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JUSTIÇA -
Tribunal Administrativo dá razão a professora em acção contra Ministério da Educação

O Tribunal Administrativo de Braga deu razão a Elisabete Vaz Moreira, uma professora da Póvoa de Lanhoso, numa acção interposta contra a anulação, pelo Ministério da Educação, de um concurso público, no qual fora admitida como docente do 1.º ciclo do ensino básico ou de Educação Especial.

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OPINIÃO -
A Inovação como ferramenta para a sobrevivência

Opinião de Rui Ferreira

 

É por demais evidente que a crise pandémica arruinou milhares de empresas e continua a ter um grande impacto na economia do nosso país.

O momento continua a ser bastante sensível e as empresas sentem um receio real de não conseguir sobreviver.

Mas a realidade é que já nada voltará ao dito normal. O momento é de mudança, de inovação, de diferenciação.

Inovar significa criar algo novo. Mas criar algo novo não exige necessariamente a criação de um produto ou de um serviço que não exista no mercado. Inovação é também a melhoria significativa de um produto ou serviço já existente no nosso leque de oferta. Uma simples alteração da estratégia empresarial em prol da melhoria significativa dos seus produtos ou serviços, ou até do seu modelo de negócio, pode representar uma grande inovação para uma PME.

E os últimos números publicados pela Agência Nacional de Inovação deixam algumas indicações e conclusões bem definidas, no que respeita ao investimento efetuado pelas empresas em atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) e de inovação.

As candidaturas a incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento empresarial (SIFIDE), bateram em 2020 um novo recorde, somando 3.283 candidaturas e um investimento superior a 1.500 milhões de euros.

Face período homólogo anterior, registou-se um aumento de 38% no número de candidaturas, de 27% nos investimentos declarados pelas empresas e de 24% no total de projetos, que ultrapassaram os 8.000.

Cerca de 400 milhões de euros foram investidos em fundos de capital de risco para projetos de investigação e desenvolvimento (I&D).

O crédito fiscal solicitado pelas empresas no âmbito do SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento Empresarial rondou os 745 milhões de euros, mais 36% do que no ano anterior.

No ano de 2020, a região Norte apresentou 41% das candidaturas ao SIFIDE e isso representa bem a necessidade de criação de valor pelas empresas da nossa tão competitiva região.

Numa altura onde o mais fácil é justificar tudo o que de mal nos acontece com a crise pandémica, ainda existem milhares de empresas que apostam na inovação e na investigação e desenvolvimento como a principal ferramenta de criação de valor e de diferenciação nos mercados.

A inovação, quando cria aumento de competitividade, é considerada um fator decisivo no crescimento económico.

Apenas aqueles que tenham capacidade de adaptação e abertura à mudança irão singrar.

BRAGA -
Câmara de Braga chegou a acordo com moradores de Ferreiros que não queriam bairro social na freguesia

A Câmara de Braga chegou a acordo com um grupo de moradores da freguesia de Ferreiros, mediante o qual desiste de construir um conjunto de 38 apartamentos sociais na Rua Edgardo Malheiro, mas mantendo a urbanização do terreno, através de uma hasta pública de venda, com o compromisso do comprador privado de destinar 30 por cento dos fogos a venda ou aluguer a preços acessíveis.

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OPINIÃO -
A educação na proteção do lobo ibérico

Opinião de Sara Silva

 

A 13 de agosto de 1988, declarou-se o lobo ibérico como uma das espécies protegidas por lei em Portugal e em 2005 declarou-se como uma espécie Em Perigo pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. No entanto, assiste-se, até aos dias de hoje, mesmo com a distância de três décadas, a notícias que reclamam da perseguição e morte destes lobos, em ambiente natural.

O lobo ibérico, predador de topo, tem sofrido na pele a perseguição humana ao longo de vários anos, sobre o qual constata-se tentativas de abate com tiros, envenenamentos e armadilhas. Além disto, o risco de extinção resulta da união de vários outros fatores, tais como a deterioração do habitat com a construção de infraestruturas, a competição com cães vadios e assilvestrados e a diminuição, em certas épocas, das suas presas silvestres.

Reconhece-se com facilidade os prejuízos dos lobos nas aldeias, principalmente nos ataques aos rebanhos, mas nem sempre são reconhecidos os benefícios da presença destes. Na verdade, o lobo permite o controlo de várias pragas. A título de exemplo, hoje não existe evidência da existência deste na zona do Alentejo e, como tal, assiste-se a notícias da proliferação preocupante da praga de javalis nesta zona, que tem causado prejuízos avultados.

Como tal, o caminho na proteção deste animal deve iniciar-se na educação, nos primeiros anos de vida, para que as novas gerações compreendam a beleza e importância desta espécie no meio ambiente. Na Escola Básica de Gualtar, a turma 5ºA desenvolveu o projeto intitulado Um uivo pela sobrevivência. Num primeiro momento, evidenciou-se que os alunos tinham conhecimentos superficiais sobre este animal, revelando a urgência e necessidade do alargamento deste projeto a outras turmas e outras escolas. Iniciou-se, então, um trabalho de pesquisa. No âmbito da disciplina de Português, procedeu-se a leitura de textos informativos, assim como a leitura da obra literária Quem tem medo do lobo minoritário? (Saldanha, 2012, pp. 33-43), que desmitifica a imagem do Lobo Mau dos Clássicos da Literatura Infantojuvenil, apresentando-nos um Lobo Mau mais próximo do lobo real, que tem medo dos humanos. A turma teve, ainda, a oportunidade de ter contacto com biólogos que cuidam desta espécie, presentes no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico. Por fim, o grupo turma construiu uma exposição, presente na biblioteca da escola, que dá a conhecer ao público vários aspetos relacionados com o lobo ibérico. Esta exposição tem como objetivo sensibilizar para a importância da conservação de uma espécie emblemática da fauna portuguesa cujas populações se encontram ameaçadas.

 Por fim, reitera-se a ideia de que uma das soluções para a proteção do lobo ibérico deve passar, obrigatoriamente, pela educação, pois as aprendizagens permitem que os alunos compreendam a importância de respeitar e preservar esta espécie, reconhecendo as várias formas possíveis de auxílio na proteção, mesmo quando os alunos moram no centro de uma cidade.