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Casa da Alegria quer ser referência na Península Ibérica no tratamento de doenças mentais

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Em pleno Dia Mundial da Doença de Alzheimer, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, inaugurou esta segunda-feira a Casa da Alegria, a nova resposta do Centro Social do Vale do Homem (CSVH), construída em Lanhas, Vila Verde, junto ao edifício-sede da instituição.

Com capacidade para 50 utentes, em lar e centro de dia, trata-se de uma valência direccionada para doentes de Alzheimer, Parkinson e outras patologias mentais, resultado de um investimento de 2,3 milhões de euros feito pelo CSVH.

«A Casa da Alegria foi concebida e edificada para ser uma resposta de referência na Península Ibérica», destacou o presidente do CSVH, Jorge Pereira, considerando que se trata de uma «valência única» no país, onde existem «cerca de 180 mil» doentes de Alzheimer.

Na perspectiva da Ministra, este novo equipamento, que abriu as portas em Fevereiro, é «um bom exemplo» daquilo que devem ser as respostas sociais actuais, resultado de «trabalho em rede» e que sejam capazes de permitir dar «respostas individualizadas» a cada pessoa.

«A pandemia [Covid-19] tem-nos mostrado que o trabalho em rede é fundamental, porque sozinho ninguém consegue responder ao momento que vivemos. Este contexto está a obrigar-nos a mudar a forma como encaramos as respostas», frisou.

Para Ana Mendes Godinho, é necessário que o país tenha «uma Segurança Social mais robusta e mais forte», definindo como «grande prioridade» a forma como olha para o envelhecimento.

A Casa da Alegria conta com quartos sensoriais, sala de estimulação, sala de musicoterapia, dançaterapia, tendo ainda no exterior um Jardim Terapêutico e Sensorial com circuito de manutenção e memória.

MAIS DO GOVERNO

Lembrando a obra feita pelo Centro Social do Vale do Homem, traduzida em três edifícios, seis respostas sociais e mais de 100 utentes, Jorge Pereira pediu mais apoio do Governo.

O líder do CSVH reportou-se a «muitos encargos sociais», nomeadamente «custos exorbitantes» com gás, gasóleo e água, além do pagamento de impostos ao Estado, que obrigam a uma gestão muito rigorosa por parte da instituição.

«Os valores das despesas mensais são coincidentes com os valores das receitas mensais de acordos de cooperação. Continuamos a pagar 50% de IVA em obras e 100% de IVA em equipamentos. Na construção e equipamento da Casa da Alegria pagamos ao Estado cerca de 300 mil euros», exemplificou.

O apelo foi, de resto, vincado pelo autarca de Vila Verde, António Vilela, que aproveitou o mote para sublinhar que «falar das dificuldades das instituições [sociais] é um problema recorrente».

«Efectivamente todas estão nos limites. É necessário ainda mais apoio neste momento devido aos custos acrescidos, tendo em conta a pandemia, para que estas instituições possam ser ressarcidas e continuar a prestar serviços de qualidade», frisou.

10 MILHÕES EM EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Depois de considerar que as instituições de Vila Verde «têm sido exemplares» no trabalho feito, sobretudo na forma como se adaptaram à pandemia Covid-19, António Vilela anunciou que no concelho há investimentos, «uns para ser executados e outros em preparação», de valor superior a 10 milhões de euros.

«Isso é muito significativo de capacidade empreendedora para trabalhar em respostas que são precisas para os territórios e para o país, além de significar que a economia social tem muito dinamismo, como é exemplo o Centro Social do Vale do Homem», considerou.

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