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OPINIÃO -
Mindfulness

  • Texto de opinião de Hélder Araújo Neto
    Psicólogo Clínico

Mindfulness é o termo em inglês, que popularizou o conceito, palavra que pode ser traduzida como “atenção plena”. Assim, mindfulness, conceito popularizado, é a prática meditativa, com origem na filosofia budista, que consiste na concentração completa no presente, e no agora, através da observação dos pensamentos e emoções, do corpo e, até mesmo, do ambiente externo, que convoca uma predisposição de curiosidade e gentileza, sem julgamentos e sem críticas.

Trago este tema porque é uma das ferramentas mais importantes que uso na minha prática clínica. A prática de mindfulness serve um efeito terapêutico, em variadíssimas patologias físicas e psicológicas, como, por exemplo, em pacientes com cancro, dor crónica, fibromialgia, doenças cardiovasculares, insónia, depressão, ansiedade, stress, entre outros, tendo vindo sido demonstrado de uma forma consistente e significativa ao longo de várias décadas de estudos científicos.

Esta prática introduzida na Psicologia no início dos anos 1980, havendo sido utilizada em programas de redução de stress, e, a partir daí, integrada, de forma consistente, nas terapias cognitivo-comportamentais de 3.ª geração, como no caso da terapia de aceitação e compromisso, que uso, maioritariamente, nas minhas consultas.

Quando recomendo a prática diária de mindfulness, a minha intenção procura aumentar a autoconsciência que a pessoa pode ter da sua vivência interior (emoções, pensamentos, sensações), através de observação e aceitação. A aceitação de sentimentos e sensações (que não são sempre o que desejamos) facilita a disposição para agirmos num mundo que não está sob o nosso controlo, mas em que podemos ter efeitos importantes, conquanto com a condição de nos envolvermos ativamente nele, ao invés de vivê-lo no interior da nossa mente.

Desta perspetiva, a pessoa não entra em fusão cognitiva, que é o que vulgarmente se chama estar em fase de “automático”, na qual não questionamos o que pensamos, e seguimos os pensamentos como se fossem ordens, como se fossem a realidade, não os vendo como aquilo que são; só pensamentos, só linguagem.

ara exemplo: uma pessoa que tem um pensamento do tipo «amanhã vou ter uma apresentação importante, mas sei que vou ficar ansioso, não me sentindo preparado para algo que irá correr mal, sendo melhor adiar…» Ora, este conjunto de pensamentos, intrusivos, é alimentado por outros pensamentos, originando a referida fusão cognitiva. Assim, com a prática de mindfulness, pode atingir-se a desfusão, alcançando a perceção de que se está no interior daquele pensamento, passando a observá-lo e a deixá-lo ir, sem o seguir, sem o alimentar, sem o julgar. Neste exemplo, a pessoa em fusão seguiu o pensamento como se este fosse uma verdade, adiando a tal apresentação, desconhecendo se a mesma resultaria ou não.

A desfusão cognitiva, que não segue aquele pensamento, é alcançada com a aceitação do pensamento, observando-o, deixando-o ir, partindo a pessoa para o desenvolvimento da apresentação. Assim, a pessoa torna-se capaz de agir de acordo com os seus valores, de acordo com aquilo que é importante para si, e não sob o controlo dos estados emocionais, ou dos pensamentos que os espoletam.

 

OPINIÃO -
O impacto da inteligência artificial no ensino

  • Texto de opinião de Manuel Sousa Pereira

A inteligência artificial (IA) apresenta novos desafios e oportunidades de aprendizagem, oferecendo novas ferramentas, metodologias e abordagens que podem melhorar a aprendizagem e a sua eficiência prática, através de planos de aprendizagem personalizados, procurando contribuir para uma qualidade de aprendizagem, na medida em que a esta passa a ser com a presença física do professor ou formador e em conexão constante com a tecnologia, num processo contínuo de aprendizagem em formato phygital.

Assim, através de sistemas de aprendizagem adaptativas, que deverá ser também humanizada, ajustando-se aos conteúdos e ritmo de ensino, de acordo com as necessidades dos alunos, com tutorias inteligentes, no tempo e espaço mais adequado ao aluno.

A automatização e correção automática de trabalhos práticos, estudos de caso, testes, economizando tempo, monitorizando o desempenho através de indicadores de performance, facilitando uma aprendizagem num ambiente imersivo e interativo numa dialética de aprendizagem contínua.

Apoio ao professor através de assistentes virtuais, ferramentas como chatbots é possível responder aos alunos, ajudando-os a resolver as dúvidas, em qualquer momento e desenvolver algoritmos de Inteligência artificial que podem analisar grandes quantidades de dados educacionais alinhados com as necessidades dos alunos.

Tradução e transcrição automática de diversos conteúdos de diferentes idiomas e transcrever as aulas em tempo real, facilitando a compreensão e interpretação das matérias, bem como, a utilização de leitores inteligentes e softwares de reconhecimento de fala.

Aprendizagem baseada em dados educacionais, identificando tendências e padrões, proporcionando um feedback em tempo real, ajudando os alunos a corrigir erros, de forma imediata e compreender melhor os conceitos e as práticas operacionais.

Utilização de aprendizagens imersivas, através da realidade virtual e aumentada, que pode proporcionar ambientes imersivos que facilitam a compreensão através de simulações interativas, laboratórios virtuais, onde os alunos podem realizar experiências, sem as limitações físicas do espaço escolar.

A inteligência artificial tem o potencial de revolucionar o ensino e aprendizagem, tornando-o mais personalizado, eficiente e inclusivo. No entanto, é fundamental abordar os desafios éticos e garantir que o uso da IA na educação seja equitativo e beneficie todos os alunos. Com a implementação cuidadosa e a colaboração entre professores e educadores, tecnólogos e formuladores de políticas, a Inteligência Artificial pode contribuir, significativamente, para a melhoria da educação global.

OPINIÃO -
Quem quer`alho?

  • Texto de opinião de Marco Alves

As eleições fazem parte da rotina diária da sociedade. Uns manifestam interesse, outros nem tanto e muitos mantêm o habitual afastamento pelos mais variados motivos. Na minha perspetiva e sem ferir suscetibilidades, todas as eleições são de extrema importância para o desenvolvimento, evolução e bem-estar da sociedade. Sendo que, para mim, as eleições autárquicas são efetivamente as de maior importância, pelo simples básico conceito natural de onde resido e passo a maior parte do tempo, independentemente das causas boas ou menos boas que a localidade vai acompanhando ao longo do tempo.

Ainda antes das autárquicas de 2015, para uma campanha que não avançou, fiz referência à introdução e necessidades de várias obras e projetos essenciais para aumento da qualidade de vida no nosso concelho. As hortas comunitárias era um desses projetos.

O documento de estudo publicado em maio indica que os maus hábitos alimentares foram o terceiro fator de risco que mais contribuiu para o total de mortos em Portugal em 2021. O tabaco foi o quinto fator de risco.  O baixo consumo de cereais integrais e hortícolas e o excesso de carne vermelha e carne processada estão entre os três principais fatores que contribuem para perda de anos de vida saudável.

Há documentos históricos que comprovam as propriedades terapêuticas de certos alimentos e extratos de plantas, e que revelam a sua utilização para fins medicinais há milhares de anos. As plantas naturais contêm inúmeros componentes biológicos ativos. Recentemente, descobriu-se que a função principal do sistema imunitário dos seres humanos depende de uma grande diversidade de químicos vegetais.

Alho, junto à cebola, é uma planta cujo cheiro remetia antigamente para pessoas mais pobres. É um poderoso curador natural, combatendo diversas doenças, além de um grande tempero na nossa cozinha. É uma das plantas mais utilizadas e extremamente seguro para uso medicinais. Indicada para quem tem colesterol alto, triglicerídeo alto, infeções respiratórias, asmas e muitas outras características. É um excelente remédio caseiro para as constipações.

A aplicação de hortas comunitárias só traria vantagem para os amarenses, além de produção biológica e troca de plantas com os mais variados pequenos agricultores, aumentavam a aprendizagem do poder oculto das plantas com uso da fitoquímica. Alguns ainda se devem lembrar, aos que não se lembram perguntem aos vossos familiares mais velhos, o que utilizavam para combater as lombrigas.

Espero que no próximo ano o vencedor da Câmara Municipal coma bastante alho, como indica a alquimia ancestral, espanta o olho-gordo e os lobisomens.

Allium sativum.

OPINIÃO -
Está quase!

  • Por Marco Alves

Estamos a pouco tempo da chegada de junho, o meu mês preferido. Talvez por ter nascido nesse mês, talvez pelo início das férias de inúmeros portugueses, talvez por ser a primeira vaga de emigrantes que chegam com saudades e amor pelo nosso país ou efetivamente pelas famosas festas dedicadas aos Santos Populares.

De norte a sul do país, são muitas as terras que fazem questão de honrar Santo António, São João e São Pedro, com programas que conciliam as componentes religiosas com as rusgas, marchas populares, arraiais, bailaricos, procissões, cascatas, desfiles alegóricos, sardinhadas, espetáculos musicais, atividades desportivas, fogo de artificio e inúmeras iniciativas incontornáveis nestas manifestações populares. Na nossa área de abrangência pertencente ao distrito de Braga têm maior visibilidade as festas de Santo António de Amares, Vila Verde e Famalicão, a festa de São João em Braga e a festa de São Pedro em Celorico de Basto.

Em muitos pontos da geografia terrestre mundial, os Santos Populares também são celebrados. No Luxemburgo os festejos são os mais semelhantes ao que podemos encontrar em território nacional, todas as cerca de 60 associações de portugueses organizam uma ou mais festas em sua honra. Na cidade francesa de Bordéus, a associação Alegria Portuguesa de Gironde organiza uma grande festa perto da data de São Pedro.

A imaginação não tem limites e o sonho também não. Não há certezas de quando é que as cascatas de São João surgiram. Sabe-se que começaram a aparecer à porta nos bairros, construídos pelos meninos que montavam uma espécie de pequeno altar, com musgo e colocavam os santos. As crianças pediam “um tostãozinho para o São João” porque a vontade era de ver crescer a cascata.

Aproveitavam os trocos para comprar mais figuras para o ano seguinte. À semelhança de um presépio, uma cascata de São João representa através das suas cores e estátuas engraçadas a vida de uma aldeia após a colheita e a gratidão pela abundância da vida. As cascatas de São João são um verdadeiro encanto e estão enraizadas na cultura, desde os tempos da celebração do solstício de verão.

Sou natural do Porto, cresci com as cascatas, no entanto há mais de 38 anos que não construo uma cascata. Tinha vontade de voltar a fazer uma e, graças à colaboração e gosto pelas tradições, os proprietários da pastelaria “Churrolat”, em Amares, disponibilizam um espaço prático para exposições, onde o público poderá contemplar durante o mês de junho a cascata de São João.

Visitem o espaço fabuloso da pastelaria e desfrutam das especialidades da casa. As moedinhas da cascata revertem para uma IPSS de Amares.

OPINIÃO -
A autoestima

  • Por Hélder Araújo Neto
    Psicólogo Clínico

Em tempos tive uma namorada que me dizia: “tens tanta sorte em ter-me”. Essa namorada desenvolveu uma autoestima elevada, demonstrando saúde física e psicológica. Como só aceitamos o amor que achamos que merecemos, ela não aceitava menos do que muito amor. Diz-se que a autoestima é o sistema imunológico do cérebro e concordo absolutamente com esta frase. Um baixo nível de autoestima pode conduzir a uma série de problemas relacionados com ansiedade, depressão e dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis.

A autoestima pode ser definida como a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma, em diferentes áreas da vida. A autoestima é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo experiências passadas, interações sociais e padrões culturais. A construção da autoestima inicia-se na terceira infância (entre os sete e os onze anos), dando início à formação do “self”, que irá orientar os pensamentos e os comportamentos, durante toda a vida. Nesta fase do desenvolvimento emocional, a criança começa a entender melhor as suas emoções, tal como a expressar-se. Neste período, existe uma forte influência no relacionamento com os pais.

Assim, quando ambos são calorosos e afetuosos, passam mais tempo com os seus filhos, mostrando interesse pelas suas atividades. As crianças, pelo seu turno, interiorizam a crença de que são indivíduos meritórios, sendo, esta, a base de uma boa autoestima. Mas, se os pais, pelo contrário, são frios e distantes, produzindo comparações ou comentário negativos (és gorda, és preguiçosa), as crianças desenvolvem uma baixa autoestima. Resumindo, quando os pais não tratam bem os filhos, os filhos não deixam de os amar; deixam de se amar a si próprios.

Ora, desenvolver e manter uma autoestima saudável não é uma tarefa simples. Requer autoconhecimento, autocompaixão, práticas consistentes de autocuidado, de gratidão, o estabelecimento de metas alcançáveis. É, também, importante reconhecer e desafiar pensamentos negativos sobre si, substituindo-os por afirmações positivas e realistas.

Há um apólogo indiano que conta assim:

Durante 2 anos, diariamente, o Sr. Raj levava um pote e meio de água da fonte para a casa do Marajá. O pote perfeito estava orgulhoso do trabalho que fazia. No entanto, o pote rachado estava envergonhado da imperfeição e sentia-se mal por apenas ser capaz de executar metade do que era suposto. Passado algum tempo, o pote rachado disse ao Sr. Raj:

«Estou envergonhado, quero pedir desculpas», disse ele.

«Porquê?, perguntou o Sr. Raj. «O que te deixa envergonhado?»

«Durante dois anos apenas, levei metade da carga porque esta fenda faz com que boa parte da água se vá perdendo pelo caminho», disse ele. «Por causa do meu defeito, mesmo com tanto trabalho, não ganhas o salário completo pelos teus esforços.»

O Sr. Raj apenas acenou com a cabeça. No entanto, durante o caminho, enquanto transportava a água, disse ao pote:

«Já viste como existem flores do teu lado do caminho? Notaste que, dia após dia, enquanto voltávamos do poço, eras tu que as regavas? Durante 2 anos pudemos apanhar flores para decorar a mesa do meu patrão. Se tu não fosses assim, não conseguíamos ter uma mesa tão bonita», disse o Sr. Raj.

Resumindo, o potinho fendido desenvolvia baixa autoestima, pelo que, às vezes, necessitamos, apenas, de uma nova forma de ver as coisas, para nos estimarmos melhor.

OPINIÃO -
Os novos desafios do marketing imersivo

  • Por Manuel Sousa Pereira

O marketing imersivo procura criar uma conexão e um envolvimento relevante com os consumidores, proporcionadas experiências sensoriais e interativas, passando a ser multi-ambiental e espacial, através da integração de várias realidades, englobando a realidade aumentada, digital e virtual, abordando uma perspetiva transcendental ou metamarketing.

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OPINIÃO -
A relevância do coaching

Por Manuel Sousa Pereira

O termo coaching começou a ser utilizado na década de 90, quando alguns profissionais se especializaram na abordagem de desenvolver abordagens mais estruturadas e metodologias específicas para ajudar as pessoas a obterem o sucesso. A profissão evoluiu para coaching executivo, de vida, de carreira, entre outras.

Podemos definir coaching como um processo de desenvolvimento pessoal e profissional no coach (profissional) trabalha com um cliente (coachee) para o ajudar a atingir os objetivos e metas, desenvolvendo competências e habilidades, colocando toda a sua energia, para maximizar o seu talento, em prol da concretização contínua, do seu sucesso. Podemos referir apenas alguns como: Tony Robbins, Marshall Goldsmith, Brendon Burchard, Robin Sharma, Cheryl Richardson, Tim Ferriss, Brendon Burchard e muitos outros.

Esta atividade envolve uma parceria colaborativa entre o coach e o cliente, que partindo que um conjunto de perguntas, reflexões e análises às especificidades de cada cliente, são utilizadas uma variedade técnicas e ferramentas que vão identificando obstáculos e desenvolver estratégias de ação congruente com o propósito de cada pessoa, procurando alcançar os resultados desejados.

Alguns aspetos relevantes incluem, uma reflexão e exploração de crenças, valores e comportamentos, foco nas metas e objetivos adequados a cada pessoa, uma abordagem orientada para o futuro, identificando as soluções e estratégias com impacto para o futuro, orientação, apoio (feedback construtivo), desenvolvimento de habilidades, encorajamento, responsabilidade e comprometimento como um processo de mudança e alcance dos objetivos dos seus próprios objetivos.

O coaching pode ser aplicado aos objetivos da vida em geral, na profissão, nos relacionamentos interpessoais, na preservação da saúde, finanças, desenvolvimento de habilidades de comunicação, liderança, entre outras. Pode ajudar a que cada pessoa descubra o seu propósito de vida, identificando pontos fortes, e áreas de melhoria, desenvolvimento um plano de ação e manutenção da motivação e resiliência capazes de gerar resultados positivos, ao longo da vida.

Para além disso, o coaching pode proporcionar e potenciar uma maior consciencialização de si mesmo, redescobrindo os seus próprios desejos, ideias, crenças, valores e motivações, levando a uma maior autoconfiança e autoestima, bem como, a autoeficácia e eficiência das suas ações estratégicas e operacionais.

Em resumo, o coaching serve para ajudar as pessoas a alcançarem seu máximo potencial, seja na vida pessoal ou profissional, fornecendo suporte e orientação personalizada ao longo da vida.

OPINIÃO -
PNL

Por Marco Alves

Emprego é cada vez mais difícil de encontrar. Os robots substituem lentamente os funcionários aos milhões. Aprender com os erros e tentativas é cada vez mais importante. A formação escolar prova ser cada vez menos valiosa para o mundo real. Uma licenciatura já não garante emprego.

Como seria o mundo se todos pudessem compreender, em profundidade, que cada um faz o melhor que pode e consegue, de acordo com os seus recursos, grau de consciência e condicionalismos? Como seria o mundo se todos compreendêssemos que o comportamento não é a pessoa e que o comportamento de alguém num dado momento, por muito que possamos discordar dele, é a única coisa possível aquele ser humano? Como seria…?

Depois de dar o primeiro passo para o gigantesco processo de desenvolvimento humano, senti enorme necessidade de reescrever o guião da minha vida. A formação em practitioner de PNL (Programação Neurolinguística) permitiu-me garantir esse objetivo. Somente 1% dos seres humanos permitem-se a chegar a este nível de desenvolvimento humano.

Nos anos de 1970, na Universidade de Santa Cruz, na Califórnia, Richard Bandler, estudante de psicologia, e John Grinder, professor de línguas, iniciaram os estudos sobre PNL sendo eles os principais criadores da PNL. Tudo começou com um grupo de estudos de terapia que Bandler criou em torno da Gestalt-Terapie. A programação neurolinguística é um manual de instruções do cérebro humano. E nada do que ensinarmos vai funcionar se cada um não se transformar interiormente.

É um processo educacional que permite usar melhor o nosso cérebro. Estudamos a forma como proceder, podemos escolher como agir, permite-nos compreender como programamos a nossa mente e como podemos reprogramá-la para alcançar os resultados desejados. A PNL é reconhecida como uma das tecnologias comportamentais mais avançadas de desenvolvimento pessoal.

Foi extraordinário ter experienciado e absorvido a formação de PNL com Alex Paxeco – Mentor, Master, criador da Maestria Humana e do movimento Vida inFlow, na mais moderna técnica de PNL 4º geração que utiliza a Programação Neurolinguística, a Inteligência Emocional, a Neurociência, o Coaching e a Psicologia Positiva.

Enorme gratidão para a imprescindível equipa do OKEI, Ana Antunes, Rosária Cardoso, Gilberto e Filipa Valente, Silvana, Otília Rios, Maria João, Daniela, Ângela e Rui Dias. Se falta referir algum nome, as minhas sinceras desculpas. Enorme abraço a todos os practitioners que frequentaram comigo esta formação, foram absolutamente fantásticos!

“Gratidão pela tua confiança e por investires o teu tempo e recursos para te tornares no melhor ser humano que podes ser, porque tu mereces”.

OPINIÃO -
As relações afetivas

Por Hélder Araújo Neto
Psicólogo Clínico

Porque é que as relações afetivas são tão difíceis? Vou tentar responder a esta questão de uma forma sucinta, uma vez que este tema daria (deu) para escrever vários livros, e só tenho este parco espaço de uma página. A minha intenção, portanto, é a de trazer à luz algumas das razões que causam essa dificuldade e acender no leitor a curiosidade para, eventualmente, pesquisar e saber mais sobre o assunto.

Uma das causas da dificuldade das relações é o estilo de vinculação, a forma como as pessoas se ligam, afetivamente, umas às outras. Existem quatro estilos diferentes, e algumas vezes estilos diferentes, quando em relação, causam uma mistura explosiva, que praticamente condenam as relações ao fracasso. Escrevi neste espaço acerca deste assunto (junho de 2023), por isso não me alongarei mais no âmbito da temática.

Por que não me amam da forma que eu quero? Esta pode ser outra das causas da dificuldade dos relacionamentos. É possível que nos sintamos tristes, e frustrados, quando os nossos parceiros não conseguem demonstrar o seu amor da forma que nós queremos. Mas a verdadeira intimidade requer a rendição à forma como o nosso parceiro nos ama.

Quando insistimos em que os nossos parceiros mostrem o seu amor da forma que desejamos, podemos estar a perder a oportunidade de ter uma relação autêntica e significativa. A forma como uma pessoa ama pode ser a expressão mais íntima de quem ela é, conquanto, quando isso não é acolhido, pode ser sentido como uma rejeição profunda. Qualquer pessoa pode enviar-nos flores, um poema, ou fazer-nos um elogio sem nos amar. No amor, é a intenção por detrás do ato que importa. E perceber essa intenção no nosso parceiro é fundamental.

A rendição à forma como o nosso parceiro ama não nos diminui, não abandonamos a nossa própria perspetiva. O amor é cumulativo, acrescenta, experimentamos o crescimento ao perceber, melhor, o nosso sentido do que significa ser amado.

O que nos leva a escolher pessoas difíceis para amar? Em teoria, somos livres para escolher o tipo de pessoa que amamos, mas, na realidade, a nossa escolha é muito menos livre do que imaginamos. Tendemos a procurar na vida adulta parceiros que nos proporcionam um sentimento familiar.

Procuramos pessoas que, de muitas maneiras, recriam os sentimentos de amor de quando éramos pequenos. O problema é que os modelos de amor que apreendemos na infância podem não ter sido os mais saudáveis. Por exemplo, uma mulher que foi vítima de um pai violento pode considerar alguém como pouco atraente, ou aborrecido, quando, na verdade, subconscientemente, o que quer dizer é que é improvável que a faça sofrer de modo a que sinta que esse amor é real. Ou então, um homem, superprotegido na infância, pela mãe, irá procurar na companheira uma “mãezinha”, porque isso lhe é familiar.

Não podemos mudar os nossos modelos de atração, mas podemos mudar de um padrão de resposta infantil para um mais adulto. O autoconhecimento e a comunicação são muito importantes. Espero ter conseguido contribuir para o esclarecimento acerca desta temática.