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Sem fiéis na igreja de Seramil, padre Magalhães deixa repto: «Quando quiserem – se quiserem – saborear este encontro feliz com Jesus Cristo Vivo, basta informar-me (…)»

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Depois de uma manhã tensa e agitada, sem fiéis no interior da Igreja o pároco de Seramil abandonou o local, mas enviou a homilia, em forma de comunicado, à redação do jornal ‘O Amarense’.  Começa, em jeito de conciliação, por constatar que «a fé e a celebração da Eucaristia é sempre uma proposta: uns acolhem, outros não. Assim, quando quiserem – se quiserem – saborear este encontro feliz com Jesus Cristo Vivo, basta informar-me que, como sempre fiz, organizarei a agenda para que tenhamos a celebração bela, nobre e digna do nosso Mistério da Fé maior, memorial da Páscoa do Senhor».

Por entre tensões, alguma agitação e muitas críticas dirigidas ao sacerdote, as primeiras horas da manhã em Seramil tiveram como epílogo a recusa dos fiéis católicos locais de entrarem na igreja e assistir à celebração eucarística.

O facto não impediu o padre António Magalhães de reportar a ‘Palavra’ que iria hoje partilhar com os católicos de S. Paio de Seramil.

Minutos após a sua saída, o padre António Magalhães remeteu uma comunicação à nossa redação, com uma saudação de «Paz e Bem!» e de «Um Domingo agradável».

FRATERNA COMUNICAÇÃO/SAUDAÇÃO

A fé e a celebração da Eucaristia é sempre uma proposta: uns acolhem, outros não. Assim, quando quiserem – se quiserem – saborear este encontro feliz com Jesus Cristo Vivo, basta informar-me que, como sempre fiz, organizarei a agenda para que tenhamos a celebração bela, nobre e digna do nosso Mistério da Fé maior, memorial da Páscoa do Senhor.

Entretanto, aproveito para desejar a todos um santo e belo Domingo – no Dia do Senhor – e não tendo oportunidade de partilhar na mesa da Palavra, a meditação para este dia – a solenidade da Epifania do Senhor –alguns pensamentos simples que rezei e poderão ajudar a amadurecer e alicerçar a fé do peregrino Povo de Deus, inspirando-se nos sábios do Oriente, hoje memorizados. Os magos deixaram a sua terra e empreenderam uma longa viagem.

Impulsionados pela sua sede de verdade e salvação, caminharam sem desanimar até alcançar a meta; mas ninguém caminha em vão, porque Deus se faz encontradiço a quem O procura com sinceridade. «Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O.» A incapacidade de adorar a Deus apoderou-se de muitos crentes que só procuram um “Deus útil”.

Só lhes interessa um Deus que sirva os seus projetos pessoais. Assim Deus converte-se num “artigo de consumo” do qual se dispõe segundo as conveniências e interesses próprios. Mas Deus não é isso. Deus é Amor infinito, encarnado na nossa própria vida. E, diante deste Deus, só nos cabe a adoração, o júbilo, a ação de graças.

O encontro dos magos com o Messias não significa o fim da procura, mas a reorientação do seu caminho: “regressaram por outro caminho”. Encontrar Cristo leva a mudar de caminho, a converter-se. Os Magos saíram outros, saíram diferentes do encontro com Jesus. Que bom também acontecer nas nossas vidas e comunidades! Ao encerrar as festas de Natal, duas perguntas: Jesus nasceu, mas na vida de cada um de nós, objetivamente, há lugar para Ele?

Jesus nasceu, mas estamos dispostos a ouvi-lo, a acolher as suas interpelações, a segui-lo, a tomarmo-nos verdadeiramente seus discípulos, relativizando por vezes a nossa vontade, o nosso poder, a nossa visão, o nosso conforto, a nossa comodidade, relativizando tudo isto para O seguir?

Na graça e paz do Bom Deus!

António Magalhães Sousa

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