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PAÍS -
Quase metade dos portugueses perdeu rendimento. Concelhos com mais emprego têm menos covid-19

Um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa indica que a pandemia de covid-19 está a aumentar as desigualdades sócio-económicas, sendo elas próprias um factor que pode contribuir para um maior ou menor grau de contágio. Concelhos mais ricos e com mais emprego têm menos casos da doença, revela ainda o estudo.

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OPINIÃO -
Viagem ao centro do confinamento humano.

A pandemia instalada em todo o mundo, desvenda mentiras reconfortantes e intensifica a solidariedade por toda a sociedade. O Presidente da República, num discurso que fez ao país disse: “Ninguém vai mentir a ninguém. Isto vos garante o Presidente da República.”. António Costa, numa entrevista: “Até agora não faltou nada e não é previsível que venha a faltar o que quer que seja.”. A ordem dos Médicos apelou a todas as entidades que disponham de equipamentos de proteção como mascaras, viseiras e luvas, que cedam aos profissionais de saúde para colmatar os “problemas de stock”. A ordem dos enfermeiros denunciou a “flagrante” falta de material para proteger os profissionais de saúde. A diretora geral de Saúde Graça Freitas, indicou que o uso de máscaras dá “uma falsa sensação de segurança”. 

A partir do momento que o homem começou a comunicar, a mentira passou a fazer parte da exposição oral. Mentir é usado para contradizer algo que se acredita, pensa ou sabe ser verdade. No entanto, afirmar um facto sem conhecimento se é verdadeiro ou falso, aumenta uma história dando ostentação as situações desnecessárias para engrandecer o conto, ludibriar-se ou lograr o próximo. Na ânsia de viver grandiosidades a culpa é geral, por vezes acabamos por diminuir a ilusão do que as pessoas em que acreditamos seriam capazes de abandonar. Não somos perfeitos, muito pelo contrário, somos feitos de arestas que arranham e magoam os outros, mesmo tendo a melhor das intenções. Ninguém esta imune ao engano. As mentiras, muitas vezes, é a única para dissuadir algumas pessoas e são quase sempre reconfortantes. A verdade, requer esforço e necessita de honestidade, na maioria dos casos ninguém gosta por ser incómoda e dolorosa, então para mover relações, mentir torna- se mais fácil. 

A irresponsabilidade pessoal está relacionada com a imaturidade emocional e com falta de habilidades sociais. Se não nos responsabilizarmos pelos nossos erros, assumimos que estes não existem, que somos infalíveis, que a nossa ação não tem consequências e que, portanto, somos capazes de tudo. Se todos mentirmos e mentirmos tanto, ou andamos distraídos ou fingimos que não vemos o que realmente se passa. Como podemos ver, as pessoas que não admitem seus erros fazem uso de uma serie de estratégias psicológicas para iludir descaradamente sua responsabilidade. A história esta carregada de mentirosos. Na política, a mentira compulsiva descreditou toda uma classe. No jornalismo, é a morte de um artista. Na arte, pode fazer parte de um negócio e atender pelo nome de ficção. 

O Papa Francisco caminhou sozinho na Praça de São Pedro completamente vazia, que está habitualmente repleta de fiéis, a Fé e a Esperança, continua e continuará sempre presente em cada individuo da sociedade. “Mostra-nos como deixamos adormecida e abandonada aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade.”, sublinhou o Papa. Garantidamente, durante o tempo de confinamento possível, grande parte da população promoveu autorreflexão direcionado a uma viagem ao centro do conceito humano. Nunca é tarde demais para sair do pedestal e ser humano, admitir o erro e ter diante de si uma maravilhosa oportunidade de crescimento pessoal. A solidariedade, continua a despertar sentimentos da sociedade e levou a inúmeras iniciativas solidarias, reconhecendo as inúmeras dificuldades provocadas pela pandemia. Distribuição de bens alimentares, doação de produtos proteção individual, doação de equipamentos, entre outros, foram algumas das ações solidarias que se espalharam pelo país e uniram o povo para enfrentar e superar uma das maiores crises de saúde pública do seculo XXI. 

Como vai ficar? Ainda existe muita incerteza.
O que necessitamos é de ultrapassar esta pandemia, reentrar numa nova fórmula de “normalidade” alterada e adaptada. Só assim podemos deixar as interrogações para desencadear novamente o presente sem hesitar o futuro. 

OPINIÃO -
Dia Mundial da Saúde em Tempo de Pandemia

No passado dia 7 de abril, assinalou-se o Dia Mundial da Saúde. Uma data que se assinala globalmente desde 1950, por iniciativa da OMS, com o intuito de despertar a reflexão para temas relevantes de e para a saúde, e também assim aumentar os níveis de literária em saúde das populações, bem como promover hábitos de vida saudáveis. 

Em Portugal, todos os anos, o Conselho Nacional de Saúde sugere um tema de reflexão e o Dia Mundial da Saúde é assinalado um pouco por todo o país com inúmeras iniciativas públicas, como exposições, debates, palestras, congressos e programas televisivos. 

Para o Dia Mundial da Saúde 2020, decorria já a iniciativa “Uma Agenda da Juventude para a Saúde na próxima década”, em parceria com o Conselho Nacional da Juventude, a Direcção Geral de Educação e outras entidades e parceiros, com o objetivo de promover o envolvimento das crianças e jovens na reflexão sobre a sua saúde e bem-estar físico e mental. Uma aposta a meu ver certeira, porque o que entendemos hoje por saúde é muito mais do que apenas combater doenças, é um conjunto de hábitos e atitudes a implementar desde a mais tenra idade, numa lógica de prevenção da doença e, perdoem-me a redundância, promoção da saúde. 

Sucede que o Dia Mundial da Saúde em 2020 acabou irremediavelmente marcado pela pandemia COVID-19. De forma irónica, mas não menos pertinente, não assinalámos a data com congressos, debates ou programas televisivos ao vivo. Fomos antes convidados a ficar em nossas casas, protegendo-nos e aos que nos rodeiam da ameaça deste vírus. Mas talvez de forma mais consciente e consistente do que nunca, neste Dia Mundial da Saúde, pensámos em saúde e adotámos as posturas que tantas vezes nos recomendavam as entidades de saúde e, por força da correria do dia-a-dia, das prioridades do trabalho, acabávamos por negligenciar. 

No combate à Pandemia, os portugueses têm sido, na generalidade, exemplares no cumprimento do que lhes foi sendo pedido pelas entidades competentes, almejando- se o tão desejado “achatamento da curva”, ou seja, uma atenuação do número de casos de pessoas infetadas no mesmo momento, salvaguardando assim a capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde. Um sinal de esperança, sem dúvida, mas de longe uma garantia de que o problema está sanado. Pelo contrário, parece-me bastante oportuna a expressão popular de que “a procissão [neste caso a pandemia e os seus efeitos] ainda vai no adro”. Por isso, num momento em que já se fala de desconfinamento, não posso deixar de apelar à serenidade e consciência de todos: 

– mantenha redobrados cuidados de higienização;
– guarde a necessária distância física dos outros;
– utilize sempre máscara e promova o seu uso por quem o rodeia;
mantenha o confinamento, ou seja, “fique em casa”, saindo apenas para o estritamente necessário;
– evite espaços fechados e aglomerados de pessoas, que, aliás, ainda não estão permitidos;
– antes de se deslocar ao centro de saúde, contacte o seu médico ou enfermeiro de família por telefone ou correio electrónico.

Em caso de sintomas (como febre, tosse ou dificuldade respiratória), contacte imediatamente o seu centro de saúde ou a Linha Saúde 24, evitando sair de casa ou deslocar-se ao centro de saúde ou hospital, sem que para tal tenha uma orientação clara dos serviços.
Envie as suas dúvidas e [email protected]. 

EDIÇÃO IMPRESSA -
Presidente dos Bombeiros de Amares muito crítico com a Câmara Municipal: «Sentimo-nos abandonados e entregues à nossa sorte»

O Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amares, onde há dois operacionais infectados com Covid-19, mostra-se «muito preocupado» com o futuro da corporação e acusa a Câmara Municipal de «ter ignorado os Bombeiros» desde que começou a pandemia Covid-19. «Sentimo-nos abandonados e entregues à nossa sorte», diz José Gonçalves.

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