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OPINIÃO -
Quantas batatas enchem um porquinho mealheiro? A importância da literacia financeira.

Artigo de Vera Morgado

 

– Sabias – perguntou a mãe – que este cartão é como um mealheiro? Tem moedas. 

– Onde estão? Tira! – respondeu a criança de 2 anos.  

– Porquê, precisas? – questionou novamente a mãe. 

– Sim! – afirmou a criança entusiasticamente – Para pôr no mealheiro e comprar carrinhos e bananas.

Um dia, uma amiga dizia-me que quando era pequena era pobre, mas não sabia. Que o que mais gostava era de ir às compras com o pai e ver quem ganhava a procurar os números mais pequeninos nas prateleiras. Só muito mais tarde entendeu o motivo. 

O certo é que, seja qual for a quantidade disponível, o dinheiro será sempre um recurso limitado. Por isso, entender o seu valor é fundamental, desde cedo. Mas como fazê-lo, quando nós próprios não aprendemos? Na minha opinião, simplificando. Mesmo sem os termos técnicos, todos temos, pelo menos, um orçamento familiar para gerir. 

Se o objetivo é encher o mealheiro, está a poupar. E se tem um objetivo concreto, está a planear a médio e longo prazo. Se ensinarmos as crianças a pagar pequenas compras, aprendem o conceito de consumo e de meios de pagamento.

Se querem algo de que não precisam, aproveitamos a oportunidade para as ensinar a distinguir o que é essencial de acessório e a diferença entre precisar e querer. Disponibilizamos-lhes um pequeno orçamento para gerirem, com ou sem regularidade. Aprendem a planificar, identificar receitas e despesas, fixas ou variáveis. Se os incentivarmos a afetar um montante para imprevistos ou projetos maiores, estão a considerar o risco e a incerteza. 

Se quer muito algo e o leitor é agricultor, explique-lhe quantos quilogramas de batatas tem de plantar para lhe dar o que ela quer. Se for contabilista, quantas horas tem de trabalhar e estar longe de casa. 

As finanças não são um bicho papão, não as devemos temer, ignorar ou fugir delas. É preferível lidar com tranquilidade e prepararmos as gerações do futuro para a tomada de decisões financeiras às quais não poderão fugir.  Temos vários recursos, mais ou menos criativos, à nossa disposição para ensinar atitude, comportamento e competências financeiras, desde blogues, jogos, livros e o próprio Referencial de Educação Financeira e o Plano Nacional de Formação Financeira.

A minha amiga era rica, porque tinha um pai sábio e de grande qualidade, que a ensinou a gerir o dinheiro em função das suas possibilidades. Chama-se poder de compra e, como estes dias precisamos de cada vez mais moedas para comprar a mesma quantidade de carrinhos e bananas (é a inflação), arranje um porquinho mealheiro e batatas, seja em que formato for.

AMARES -
Muitos fiéis marcaram presença esta manhã em missa solene na Capela do Sr. da Saúde em Caldelas

A Capela do Sr. da Saúde, em Caldelas, acolheu, na manhã deste domingo, uma missa solene cantada pelo Grupo Coral de Caldelas. O momento, carregado de simbolismo, contou com a presença de muitos fiéis e integra a programação das Grandiosas Festividades em honra do Senhor da Saúde, que estão a decorrer na Vila Termal ao longo do presente fim-de-semana.

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OPINIÃO -
O poder da persistência

Podemos comparar a nossa vida como uma caminhada de longo curso, onde a construção, co-criação, adaptação reinvenção é fundamental, sendo por si só, uma descoberta constante, à procura do SER pessoa, num percurso cheio de desafios, mais ou menos complexos, onde as características diferenciadoras são o foco, a atitude positiva e a persistência.

Tal como afirmou William Henley “Eu sou o senhor do meu destino, sou o comandante da minha alma”. Neste sentido, somos os responsáveis do nosso destino, donos dos nossos pensamentos e senhores da nossa alma, ou por outras palavras o nosso sonho ou foco.

Neste sentido, o grande desafio consiste alinhar as ideais, sentimentos e perceções, promovendo a criatividade e a “renovação do pensamento” procurando de forma continuada o melhor dos caminhos e que contribua para a busca constante da felicidade que, por si só, também é um percurso.

Outro aspeto que proporciona aprendizagem e crescimento pessoal reside na quantidade e qualidade das adversidades, obstáculos e dificuldades encontradas nesse nosso caminho, na qual a atitude positiva é fundamental, tal como afirmou Cícero “Quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação.” ou como referiu Abraham Lincoln “O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho.” 

Neste sentido, se por um lado temos o poder de “plantar o pensamento” congruente com um destino, temos também a necessidade e definir um foco, um objetivo, uma estratégia e fundamentalmente a ação consertada e continuada e congruente com o pensamento, tal como Friedrich Engeles, “um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria.” ou por outras palavras, só a atitude marca a diferença.

A persistência, sendo o ato de não desistir, de persistir, de continuar em frente, sendo também, a ação consertada e continuada de fazer coisas e agir em conformidade com o nosso pensamento, tal como Stephen R. Covey referiu no seu livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” descreve de forma sequencial, ser pró-ativo, liderança pessoal, gestão pessoal, liderança interpessoal, comunicação empática, corporação criativa, auto-renovação equilibrada. 

Portanto para obter sucesso é fundamental co-criar, inovar e rejuvenescer o pensamento, através de ideias relevantes para criar um novo e interessante caminho, seguidamente adquirir um hábito, que se transformará em carácter e que contribuirá para uma nova realidade em busca do nosso bem estar, bem como da felicidade, tal como referiu Nelson Mandela “Sempre parece impossível até que seja feito.”