais pelas necessidades que a sociedade sente nos seus dias. Mas só – e sempre – em complementaridade, onde o público não chega.

No caso concreto das escolas, atendendo ao modelo familiar dos dias de hoje, em que marido e mulher, em condições desejáveis e normais, trabalharão ambos, com exigências profissionais e de horário muitas vezes elevadas, a retaguarda para os filhos é um problema cada vez mais “bicudo”.

As autarquias e o Governo fazem um esforço no sentido de acautelar muitos dos momentos pré e pós escola durante o ano, mas o caso muda de figura quando chegam as férias escolares, nomeadamente o famigerado mês de Agosto.

Em minha opinião, porque nem todos têm férias em Agosto, é neste mês que a dificuldade é maior, quando os privados que organizam colónias e campos de férias encerram portas, pois o número de aderentes não justifica o volume de despesas.

E este é um argumento muito válido para as organizações privadas, com despesas e impostos para suportar, mas não pode ser invocado pela autarquia.

Pelo contrário, à autarquia cabe encontrar soluções e usar os meios e apoios financeiros disponíveis para criar condições de acolhimento à tal “meia dúzia” que foi invocada anteriormente.

São públicas as múltiplas parcerias, algumas até de pertinência pouco justificável, que duram apenas 11 meses do ano. Mas no mês de Agosto o serviço público não vai de férias, por isso, exigem-se soluções.

E nem é difícil, basta que se tomem decisões convenientes e não de conveniência!