‘Mete o Covid ao saco’ é o slogan da campanha de sensibilização que o município de Braga está a realizar junto da comunidade escolar do concelho.
Mês: Dezembro 2020
OPINIÃO
Vou aguardar até que seja possível reciclar
Durante anos evitamos a sua existência e agora as alterações climáticas são uma inquietação global. Os ativistas ambientais e cidadãos pedem aos seus governos medidas concretas para combater a poluição e aumento da temperatura no planeta. Em 2015, na cidade de Paris, 195 países comprometeram-se com a redução das suas emissões de CO2, no final da conferência COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) foram estabelecidas as iniciativas da transferência para a nova energia – Acordo do Clima de Paris. A era do domínio do petróleo poderá ter chegado ao fim e as energias verdes são agora a revolução tecnológica mais entusiasta e inquieta da história.
“Voltaremos a tornar o nosso planeta grandioso”, referiu Emmanuel Macron.
Grande parte da população está convencida que com os carros elétricos vamos resolver todos os problemas existentes do CO2, quase todos pensam na energia solar e eólica como resolução do problema. Neste momento, não resolve. À medida que a transição energética nos afasta dos combustíveis fosseis, estão já a ser criados novos desastres ambientais. Os carros elétricos são produzidos com metais específicos, e tem de ser extraído algures. Estamos a relocalizar a poluição, a sacrificar o território e a saúde dos habitantes.
As energias limpas não existem. Sempre que produzimos, criamos poluição. A transição ecológica é uma transição económica. Para ficarmos convencidos, basta-nos visitar uma das maiores exposições de automóveis. O elétrico está na moda, os veículos são apresentados como verdes, têm a simbologia ZE (zero emissão) e deu oportunidade aos grandes construtores de se reinventar. Os consumidores tornaram-se mais responsáveis e querem contribuir com a sua parte para um planeta menos poluído. Tal como é moda comprar comida biológica, comprar um carro elétrico também é moda.
Os metais utilizados para os automóveis elétricos, são na sua maioria raros por não se encontrarem com abundância na crosta terrestre. O európio, o samário, o gadolínio, o cério, o germânio, o tungsténio, o magnésio, o ítrio, o neodímio, o lantânio, são alguns dos metais raros. A indústria automóvel e as produtoras de energias renováveis, tornam-se completamente pendente destas matérias primas desconhecidas. Neste momento as energias renováveis produzem cerca de 7% da energia mundial, com a transição energética em 2050, as energias eólicas e solar representarão quase 50% da energia produzida no planeta.
Os metais raros fundamentais para a tecnologia verde são extraídos fora dos grandes centros urbanos e longe da vista. O cobalto vem das minas da República Democrática do Congo, na Austrália, Bolívia e Chile estão os maiores depósitos de lítio, na China concentram-se os maiores depósitos de grafite, com milhares de quilómetros de paisagens ambientais destruídas. Muitas das nações das estão a extrair milhares de toneladas destes recursos e Portugal não é exceção. Mão de obra barata, deficiente tratamento das águas, dos gases e outros resíduos, pouca fiscalização dos governos, são alguns dos métodos que a grande maioria das empresas instaladas nos países mais pobres recorrem para baixar os custos de produção e obter grandes lucros.
A Alemanha, há 20 anos assumiu o desafio de produzir energia através do sol e do vento, e agora por terem chegado a um fim de vida útil, 360 toneladas de pás de aerogeradores estão a ser retiradas e muitas delas depositadas no solo, pois contêm alguns dos metais raros acima referidos. Alguns difíceis de reciclar e atualmente muitos desses metais são impossíveis de reciclar.
O lítio das baterias é um deles. Se vou adquirir um carro…
PAÍS
PSP deteve 724 pessoas por violência doméstica este ano
A PSP efectuou este ano 724 detenções por violência doméstica e sinalizou 8.390 menores em situação de risco às Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, anunciou esta sexta-feira a Direcção Nacional desta força de segurança.
REGIÃO
Esposende lança programa de incentivo à produção e consumo de produtos locais
Com o objectivo de aproxima produtores e consumidores, reduzindo a zero a distância entre estes dois elementos da cadeia de produção, o município lançou a ‘ESLocal’, a marca ‘Produtos de Esposende’.
REGIÃO
Pegada Ecológica de Guimarães abaixo da média nacional
A Pegada Ecológica de Guimarães abaixo da média nacional, revela o estudo Pegada Ecológica e Biocapacidade dos Municípios Portugueses: a sua relevância para as políticas públicas portuguesas’.
AMARES
Petição contra a instalação de antenas no Monte de São Pedro Fins
Foi lançada uma petição “online” que contesta o licenciamento de antenas no Monte de São Pedro Fins, em Amares, considerando que a capela situada naquele espaço «tem sido alvo, ao longo dos anos, de um ataque severo à sua beleza e à sua história com a instalação de diversas antenas».
SAÚDE
«A pandemia começou a ameaçar a nossa saúde mental antes mesmo de nos bater à porta»
Em tempos de pandemia, a saúde mental e as relações sociais são mais do que nunca postas à prova. Assolado por um vírus desconhecido, o Mundo estremeceu, parou e mudou. Cresceu a insegurança, com ela o medo e a incerteza, adensando dúvidas, diluindo certezas e estabelecendo novas rotinas.
OPINIÃO
Hoje não fumo!
Opinião de Catarina Dias
Faz hoje quatro semanas que fumei o meu último cigarro. Um mês sem fumar! Há já algum tempo que tinha vontade de deixar de fumar. Aliás, já tinha tentado, mas sem sucesso. E ainda bem que o fiz. Foi através destas tentativas que percebi os erros que cometi e entendi o que me fez voltar a fumar.
Não vou dizer que é fácil, mas é menos difícil do que alguma vez imaginei. Há dias em que a única coisa que me apetece fazer é fumar um cigarro. Mas esses dias são cada vez menos e a vontade cada vez menor. No entanto, ressalvo que neste processo não encaixa a máxima de que amanhã será melhor que hoje. Posso dizer-vos que a primeira semana foi mais fácil do que a segunda, por exemplo. Quando a minha mente estava constantemente a dizer-me: “Vá lá! Fuma um cigarrinho. É só um. Não tem mal nenhum.” Mas tem. Se fumar um cigarro que seja, sei que vou fumar um maço inteiro. Esta foi a grande lição que retirei das tentativas falhadas: não posso cair na tentação de fumar um único cigarro. Agarro-me à ideia de que esse cigarro me iria saber pessimamente mal. Nos próximos anos serei uma ex-fumadora e não uma não-fumadora. Tenho de manter esta consciência de que o meu cérebro acha que fumar é bom, e por isso, se fumar um cigarro muito provavelmente volto a ser fumadora.
Não posso deixar de abordar a questão da irritabilidade e do mau feitio que é muito difícil de controlar. Agradeço a quem levou com ele e teve paciência para me aturar neste último mês.
Há também a questão do aumento de peso. Um mês sem fumar e tenho certamente uns quilos a mais. Não sei quantos. Optei por não me pesar. Não fosse isto e estaria ainda mais feliz com a minha vitória.
Não são precisos bons motivos para deixar de fumar, é preciso querer. A nossa mente é especialista em arranjar motivos para não o fazer: para a semana tenho uma festa, na seguinte vou estar de férias, depois vou regressar ao trabalho, etc. Tudo serve de desculpa para adiar o dia em que pomos em prática uma das melhores decisões que podemos tomar. Admito que adorava fumar, mas adoro muito mais não cheirar a tabaco, não ter tosse, ter a voz límpida, acordar mais leve, ter a pele, o cabelo e os dentes mais bonitos e saudáveis e ainda ter dinheiro a sobrar para fazer outra coisa que me dê tanto ou mais prazer do que fumar.
É fácil comprar tabaco e acender um cigarro, mas hoje decido que vou fazer o que é certo (para mim) em detrimento do que é fácil. É uma decisão diária que quero tomar todos os dias. Escrever sobre isto é para mim uma espécie de tratado. Daqui a onze meses espero poder escrever que não fumo há um ano!
AMARES
Empresa amarense faz donativo à Cruz Vermelha de Amares
Depois dos Bombeiros Voluntários de Amares e da Valoriza – Associação de Desenvolvimento Local, a empresa amarense “Midalpa” voltou a mostrar o seu lado solidário, desta feita para com a Delegação de Amares da Cruz Vermelha Portuguesa. A empresa doou 1.000 euros à instituição.
EDIÇÃO IMPRESSA
Pedro Costa acredita que PS pode reconquistar Câmara em 2021. «O futuro de Amares precisa urgentemente de ser salvo»
O Presidente do PS de Amares, Pedro Costa, garante que o objectivo é recuperar a liderança da Câmara de Amares em 2021, algo que considera «muito possível». Para tal, os socialistas apostam num «projecto forte e abrangente», estando em negociações com o Movimento Amares Independente e Solidário (MAIS). Embora o acordo ainda não esteja fechado, o candidato à Câmara deverá ser ou Pedro Costa ou Emanuel Magalhães. «Se há outros nomes na equação? Tudo é possível a esta distância, mas mentiria se dissesse que é provável», admite o líder do PS.