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OPINIÃO -
Tiramisu d’Amares

Por Marco Alves

Ingredientes:

1 fiozinho de água pública

1 kg de estradas com buracos

1 pitada de parques infantis interditos

0,5 gr de incentivo aos jovens estudantes

1 colher de sopa de aquecimento nas escolas

1 colher de chá degradada no pavilhão escolar

1 mão vazia de multiusos

2 colheres rasas de sopa para praia fluvial

3 xícaras de falta de habitação

1 tablete de parque industrial

3 ingredientes secretos à escolha

Unte uma forma grande com óleo, misture lentamente os ingredientes à exceção do último. Depois de misturar bem os primeiros ingredientes, acrescente sem parar de mexer cada um dos ingredientes secretos. Quando a massa estiver fofa, verta para a forma e leve ao forno durante algum longo tempo. Após espera, deixe arrefecer e vire para uma travessa decorativa. No final teremos uma deliciosa sobremesa: “Autarquia + Familiarmente Responsável”.

Em janeiro de 2022, a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas iniciou um trabalho conjunto com os municípios para a construção de uma política autárquica de família. Deste trabalho, em 2007, resultou um inquérito junto de todos os municípios do país para fazer um levantamento exaustivo de todas as boas práticas existentes.

A ambição do programa é contribuir para que todas as autarquias de Portugal desenvolvam políticas transversais capazes de acolher e valorizar a família, garantindo-lhes o pleno exercício das suas responsabilidades e competências, e prevenindo as situações de risco e vulnerabilidade. A AFR tem como missão promover, junto das autarquias, a partilha de conhecimento das necessidades e problemas da família, para a implementação de políticas que lhes deem resposta de forma abrangente, de modo a favorecer um tecido social coeso e que garanta a renovação geracional e a sustentabilidade do país.

O município de Amares regozija-se consecutivamente há quatro anos com o hastear da bandeira de Autarquia + Familiarmente Responsável, mas receio que num curto espaço de tempo não seja possível erguer a bandeira. Os jovens afastam-se quanto baste do concelho, os idosos sentem imensas dificuldades em manter uma qualidade de vida digna e os empresários tornaram-se incapazes e pouco atraídos para manter ou instalar as empresas em Amares.

Tal como alertou o Presidente da República, Portugal pode estar a caminhar para o abismo. Marcelo descreveu Portugal como um país envelhecido, muito pouco coeso, com uma degradação etária e com um traço estrutural complicadíssimo que é uma sociedade demasiado estatizada e uma sociedade civil cronicamente fraca. Alguém duvida que Amares é diferente?

“É impossível progredir sem mudança, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada”.

OPINIÃO -
O pensamento

Por Hélder Araújo Neto
Psicólogo

Neste artigo debruçar-me-ei sobre o pensamento, a matéria-prima do meu trabalho como psicólogo. É na mudança da forma de pensar que incide a maior parte das minhas intervenções, uma vez que aquilo que pensamos influencia o que sentimos, e por consequência, o nosso comportamento. Mas, afinal, o que é o pensamento?

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OPINIÃO -
Os homens e as tendas

Artigo de Marco Alves

 

Hoje as tendas são uma peça essencial de equipamento para qualquer tipo de viagem contínua leve, seja para caminhadas ou campismo. Em todo o mundo, as tendas são usadas para abrigar exércitos, proteger campistas ou manter os alpinistas aquecidos e, geralmente, ajudam no conforto e sobrevivência. Também existe casos onde as tendas são usadas, e não por uma questão de escolha e identidade cultural, mas por necessidade geradas por problemas sociais, económicos e políticos, que podemos constatar em várias partes do mundo.

Nelson Pereira, Diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar de São João, foi figura central no combate à Covid-19. Esteve presente em vários cenários de guerra e catástrofe. A 7 de março de 2020, o Hospital de São João espantava o país com a montagem de uma tenda de campanha, foi o dia zero de uma grande mudança. “A maior parte das pessoas não estava a ver além e, no momento, não perceberam. Bastaram 3 ou 4 dias para perceberem. A tenda no Hospital de São João, acabou por ser uma imagem de marca da pandemia”, refere Nelson Pereira no seu livro o Homem da Tenda.

Ainda antes da pandemia, o professor Moreira foi pioneiro na montagem de tendas por Amares. Por falta de condições no pavilhão escolar, o festival das Papas de Sarrabulho 2019 foi direcionado para uma tenda instalada próximo do mercado municipal. Um festival de referência na gastronomia portuguesa e maior evento do concelho não superou as expectativas comparativamente aos anos anteriores. Desde 2021 que o festival não se realiza devido a covid-19. Esperemos em 2023 o regresso ao seu formato original e desejado aumento de visitantes. O ano terminou também com uma tenda montada no âmbito da época festiva, infelizmente ficou aquém de agradar os amarenses. Fomos salvos pela “Casa do Pai Natal”.

Efetivamente, não devemos apontar as armas somente ao atual edil, os anos passam, os autarcas mudam e o concelho continua sem infraestruturas essenciais. Amares carece há muito tempo de um pavilhão multiusos, um recinto para eventos desportivos, feiras, exposições, conferências, eventos culturais e espaços técnicos adequados às diferentes funções.  Sendo uma oportunidade para centralizar alguns eventos da região, com retorno económico.

Não concentrem a revisão do Plano Diretor Municipal somente para a construção do campo de golfe, estimulem a revisão para incluir num futuro próximo o multiusos. Uma obra ímpar de enorme interesse para o concelho que deixaria uma imagem de marca… executiva.

É hora de receber o Ano Novo

Com alegria e esperança no coração.

De deixar o ruim no passado,

E abraçar o futuro com otimismo.

OPINIÃO -
A relevância da experiência do cliente

A dinâmica comercial tem vindo a utilizar um conjunto de experiências e tecnologias, cada vez mais conectadas, interativas e unificadas, procurando colocar o cliente sempre no centro das suas decisões. Atualmente, a organização comercial tem como objetivo implementar uma estratégia das experiências, que sejam atrativas, criativas e envolventes, procurando diferenciar-se de forma interessada, envolvida e inspiradora, criando experiências únicas para os clientes.

Para proporcionar um serviço ao cliente cada vez mais interativo, algumas das formas da sua dinamização são: videochamadas, inteligência artificial, canais de vídeo como Youtube e TikTok.

A inteligência artificial tem como como propósito que as máquinas se tornem aprendentes e autossustentáveis, capazes de se aptarem aos comportamentos dos consumidores e às tendências de consumo. A criação de conteúdo na construção e promoção das histórias das marcas e dos seus produtos, partilhando, interagindo e criando relações duradouras.

Exemplo dessa interação temos a “Retail Dive está a testar uma aplicação que a partir de casa, depois de inserir a palavra nos termos de pesquisa, apresentar-lhe-á diversas opções baseadas nas suas compras anteriores. Depois de adicionada ao seu carrinho, o consumidor poderá escolher essa o outra opção.”

Relativamente aos aspetos que contribuem para a coordenação de alternativas diferentes e inovadoras são: a escassez de colaboradores, bem como, a procura contante de proporcionar um alinhamento constante com os interesses e comodidade do cliente, utilizando para esse efeito, influenciadores digitais, embaixadores da marca, chatbot, redes sociais, entre outras.

Sobre a tecnologia e de acordo com a “Mobile as a driver of retail sales in 5 charts, o m-commerce valerá 41,8% do comércio eletrónico na área do retalho, sendo que irá aumentar, em 2026, para 743,39 mil milhões de dólares, representando 46,3% do comércio eletrónico a retalho.”

Verificamos que o consumidor pretende fazer compras de forma cada vez mais independente, rápida, em qualquer local, cómoda, simplificada e amigável criando uma experiência positiva e momentos agradáveis. Assim, os clientes esperam das organizações, experiências únicas, superação das suas expetativas e valor acrescentado na minimização das suas “dores”, desafios e capacidade para os conquistar, mantê-los sempre presentes, como utilizadores, embaixadores e fãs das suas marcas.

OPINIÃO -
A Preocupação

Artigo de Hélder Araújo Neto, Psicólogo

 

Trago mais um tema ligado à saúde mental; a preocupação. Este construto tem má reputação, de certo modo merecida, quando é excessivo, sendo que, mais adiante, versarei sobre o lado mais negativo. Desejo, no entanto, começar pelos aspetos mais positivos. A principal função da preocupação é proteger-nos dos perigos, sendo uma resposta do nosso cérebro a ameaças potenciais. Preocupação é algo que todos temos e que pode ser um hábito protetivo quando, por exemplo, colocamos protetor solar por nos preocuparmos com um eventual cancro de pele ou quando colocamos o cinto de segurança, para nos protegermos em caso de acidente, ou então quando fazemos exames médicos, regularmente, por nos preocuparmos com a nossa saúde. A preocupação pode também ter efeitos motivadores, como no caso de estarmos preocupados com determinado problema. Serve para sugerir que devemos estar atentos e manter a eventual resolução como prioritária. O desconforto causado pela preocupação pode levar-nos à ação para resolvermos efetivamente determinado problema e, assim, sentirmo-nos melhor.

Por outro lado, a preocupação pode ser nefasta, a vários níveis, que é de onde advém a sua má fama. A preocupação excessiva mantém-nos presos num estado de alerta constante, provocando a libertação de adrenalina e cortisol no nosso sistema, vendo o perigo em todo o lado, provocando, isso, com que a nossas respostas sejam, quase, só emocionais, perdendo, assim, a capacidade de raciocinar com lógica, para além de afetar-nos fisiologicamente, elevando a pressão arterial, aumentando a propensão para o aparecimento de arritmias e também piorando a qualidade do sono. Somos afetados também nas nossas relações sociais, e, sobretudo, na nossa relação connosco (para mim, a relação mais importante), com o nosso tempo, sendo que, passando tempo sozinhos, com os nossos pensamentos, pode tornar-se insuportável. Quem se preocupa, em excesso, não aproveita, não vive o presente, estando permanentemente a cogitar situações imaginárias (sem teste de realidade), no futuro ou a pensar que, numa situação transata, deveria ter dito isto – ou feito aquilo –, sofrendo na imaginação (futuro), ou na memória (passado). É este, portanto, um hábito cognitivo tremendamente prejudicial.

Continuando a descrever os aspetos negativos da preocupação excessiva, refiro que este é um componente central em diversas psicopatologias – como nas perturbações de ansiedade (sobretudo na PAG, perturbação de ansiedade generalizada, em que tudo é ameaçador e preocupante) –, mas, também, bastante presente em todas as outras, tal como na perturbação de ansiedade social, quando nos preocupamos com a avaliação negativa que os outros farão do nosso desempenho social, ou, então, na miríade de tantas outras fobias específicas. Este componente encontra-se, ainda, presente, por exemplo, na perturbação de stress pós-traumático, em que o foco da preocupação são as imagens intrusivas e pesadelos intermináveis.

Para terminar, há também o outro lado – que pode ser pernicioso – que é a despreocupação total. Quem não se preocupa, com o que quer que seja, pode, também, ter resultados nocivos dessa sua postura cognitiva e, por consequência, comportamental. A probabilidade de existirem comportamentos arriscados, a todos os níveis, é elevadíssima, e com os resultados que, com alguma imaginação, poderemos prever. Em forma de conclusão, a preocupação quer-se com doses equilibradas.

Com o, sempre pouco, espaço que me resta, quero deixar uma mensagem de esperança, que tento deixar sempre nos meus textos. Existe tratamento para a preocupação excessiva e para todas as psicopatologias a elas associadas. Nós, psicólogos, podemos munir-vos – a vós, que sofreis com o excesso de preocupação – com muitas ferramentas que vos serão úteis para acabar, ou minimizar, o sofrimento causado por este hábito cognitivo.

OPINIÃO -
Apoiar a Formação, para quando?

Opinião de Daniel Fernandes

 

É bom ter a oportunidade de aprender e seguir os nossos sonhos, tanto para nós como para o desenvolvimento da nossa terra. Infelizmente não temos aprendido muito com os nossos vizinhos. Neste momento, Vila Verde atribui um avultado valor de cerca de 100 000 euros em bolsas de estudo e Terras de Bouro cerca de 75 000 euros.

Já Amares, mesmo com 7 milhões a mais no orçamento atual do que no anterior, num valor que ultrapassa os 23 milhões de euros, continua a contemplar apenas 20 alunos com este privilégio, um investimento de cerca de 20.000 a 25.000. O executivo decidiu assim que apenas 0,1% do orçamento anual seriam para bolsas de estudo.

Queremos investimento, mas não queremos investir nos alunos de forma a criar investidores mais tarde. Não será este o momento de começarmos a investir na educação de forma séria e mais abrangente? É isso que nos faz falta, investir no conhecimento, apoiando os jovens a estudar e a formarem-se. Fazer da nossa Terra uma de oportunidades que nos ajuda a sonhar.

E para quando a valorização daqueles que não ingressam no Ensino Superior, mas formam-se noutras áreas?

É conhecida a falta de mão de obra para variadas industrias, mas mesmo assim parece que ninguém se importa em impulsionar a formação nestas áreas procuradas. Sabemos que nem toda a gente pretende estudar na Universidade, sendo assim, penso que está na hora de investir em formações certificadas para jovens e adultos terem a oportunidade de evoluírem dentro da sua própria esfera profissional.

Que tal também uma bolsa de estudo de formações certificadas para apoiarmos o crescimento de todos? Uma bolsa que permitirá os jovens e adultos a dirigirem-se a centros de formação e frequentarem gratuitamente uma formação útil e à sua escolha. Dessa forma serão valorizados no mercado de trabalho e terão à sua disposição ferramentas de difícil acesso de uma forma acessível e gratuita.

Vivemos numa sociedade universalizada e cada vez mais o conhecimento de línguas é fulcral para a vida pessoal e profissional, por isso no meu ponto de vista seria também uma mais valia haver no município de Amares uma oferta de cursos de línguas para todos aqueles que as quiserem aprender, de uma forma gratuita e certificada.

Só desta forma, com um constante empenho na formação e qualificação dos nossos habitantes é que podemos assumir que somos um concelho avançado e letrado, até lá almejamos o sonho admirando-o de longe por um canudo.

OPINIÃO -
Deambulações breves sobre ataques cardíacos, o Hospital de Braga e o SNS

Por Manuel Araújo

Começo por me declarar agnóstico teísta, por isso, não sou fã de movimentos, associações ou seitas religiosas que amedrontam e ameaçam os “pecadores” com cenas mirabolantes de medo e ficção, como o céu, o inferno, virgens, etc., a fim de lhes infligir castigos e penitências. Por outro lado, esses grupos recompensam os “pecados” das pessoas mais humildes, oferecendo-lhes lugares cativos no céu e milagres, em troca de dinheiro ou de bens de valor, como ouro, anéis, pulseiras, etc. Alguns até prometem 72 virgens após “limpar o cebo” dos “porcos infiéis”. Todos esses grupos abusivamente recorrem ao mesmo Deus, rebaptizando-o e chamando-o pelo nome mais adequado ao objectivo pretendido.

A-propósito, e talvez por isso, de não acreditar, há alguns meses, fui castigado por algum desses seres invisíveis vingativos com um ataque cardíaco grave. Foi no final de Março, numa noite ao deitar-me senti uma indisposição, aperto e queimaduras no externo, dores que se expandiam para os braços. Notei uma certa confusão mental, com progressiva perda de consciência. Tentei encontrar os comprimidos de Nitroglicerina para colocar debaixo da língua quando suspeitamos que algo vai por o coração “saltar” ou parar, mas não os encontrei.

Estava só, no andar superior e liguei de imediato para o 112. Desci ao rés-do-chão a aguardar a chegada de ajuda e para estupefacção, em menos de cinco minutos os paramédicos tocam à porta. Soube que me injectaram algo. Senti frio. Muito frio… ligaram-me a umas maquinetas e aguardei. A ambulância chegou logo a seguir e levaram-me directamente ao serviço de cardiologia, onde, de imediato, realizaram um cateterismo. Disseram que se demorasse mais alguns minutos, já nada havia a fazer.

Após me colocarem um “stent”(um dispositivo metálico, colocado numa artéria para mantê-la aberta e evitar obstruções) no Hospital de Braga, fiquei internado nos cuidados intensivos por cerca de uma semana.

Embora seja comum a comunicação social e algumas pessoas que conheço, dizerem “cobras e lagartos” dos hospitais públicos, devo dizer que conheço um dos melhores hospitais de Zurique, onde trabalhei nas urgências e depois, no laboratório de farmácia e posso dizer que o hospital de Braga é tão bom quanto o de Zurique, e talvez até melhor.

Agradeço sinceramente a todos os trabalhadores da saúde que me trataram, incluindo os médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar e todos os outros profissionais que me ajudaram.

Após ter sido tratado com excelência pelos profissionais de saúde no Hospital de Braga, fiquei ainda mais agradecido ao ouvir a história do meu grande amigo que prefere o anonimato, de Braga, que teve um ataque cardíaco grave semelhante ao meu e também foi tratado com excelência no mesmo hospital. Ele contou-me que pessoas com um ataque como o dele só sobrevivem uma em milhão, mas graças ao profissionalismo e dedicação da equipa de saúde, ele conseguiu superar essa situação difícil. É por isso que quero deixar aqui o meu mais sincero agradecimento a todos os profissionais de saúde do Hospital de Braga e ao Serviço Nacional de Saúde em geral, pelo excelente tratamento recebido e pelo sucesso da recuperação.

Todos os que “emprenham pelos ouvidos” e denigrem o Serviço Nacional de Saúde, não sabem do que falam. Eu e esse amigo, somos prova viva de que o SNS é um serviço de qualidade e que merece todo o nosso respeito e gratidão. Por isso, quero deixar aqui o meu agradecimento, tardio, a todos os profissionais de saúde que me trataram e ao Pedro, pelo cuidado e dedicação que demonstraram no nosso tratamento.

A minha experiência de sobrevivência a um ataque cardíaco grave trouxe-me reflexões diferentes sobre a vida e sobre os ataques cardíacos em si. Alguns dizem que foi sorte, outros que foi Deus e que devo agradecer. No entanto, independentemente da minha crença pessoal, só posso agradecer ao Hospital de Braga e ao incrível Serviço Nacional de Saúde pelo seu tratamento excepcional e por me terem salvado a vida. Obrigado!

OPINIÃO -
Escola Secundária de Amares: finalmente será desta?

Artigo de Mário Paula

Esta reflexão criou-se com um sentido de responsabilidade enorme, não fosse o assunto de elevado interesse para o futuro, para Amares e para os amarenses em geral, especialmente tendo em vista o seu futuro – a Escola Secundária de Amares (ESA).

Atualmente com centenas de pessoas na sua comunidade educativa, desde estudantes, a pessoal docente e não docente, sem deixar de relevar todas as pessoas que, no seu percurso, passaram pela escola e enriqueceram o seu já enorme legado.

A ESA, inaugurada em 1985, não sofreu nenhuma intervenção infraestrutural nestes seus 37 anos de existência. Apenas se verificaram pequenas empreitadas, como por exemplo a remoção do amianto. Esta escola caiu no esquecimento de todos, com nenhum governo central a atentar ao seu estado degradado, apesar de todas as reivindicações e promessas.

Quem já visitou, ou visita diariamente a nossa escola, sabe que a caixilharia está obsoleta, as infiltrações são constantes, o pavilhão desportivo sofre de carências básicas, em suma, as instalações estão desadequadas aos tempos que correm. O programa “Parque Escolar”, dos Governos de José Sócrates, requalificou a maior parte das escolas secundárias do distrito, tendo a nossa escola secundária ficado de fora por inércia dos decisores à data.

Atire-se, ainda assim, o passado para trás das costas e aprenda-se com os erros cometidos. Fale-se do presente e do que podemos fazer para mudar o rumo das coisas.

Nas correrias da campanha para as últimas eleições legislativas, este processo ganhou vida com a azáfama política a que já estamos habituados. Efetivamente, os projetos da reestruturação já estão realizados na DGESTE e com o Município amarense articulado com o governo central. Indicadores muito favoráveis para que a requalificação da nossa escola passe à realidade brevemente, para o bem e usufruto de Amares e de todas as comunidades que frequentam e frequentarão a Escola Secundária Amares.

Que se entregue, nesta época festiva, um presente ao concelho, com o começo da intervenção ansiada há demasiado tempo, sem mais promessas e ilusões. Os jovens amarenses merecem!

Despeço-me desejando umas boas festas a todos os amarenses.

OPINIÃO -
Neste Natal, ilumine-se!

Opinião de Marco Alves

 

Na sequência da crise geopolítica que se faz sentir, com graves consequências no setor energético, foi lançado um plano com instrumentos para uma redução voluntária de 15% no consumo energético para os Estados-Membros da UE. Para Portugal, há uma redução obrigatória de 7% na redução de consumo energético. O governo português estabeleceu um plano que engloba medidas, por separado, de redução nas áreas da energia, eficiência hídrica e mobilidade, onde abrange os setores da administração pública, central e local, e privado. Uma das medidas que contempla a administração pública local para a energia, designada por CR1 (reduzir o consumo energético associado à iluminação pública), prevalece os seguintes critérios:

– Ações sem investimento: Ajuste dos horários de funcionamento da iluminação pública, bem como os níveis de iluminação, evitando ainda que permaneçam ligadas durante os períodos diurnos. Deve ser garantida a segurança dos cidadãos, a segurança rodoviária e integridade patrimonial.

– Ações com investimento: Implementação de sistemas mais eficientes, em toda a rede de iluminação publica através de instalação de sistemas de regulação e controlo, incluindo sensores de movimento.

Com o objetivo de mitigar a crise, a Câmara Municipal de Amares decidiu desligar a iluminação pública em todas as freguesias do concelho, no período entre as 02:00 e 06:00 horas. O orçamento municipal previa um valor na ordem dos 600 mil euros para a iluminação pública e em setembro os valores faturados neste ano já ultrapassaram os 800 mil euros. No entanto, têm existido algumas contradições e polémicas em torno do corte total de iluminação pública, nomeadamente no que diz respeito à segurança. A decisão de desligar em todas as freguesias a iluminação pública entre as 02:00 e 06:00 horas foi unânime entre os presidentes de freguesia?

De salientar que o município já investiu na rede de iluminação pública, introduzindo as luminárias de led, com vista à redução do consumo e atingir a neutralidade carbónica. No período em que foi instalado a tecnologia led, porque não foi otimizado o sistema de regulação e comando?

A introdução de um sistema otimizado com recurso para 2 ou 4 modos (25%, 50%, 75% e 100%) da capacidade total de iluminação seria sempre vantajosa para o município. A expressão conhecida e popular “correr atrás do prejuízo” continua bem vincada no destino nacional, continuamos a agir de forma diligente a fim de obter um resultado bom ou favorável.

Que neste Natal e em todos os dias do próximo ano possamos fazer de Jesus nosso melhor amigo, pois ele é o maior motivo do Natal e da nossa existência.