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EDIÇÃO IMPRESSA – -
Amarense desenha peças do Star Wars para a LEGO

Esta é uma história sobre cumprir sonhos, aqueles sonhos que nascem nas crianças, quase de forma inconsciente, quando começam a mexer nas primeiras coisas. Foi nesse tempo, quando passava horas a brincar, que César começou a conhecer as primeiras peças da LEGO – e quem não as conheceu?. «Esse era o meu brinquedo de eleição e os meus pais sempre foram da opinião que era um brinquedo educativo e lúdico. Lembro-me de passar horas de volta das pequenas peças de plástico a deixar fluir a imaginação», lembra.

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OPINIÃO - -
A relevância do nosso pensamento

Segundo Sigmund Freud “O pensamento é o ensaio da ação“ neste sentido, tudo o que imaginamos, idealizamos e projetamos no nosso pensamento será como um que um ensaio, encenação ou uma iluminação daquilo que poderá ser a ação, atitude ou a prática da sua realização. Neste sentido, podemos e devemos reprogramar a mente, plantando ideias, cenários, mapas mentais positivos, catalisadores e impulsionadores de atitudes, hábitos e comportamentos congruentes com o pensamento e geradores de satisfação e realização pessoal.

Do pensamento de Walt Disney podemos extrair a seguinte frase “se você consegue sonhar algo, consegue realizá-lo!”. Assim, podemos por em causa este pensamento e dizer, se assim fosse, seria facilmente alcançado tudo o que penso, todavia, existe algo extremamente importante, a prática congruente com o pensamento e com uma dose de atitude, resiliência, desejo, persistência e compromisso com nós mesmos, pois, teoria sem prática será como entrar num restaurante e satisfazer-se apenas lendo e saboreando o menu, com a descrição pormenorizada dos pratos, mas sem saborear, sentir e de gostar os alimentos.

Podemos dizer, por outro lado que tudo isto são teorias, são ideias sem conexão com a realidade e que o sistema, a sociedade, o meio envolvente, os outros ou o sistema e que somos mais o fruto das circunstâncias, tal como afirma, José Ortega y Gasset “o homem é o homem e suas circunstâncias”. Neste sentido, podemos refletir sobre a relevância das circunstâncias e sobre as quais, temos que nos adaptar às mesmas, procurando transformar, ameaças em oportunidades, e isso depende de nós, depende do nosso pensamento e da nossa capacidade de pensar, planear, implementar e comunicar tudo isto por forma, a levar os outros a pensar como nós e a juntarem-se aos nossos ideais e projetos.

Segundo Confúcio “você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”. Nesta perspetiva, não podendo mudar as circunstâncias, as adversidades, as contrariedades e os obstáculos que de forma mais ou menos inesperada ou até descontrolada nos surgem por vezes, de forma mais leve outras mais forte, sem que estejamos preparados para estes “embates”, todavia, podemos sempre, com calma, serenidade, habilidade e sabedoria, alinhar, redefinir e reprojetar o nosso pensamento, pois no momento ou circunstância em que nada temos, temos sempre algo verdadeiramente importante e estruturalmente relevante que é o nosso pensamento.

OPINIÃO - -
Podem pensar um bocadinho, por favor?

Um estudo saído na revista lusófona de educação dá conta da alta dependência dos professores em relação ao manual escolar, o que supõe que os professores tenham por hábito deixar as decisões sobre os materiais curriculares nas mãos das editoras.

A análise dos processos e das estratégias editoriais, dos processos de distribuição, das caraterísticas e análise dos materiais produzidos no contexto educativo não formal, do impacto das novas tecnologias nos processos de planeamento, do uso e avaliação dos materiais curriculares impressos e dos materiais curriculares digitais são assuntos estratégicos mas deixados nas mãos de entidades ‘sinistras’, sem rosto.

Os livros escolares assumem, por este dia, o protagonismo da discussão escolar por causa do seu uso, da sua função e da responsabilidade do aluno, logo das famílias, perante esses mesmos livros. A verdade é que este processo está inquinado desde o início: o governo que lava as mãos como Pilatos, as editoras que assobiam para o lado na questão da funcionalidade dos livros, os professores, assoberbados de tantas coisas, usam o livro como ferramenta principal e as famílias andam muito ‘à nora’ com estas novas regras.

Dizem os responsáveis que os livros são emprestados e não dados e que por isso têm que ser utilizados com cuidado. O pensamento dos alunos deve ser que os vão entregar no final do ano, acrescentam, tratando-os como se fossem passar para um familiar. Até aqui pacífico.

Mas se os livros são para manusear com cuidado, são para entregar no final, que sentido é que faz terem exercícios para serem resolvidos no próprio livro? Não deveriam estar em fichas separadas, passíveis de serem fotocopiadas? (Já sei que me vão falar da treta dos direitos de autor).

Não estará isto a acontecer para que o negócio das editoras não definhe? É que um livro apenas de consulta, sem exercícios tem, com certeza, um desgaste mais lento e isso não é bom para o negócio.

Manuais com espaços para escrever? Editoras têm de garantir que dá para apagar, dizem. Mas interessa-lhes?

Recordo que o Tribunal de Contas já alertou precisamente para a fragilidade da sustentabilidade do programa de gratuitidade dos manuais escolares, tendo em conta que a percentagem de manuais reutilizados estes ano lectivo foi inferior a 4%.

Este ano, a medida chegou a 528 mil alunos do 1.º e 2.º ciclo do ensino básico, tendo custado quase 40 milhões de euros (29,8 milhões com os manuais e 9,5 milhões com licenças digitais).

No próximo ano lectivo, o programa será alargado a todos os estudantes do ensino obrigatório das escolas públicas e estima-se que custará cerca de 145 milhões de euros. Podem pensar um bocadinho, por favor?

OPINIÃO - -
Abater árvores porquê? Comecem por limpar as bermas!

De há uns tempos para cá, quiçá ao abrigo dos ventos do progresso, parece ter virado uma moda abater árvores indiscriminadamente.

Basta que uma intervenção num espaço público esteja para acontecer, tememos logo que se comece a riscar a régua e esquadro algumas árvores frondosas que levaram décadas a ganhar corpo.

Recentemente, a Câmara Municipal de Amares – a meu ver numa decisão  claramente precipitada – decidiu abater uns cedros no estádio de futebol do concelho, com o argumento que um cabo elétrico passava no meio e estavam a acontecer demasiadas avarias. Ou seja, curou-se o mal, com doença maior!

Entretanto, em breve iniciarão as obras na Praça do Comércio e, no meio das muitas alterações ao que inicialmente foi “desenhado”, espero que as árvores que aí habitam desde a última requalificação, não sejam, também elas, sacrificadas só porque ao lápis do desenhador “parece melhor assim”.

À Câmara Municipal de Amares deixo o exemplo de um Município exemplar neste capitulo. Em Lisboa, devido à requalificação da Praça de Espanha – que vai receber dezenas de novas espécies arbóreas -, as árvores que aí existiam foram recentemente transplantadas para outros pontos da cidade. Um investimento perfeitamente justificado e que revela uma visão estratégica rara de ver!

Mas Amares nem tem os piores exemplos, apesar de tudo.

Na verdade, nos últimos meses – ao que se sabe por indicação da Infraestruturas de Portugal – os concelhos da região viram ser abatidas, incompreensivelmente e sem aviso, dezenas de árvores saudáveis nas bermas das estradas nacionais. Num concelho vizinho, durante vários dias consecutivos, vi dezenas delas serem arrancadas por gruas e transformadas em lenha.

No concelho de Amares, também lamentamos a perda das árvores em frente ao centro escolar da freguesia de Lago, que durante décadas forneceram resfrescantes sombras, tanto às crianças como àqueles que aguardam a passagem do autocarro na paragem. Até hoje ninguém explicou o que aconteceu, ou porque foram abatidas árvores saudáveis e o que plantarão neste lugar – se é que o vão fazer –, agora despido do verde que nos habituamos a ver.

À Estradas de Portugal deixo uma pergunta que me intriga: Porquê abater árvores com tanta determinação e ligeireza, quando as bermas das estradas passam os meses de verão cheias de vegetação nociva, que coloca em risco a segurança das pessoas? Não consigo compreender!

Caro leitor, aproveito para lhe desejar ótimas férias.