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Novo estado de contingência “complica” contas do turismo do Norte, diz Luís Pedro Martins

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O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) defendeu, esta quinta-feira, que a implementação do Estado de Contingência a partir do dia 15 de Setembro, anunciado pelo Governo, irá “complicar” o equilíbrio das contas para o sector da região do turismo.

“Havia alguma expectativa de que esta parte final do ano pudesse dar algum contributo para equilibrar as contas. Neste momento, vivemos com a possibilidade de nada disto acontecer”, sublinhou Luís Pedro Martins, assegurando, contundo, que “nenhuma outra razão se pode sobrepor” à mitigação da transmissão do vírus.

“Se as entidades que tutelam a saúde acharem que é interessante voltar a ter medidas que tenham como objectivo conter a transmissão do vírus, nenhuma outra razão se pode sobrepor a esta. Vai complicar ainda mais a vida a este sector, isso vai, mas acho que nada sobrepõe às vidas das pessoas”, afirmou à Lusa, poucas horas de partir para uma ‘press trip’ pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês.

QUEBRAS NO TURISMO

Citado pela Lusa, o presidente do Turismo do Porto e Norte alertou, apesar das taxas de ocupação nos quatro sub-destinos da região terem sido “muito interessantes” durante o Verão, não vão compensar as quebras sentidas num “muito difícil”.

“Foi um ano bastante duro, um ano muito difícil, em que tentamos que os turistas nacionais ajudassem de certa forma a compensar aquelas que iriam ser as dificuldades pela falta de turistas estrangeiros. De certa forma, foi uma pequena ajuda, mas que não chega para compensar a quebra que tivemos”, afirmou Luís Pedro Martins.

Também em declarações à agência Lusa, o presidente do TPNP disse que, apesar das taxas de ocupação nos quatro sub-destinos da região Norte – Porto, Minho, Douro e Trás-os-Montes – terem sido “muito interessantes”, com as zonas interiores a chegarem a 80% e as cidades a 30%, “nada compensará a quebra” sentida por toda a região.

“Comparando ao período homologo de 2019, temos uma queda relativamente grande nos turistas nacionais, mas onde temos a maior quebra é nos turistas estrangeiros.

Entre Janeiro e Julho de 2019 tínhamos tido 3,5 milhões de dormidas de turistas estrangeiros. Este ano, temos 900 mil dormidas. Estamos a falar em quebras na ordem dos 75% e que se notam muito mais nas grandes cidades”, salientou.

Questionado sobre a possibilidade de Portugal ser de novo incluído na lista de países cujos passageiros são obrigados a cumprir quarentena ao chegar ao Reino Unido, Luís Pedro Martins lembrou que os meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro costumavam ser “o melhor período de turistas britânicos” na região, o que era “mais uma ajuda” num ano “cheio de dificuldades”.

“O mercado britânico era sempre uma ajuda para a região do Porto e Norte e é um mercado que veio tarde. Ainda por cima, temos o fantasma novamente de poder voltar a terminar esta operação se os corredores voltarem novamente a fechar”, disse, acrescentando que, se tal acontecer, a “operação termina praticamente onde começa”.

O TPNP arranca hoje numa ‘press trip’, iniciativa que integra um programa transfronteiriço entre o Turismo de Portugal e da Galiza, com o lema “jornadas gastronómicas”, que, até domingo, passa pelos cinco municípios que integram o Parque Nacional da Peneda-Gerês (Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro, Montalegre e Melgaço).

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